27 de dez. de 2011

GRANDES BESOUROS E OS SEUS PROBLEMAS...



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GRANDES BESOUROS E OS SEUS PROBLEMAS...




Um besouro intrometido invadiu o quarto da Aninha que de um só pulo da cama foi parar na sala de assustada que ficou com o inseto a voar de um lado para o outro sobre sua cabeça.

Visto do alto, de asas abertas, o besouro parecia mesmo um bicho medonho e perigoso. Bastou que de tonto dos voos em círculos caísse no chão para que víssemos, na realidade, ele nem era tão grande e assustador assim!


Como o besouro que voava assustando a menina, são os nossos problemas. Quando medrosos e desesperados, enxergamos os problemas bem maiores do que são! Se mantivermos a serenidade,  a lucidez, tudo terá o tamanho do besouro caído no chão. O que faz os problemas gigantes, não são as situações, mas a proporção e importância que damos a eles.

Caso esteja passando por momento assim de besouros grandes, procure manter a calma e olhe novamente para ele. Certamente a tranquilidade fará com que veja o problema como algo controlável e bem menor do que o desespero mostrou ser.

Besouros grandes surgem a toda hora, sobretudo inesperadamente. O segredo é não aumentar o seu tamanho. Devemos enxergá-los como desafios a serem solucionados  e não obstáculos intransponíveis.

E o besouro que assustou a menina, acabou sendo motivo de risada! Aninha viu como foi ridículo sentir medo de um bichinho tão inofensivo.

Assim como o besouro, à primeira vista os problemas nos deixam inseguros como meninos e meninas. Quando observarmos os problemas com a serenidade e a madureza de homens e mulheres, aí encontraremos as soluções

22 de dez. de 2011

A ANÔNIMA E O ILUSTRE LEITOR...


A Anônima e o Ilustre Leitor
 

É chegada a hora do balanço final, pois é dezembro. Olhar para trás e pesar os momentos bons e os que me roubaram sorrisos. Este ano tem sido um grande aprendizado. Eventos fizeram-me enxergar a vida por outros prismas.

Por algum tempo acreditei que o calendário jamais sairia do dia 12 de janeiro.  As chuvas fortes em Nova Friburgo. Os estrondos perturbadores dos trovões. A claridade ininterrupta dos relâmpagos. O barulho apavorante do deslizamento de barreiras e das casas. Os gritos desesperados pedindo por socorro. O choro de dor e lamento ouvido por toda a cidade. Tudo isso parecia interminável. O que jamais imaginaria era que algo extraordinário aconteceria levando de mim toda a tristeza. De repente o lamaçal deu lugar a límpidas e mansas águas! E o riso foi seco pelo calor de um ser que, na verdade para mim,  é um verdadeiro anjo.

Quando comecei a postar meus textos na internet não imaginei da força que as palavras teriam, nem da distância que elas pudessem alcançar. Quando li aquele comentário em um dos meus contos, notei que algo diferente havia naquelas palavras. Havia peso. Havia história. Havia sentimento. Havia nostalgia. Havia, acima de tudo, verdade!

Como sempre faço os leitores que comentam meus textos, enviei e-mail agradecendo ao gentil comentário e o incentivo deixado para mim em elogios generosos. O leitor retornou o e-mail. Quis saber se eu era professora pela qualidade dos textos. Acabamos trocando telefones para a venda de um imóvel, já que lhe informei sobre a imobiliária.

Este ano em janeiro, quando a cidade de Nova Friburgo estava assolada pela tragédia da cidade, meu celular tocou. Do outro lado, uma voz emocionada, embargada, comemorou: “Minha autora está viva!”

Um tanto perdida e sem reconhecer a voz, não o identifiquei. Foi quando disse que era o leitor que fora professor dos netos de Vinícius de Moraes e Carlos Drumond de Andrade. Quem ficou emocionadíssima nessa hora fui eu! Um ilustre leitor importando-se com uma simples anônima! Não. Uma cidadão do bem cujo coração que não cabe neste mundo cruel, preocupado com seu semelhante. É! Era um anjo encantador que viera saber de mim e da minha família em momento de perigo e sofrimento.Deixando o medo, a preocupação com sua própria segurança, o ilustre leitor veio até a serra do Rio enfrentando intempérie, riscos e toda sorte de infortúnio, foi até onde eu me encontrava com seu carro abarrotado de suprimentos para me ajudar! Que lindo! Que generoso! Que raridade hoje em dia um ser de luz assim! Que sorte a minha de atrair com minhas letras olhares extraordinários!

Antes que minha família ou amigos pudessem vir em meu socorro, ele passou na frente de todos com admirável coragem e singular desejo em auxiliar esta anônima que aqui relata esta retrospectiva.
Além das provisões, o ilustre leitor fez consideráveis doações de eletrodomésticos. E eu fiquei com uma dívida de gratidão que nunca serei capaz de pagar por não haver dinheiro que pague ações de ouro! 

Uma pessoa me disse quando soube da generosidade desse benfeitor:

“- Nossa! Imagino se você fosse a J.K. Rowling, autora do Harry Potter! Seria coberta de ouro!”.

Na minha grandeza humilde de ver a vida, pensei comigo:

“- Que tola... Não sabe ela que eu sendo anônima recebendo toda essa atenção do meu ilustre leitor, me senti melhor do que uma Best Seller. A glória decerto era minha! Receber doações e agrados quando se é famosa, que vantagem tem?”

Este ano não poderia terminar sem meu agradecimento por esta janela mundial, através deste  ciberespaço. Obrigada, ilustre leitor! Sei que não quer ser identificado, mas saber que você lerá o que escrevi e saberá ser para você, agradecendo aqui do tamanho que merece, isso me basta!

O  comentário que o meu ilustre leitor fez há dois anos:“19/07/2009 22:09 -

Djanira Luz,Boa-noite!Parabéns grudados: pela foto dos poetas; pelo texto que acabo de ler - ... sonhos que resgatam histórias. Da foto, guardo o convívio próximo com Drumond e Vinícius, cujos netos foram meus alunos. De Mendes Campos, a presença em alguns encontros e de Quintana o prazer das leituras. Agora ficam na memória junto com você. Esse andar por aqui me dá muito prazer.

Para o texto: UM CONTO REAL DE SONHOS QUE RESGATAM HISTÓRIAS... (T1707276)”
 

 

8 de dez. de 2011

O BRILHO E A COR DA PURPURINA...

Imagem retiradado Blog http://nataliafamil.blogspot.com/, caso seja sua criação e não autorize postá-la, avise-me por favor, que retirarei imediatamente. Obrigada! 


O BRILHO E A COR DA PURPURINA...



Purpurinas! Muitas! Queria ser! Poder iluminar, enfeitar e alegrar a vida dos que estão opacos, incolores e sem brilho, com cores e luzes.

Pela manhã o Sol iluminar-me-ia e eu ficaria toda acesa multicolorida a irradiar sorrisos rosas, azuis, violetas, brancos, amarelos, lilases, dourados... Toda mistura bonita de tons eu distribuiria pela vida afora!

E quando chegasse a hora do Sol adormecer apagando de mim o brilho colorido, a Lua reacender-me-ia a luz com seu olhar apaixonado. Assim eu continuaria noite adentro transformando rostos tristes em faces alegres de quem acredita que esperança nunca morre feito luz que não se apaga dia e noite. Acesa do Sol ou acesa da Lua!

Em minúsculos coloridos que eu queria ser, grudar-me-ia no corpo de quem desejasse participar da minha felicidade iluminada. Na pele enfeitada, feliz de tanta beleza, todo ser coberto de mim, contagiaria seu próprio interior em ver tão lindo externo. Deste modo, luziria a alma deixando-a tão bonita e feliz feito as cores e o brilho da purpurina!

Queria ser! Muitas! Purpurinas brilhantes, alegres e lindas. Toda cheia de cor e luz! Iluminar e refletir no outro todo brilho de gente que é feliz e que muito ama! Refletir todo brilho da vida e todas as cores das pessoas...

21 de nov. de 2011

NÃO QUERO PALMAS!

                                                                                                     
                                            
  Imagem do arquivo pessoal.

    NÃO QUERO PALMAS!

 
Não gosto de palmas. Não! Gosto de palmas quando aplausos, sobretudo quando de parabéns pela nova vida que segue. E gosto de Palmas do Tocantins. Não gosto de palmas flores. Elas têm suas belezas e cores adoráveis, mas não para meu gosto.

Tudo tem uma explicação nesta vida, eu acho. E a minha é que meus avós moravam próximos a um cemitério, o Jardim da Saudade. Era lindo, bem cuidado. Não me causava medo. Até ia lá com minhas primas ver as flores do jardim e as gramas sempre verdinhas.  Já quando passavam carros com coroas de palmas era sinal de morte certa. E de morte da minha vida e das pessoas que eu amava, queria mais era distância. Daí essa proximidade de palmas com cemitérios em minhas lembranças! Foi algo que marcou uma época da vida, por isso tomei ojeriza da flor. Explicado!

Quando eu morrer, já deixo registrado, não me enviem palmas! Rosas amarelas e todas as variedades de cores dessa flor mandem aos montes que serão apreciadas ou de qualquer outra espécie da nossa rica flora.

Agora, se alguém me levar palmas, juro que me levantarei da urna funerária em protesto:

- Palmas, não! Palmas para mim, só aplausos!rs
 

 
Djanira Luz

18 de nov. de 2011

DESEJOS DE CARINHO...

                                             
                                             Imagem do meu arquivo pessoal.

DESEJOS DE CARINHO...

 
Hoje toco você através do vento que acaricia seu rosto e embaralha seus cabelos e meu abraço você poderá sentí-lo nas flores macias do seu jardim.

O Sol será meus lábios a lhe beijar quente com amor e carinho que lhe tenho. As estrelas, divertidas e sapecas, encherão seu dia de alegria com luzes cintilantes.

A Lua, misteriosa que só ela, lhe segredará o meu desejo de tantas luas passadas de tudo de bom e belo a vida toda para você!


 
 

8 de nov. de 2011

NÓ CEGO E GOSTOSURAS!


Imagem do arquivo pessoal- "Reproduzindo o passado".


NÓ CEGO E GOSTOSURAS!



Uma sacola de mercado bem fechada com um nó cego era a certeza de que dentro muitas gostosuras para minha tentação.  Parecia ouvir a voz dos meus pais: "Doce só depois das refeições, não mexam!" Vai dizer isso para mim que fui nascer com a curiosidade de um gato? Não era fácil desfazer os nós. Demorava um tempo bom. Ficava cansada e minhas unhas doíam.  Mas desistir, nem pensar!

Algumas vezes o conteúdo eram as balinhas formato de boneca ou Confeitos. Em outros momentos encontrava os deliciosos cigarrinhos de chocolate. E quando era Mirabel eu ficava toda feliz com a variedade de sabores que vinham nas caixas! Quando era pacote de balas, os sabores eram diversos: mel com recheio. Nossa que delícia! Côco queimado, cereja, Tutti Frutti
, pêra, morango, uva, damasco e canela.  Lá em casa só eu gostava das de canela, meus irmãos reclamavam da ardência na língua. Para mim acostumada com o ardor da pimenta desde os três anos de idade, bala de canela era refresco! 
E as balas Soft? O formato e a transparência me seduziam. Depois de quase morrer engasgada com uma bala Soft de caramelo não via mais graça nelas. Apavorava-me só de olhar! Aí eu comecei a questionar o motivo de terem criado uma bala redonda e escorregadia. Deveria ser para matar as crianças mesmo, pois ia direito para a garganta e ficava lá entalada deixando os pais desesperados!

Como temos um preço a pagar pela curiosidade e desobediência, meu dia haveria de chegar! Estava sobre a mesa mais uma vez, uma sacola com nó de gostosuras. Sem pensar em nada além do doce sabor, depois de tantas tentativas, desfiz o nós. É! Naquele dia, os doces estavam dentro de duas sacolas. Supresa! Não havia doce nenhum. Era uma lata de leite Ninho... Achei que papai havia posto os doces dentro da lata para ninguém mexer. E na minha cabeça de criança que muito imagina, imaginei ser algo delicioso para tanto segredo. Com a ajuda de uma colher abri a tampa da lata. Misericórida!!! Parecia haver mil demônios presos dentro dela e eu por descuido os libertara! O mau cheiro tomou conta da copa atraindo moscas para perto de mim. Dentro da lata vísceras de peixe e, pelo visto, estavam lá há mais de um dia. Aos poucos a cozinha foi ficando cheia também de gente. Meus irmãos, minha mãe e meu pai com sua cara enfezada. A coisa para mim ficou tão fedida quanto os restos mortais do peixe!

Ali todo mundo descobriu quem era a curiosa que abria a sacola antes das refeições. Bem feito para mim que aprendi a me conter depois daquele dia fétido, embora não comesse nada antes, somente gostava de ver o que estava à minha espera.

Levou-se tempo para sair o fedor da casa. Parecia impregnado em mim. O conteúdo da lata deveria ser gostosura sim para um gato de verdade, não para a mim, apenas uma menina curiosa...


Djanira Luz

7 de nov. de 2011

A VIDA E A MORTE ATRÁS DAS LENTES...


Imagem arquivo pessoal. Por Aldo Brane Luz, meu filho retrata a violência crescente das cidades, pois a morte chega-nos de imprevisto.



A VIDA E A MORTE ATRÁS DAS LENTES...

Eu não quero ver a violência nas ruas do bairro onde moro, na cidade onde vivo, no país onde nasci. Não quero saber das notícias de morte, nem você quer isto e não querem como nós os repórteres, fotógrafos e cinegrafistas!

Posso afirmar com toda confiança que esses profissionais gostariam muito mais de mostrar ao mundo a descoberta da cura para o câncer. O fim da miséria. A tão sonhada paz entre povos, raças e religiões e não a violência crescente e assustadora como temos assistido.

O cinegrafista da Band não queria estar no meio do confronto registrando os últimos momentos da sua vida. Era domingo e, quem sabe, ele gostaria de estar curtindo horas de folga com a família. Talvez em uma praia do Rio ontem pela manhã.  Infelizmente não foi o que aconteceu, pois o bom profissional tem o compromisso de mostrar para o telespectador a verdade, mesmo que ela tenha a cara feia para um dia bonito de domingo.

Fotógrafos, cinegrafistas, repórteres têm a função de nos deixar informados sobre os eventos da cidade, do país e do mundo. Não para ter audiência ou venda de exemplares de jornais ou acessos na internet. Não! Geralmente as reportagens servem para nos alertar sobre a realidade que preferimos desconhecer. Muitas vezes fechamos os olhos ou evitamos olhar aquilo que incomoda.


Mostrar a criminalidade serve como denúncia para que responsáveis pela segurança pública possam tomar providências e, assim quem sabe, salvar e melhorar a vida dos cidadãos honestos.

O cinegrafista da Band morreu no exercício da profissão. A perda é irreparável para a família. Para a equipe da Band. Para os profissionais da mídia e para toda sociedade. Estou triste e de luto enquanto carioca e indignada, cansada, envergonhada de tanta violência enquanto brasileira.

Morre um pouco  de mim quando algum inocente perde sua vida bruta e estupidamente.  Meu profundo sentimento e respeito pela família do cinegrafista Gelson Domingos da Silva e meu pesar pelos bons cidadãos do Rio de Janeiro. 


Djanira Luz

4 de nov. de 2011

UM POUCO MAIS DO PRECIOSO TEMPO!


Imagem do meu arquivo pessoal - By Ana Catarina Luz, filha que amo de imensidão!


UM POUCO MAIS DO PRECIOSO TEMPO!


Queria mais tempo. Tempo para mim. Tempo para fazer as coisas que gosto. Tempo para ficar à toa. Tempo para escolher o que fazer, sem preocupações com o tempo passando e as obrigações à minha espera. Tempo livre de contemplar o céu azul e me imaginar mergulhada nele feito mar de sonhos!

Queria mais tempo também para escrever. Escreveria sobre as coisas acumuladas na minha cabeça e que não posso partilhar por falta do precioso tempo que não pára para descanso. Queria mais tempo para não deixar perder as ideias.  Elas vão se apagando da memória que não quer guardar nada além dos compromissos diários.

Queria ter mais tempo porque tem horas que surgem pensamentos bons e dariam uma história bacana, acontece que as ideias têm pressa para virarem textos. Embora que lhes peça para ficarem guardadinhas até a hora em que tenha tempo de lhes transformar em palavras reunidas, elas se vão e as perco para sempre.

Queria ter mais tempo. É! Eu bem que tentei conseguí-lo subtraindo minhas horas de sono, porém,  ao invés de aproveitar o tempo de horas reduzidas de descanso comigo e com o que me dá prazer, acabo arrumando mais compromissos e o tempo todo conseguido, outra vez fica curto e não curto nada daquilo que eu queria para mim.

Queria mais tempo. Tempo para nada. Para não fazer absolutamente nada, pois sei que não tendo nada para fazer, eu faria tudo aquilo o que realmente importa gastar tempo!




Djanira Luz

A MATEMÁTICA DA VIDA!


 

Imagem arquivo pessoal - By Ana Catarina Luz


A MATEMÁTICA DA VIDA!


Tudo é matemática. Na lembrança, a voz do professor dizendo:


“- A matemática irá acompanhá-la por toda a vida!”

Recordo que ri desconfiando desta afirmação. Estava errada! Em tudo o que faço, penso ou gosto tem a soma, a divisão, a multiplicação ou a subtração de alguma coisa.

E assim tem sido. Quando dois que se amam, somam-se em alegria na terceira vida que chega.  Filho querido. Na separação, subtrai-se muito mais do que bens materiais. O que foram dois, torna-se um.  E solitários ficam outra vez.

Na receita do bolo, um punhado disto e daquilo outro. Não houver a quantidade exata de ingredientes,  a massa não vai dar certo! Para o preparo da droga que cura, a exatidão na dose é vital. Se para mais ou pare menos, grande diferença. Uma fina e tênue distância entre a cura e o veneno. É bem verdade o dito “o que faz o veneno é dose”. Por isso da importância de cálculos precisos.

Gosto de multiplicar sorrisos quando estou ao lado de pessoas agradáveis. Somamos e multiplicamos geralmente o lado bom da vida: alegria, fé, esperança, sonhos...  E quando dividimos nossas dores, elas diminuem!

Ruim é a matemática dos desonestos que somam para si riquezas, subtraindo benefícios para quem verdadeiramente precisa. Pessoas egoístas e sem ética não conhecem as operações da divisão! Com certeza não foi aluno do professor Roberto! Duvido que ele aprovaria quem não soubesse o básico para se tornar um cidadão honesto e íntegro.

Sim, professor Roberto! Estava certo. Em tudo o que vejo e penso, a matemática está viva, presente. Fazendo parte da minha história de vida.  Até para tocar violão precisa-se do plano cartesiano para entender as vibrações das cordas!

E assim somo conhecimento a cada aniversário. Divido abraços e beijos. Multiplico alegrias e subtraio tristezas. No fim das contas, belo saldo positivo!

 


 

25 de out. de 2011

SOLUÇÃO NA HORA CERTA!


                                                                                    Imagem arquivo pessoal



SOLUÇÃO NA HORA CERTA!


Havia um problema. Não era mal físico para a cura médica. Nem questões financeiras que o banco pudesse ajudar. Não cabia a nenhum mortal. Era algo da dimensão divina. Era Deus o único capaz de dar a solução.  E ela aconteceu!


A solução não surgiu assim no estar de dedos ou piscar dos olhos. Não! Nem foi da noite para o dia. Foram necessárias muitas mãos postas e joelhos ao chão. Acima das súplicas diárias, havia muita confiança e espera em Deus de que tudo seria resolvido no momento certo. Na hora exata. Não foi resolvido na pressa que se desejava, mas sim no tempo em que a confiança não foi perdida.

Certas coisas o dinheiro ou influência não resolvem! É algo humanamente impossível. Embora algumas vezes o desespero quisesse instalar-se pondo dúvidas em não acreditar que as preces seriam atendidas, a fé prevaleceu. Deus nunca decepciona quem confie em suas promessas. Deus agrada-se de quem se mantém firme e aguarda a hora em que Ele aja em suas dificuldades.

Eu creio em Deus. Nunca o vi, mas creio no meu Criador. Como o vento que me beija face sem que o veja, assim é Deus! Invisível aos meus olhos, mas presente na minha vida. Ele faz arder meu coração de alegria. Sim! Sinto Deus em mim todos os dias. É nas horas mais difíceis que Ele sopra seu Espírito sobre minhas preocupações deixando-me confiante e cheia de esperança.

Basta o hálito de Deus na centelha do meu coração ressequido para reacender em mim o fogo alegre de viver. Tenho experimentado as maravilhas do crer. Creia em Deus você também!


Seja feliz todos os dias. A vida é bela e os momentos são únicos!rs

20 de out. de 2011

POR ISSO AMO POETAS!



 
Imagem arquivo pessoal - Por Ana Catarina Luz

 
POR ISSO AMO POETAS!

 
Poeta esconde-se atrás das letras e se mostra nas personagens que cria. Algumas vezes brinca de viver não a própria vida, mas a imaginada para si. Sonha o sonho de muitos e os realiza com seus ou não finais felizes para sempre.

Poeta cria rimas não só de letras, mas de ideias que combinam pensamento com ações e formam conceitos vistos de maneira singular, diferente da maioria dos mortais. Só poeta conversa com o vento. Ele entende o canto da cigarra, a timidez do menino e a alegria das estrelas. Um tanto de outras grandezas o poeta é capaz com sutil particularidade.

Poeta percebe a dor dos desconhecidos que vê por onde vai. Poeta alegra-se com um sorriso na multidão e dele faz versos que muitos leem e sorriem como se partilhasem do mesmo sorriso feliz visto na rua.

Todos os poetas são especiais. Poetas captam a dor dos sofredores e transformam a tristeza em algo que conforta. Poetas são sensíveis e reclusos. São observadores e gentis. Poetas falam pouco, mas esbanjam sentimento em cada letra que lhe sai. Poetas são gente como a gente é, mas eles sabem traduzir aquilo que queríamos e não conseguimos, pois a emoção rouba-nos as palavras. Por isso amo poetas, por saberem dizer o que não sei.

Amo os poetas que me capacitaram a crer em dias melhores no amanhã quando li os primeiros versos nos dias que fui menina. Amo os poetas que coloriram minha vida com imagens de esperança e que me fizeram crer que felicidade não precisa ser algo grande, mas algo que se sente intimamente deixando-me com agradável sensação. Algo assim que me toca através de palavras poeticamente bem dita!

Benditos sejam, Deus, todos os poetas! 

 

18 de out. de 2011

DIAS DE BEM!

 
Imagem do meu arquivo pessoal  - Cerração

 
DIAS DE BEM!

 
Frio combina com vinho e chocolate.  Combina mais ainda com beijos e abraços. Frio traz para mais perto pessoas queridas e sabores agradáveis. Uma combinação excelente e deliciosa!

Este é meu país tropical com serras clima tropical de altitude! Dá a sensação de pleno inverno com o vento a me soprar o corpo arrepiando-me por inteira.  Enquanto subia a serra de volta para casa, a mudança brusca impressionava-me.  O contraste da temperatura dava a ideia de estar atravessando um portal para uma outra dimensão. De um lado o Sol intenso com seu calor. Do outro, a cerração embaçando a visão e o ar frio gelando a carne.  Muito linda a natureza com suas manifestações!

Dia frio combina também com leitura de um livro interessante com o corpo debaixo de edredon. Ou, quem sabe, aquecer os dedos criando textos, poemas ou canções. Um bom texto produzido com paixão pode servir de cobertor para a alma, pois há escrito que esquenta um coração gelado de solidão, desespero ou saudade. E aconselho em temperaturas baixas, um filme de mãos com alguém querido. É conforto certo!

Bom de dias frios é sentir o corpo arrepiar e saber que o clima pode estar frio, mas a alegria é algo quentinho que nos faz querer viver com toda força e sorrisos possíveis. Sim! É bom viver dias de bem! Amo a vida. Toda ela. Todos os dias. E em qualquer clima.

 
Djanira Luz

14 de out. de 2011

TUDO DE BOM PARA O EX-AMOR!


Imagem amigo e fotógrafo Severino Silva, Jornal O Dia.

TUDO DE BOM PARA O EX-AMOR!


Chegar a este nível de civilidade não é fácil, nem é privilégio de todos. Existem casos, porém, em que o amor sobrepuja a mágoa, a bronca e a tristeza da separação, dando lugar ao convívio harmonioso.

Quando Rê terminou o sólido relacionamento de anos, desejou ver mortos o ex e sua atual. Depois de algum tempo, transferiu todo amor sentido pelo marido para os filhos e até conseguiu ter uma convivência, digamos aceitável, com o casal.

Já um vizinho, o jovem Edu apaixonado de primeira viagem, quando a namorada disse que não dava para continuarem o namoro, ele teve uma atitude diferente a da Rê. Ao invés de lhe desejar toda sorte de infortúnio, sempre que vinha conversar comigo, falava da menina com a mesma ternura que falava quando juntos.

Achei bonita a atitude do Edu e penso assim devemos agir ante situação semelhante. Se desejarmos mal à pessoa que dizemos amar, não é amor de fato. Quem ama é incapaz de querer ver sofrer o ser querido. 

A primeira atitude de quem separa do seu amor é encontrar defeito na sua atual companhia. É como uma vingança para suas mágoas e perdas. Não vale a pena! Antes deseje que o ex-amor seja feliz. Quem ama, repito, a vida toda vai querer que a pessoa amada seja feliz todos os dias. Independente da companhia que escolheu para si.  No lugar de ficar odiando o casal, torça para que sejam felizes e,  que você principalmente, viva tão ou mais feliz do que antes!

Seja transferindo o amor que sente ou aceitando o fim do relacionamento, procure não tentar encontrar respostas que convençam o motivo da separação. Apenas aceite o fim. Machuca, claro! Mas se no lugar de maus pensamentos e desejos ruins tiver bons sentimentos pelo amor que se foi, certamente você ficará mais leve e aberta para uma nova história de amor!

Seja feliz e queira tudo de bom também para o seu ex-amor. Por que não?rs



 

Djanira Luz

10 de out. de 2011

O PODER DAS PALAVRAS DE ÂNIMO!


Imagem arquivo pessoal.


O PODER DAS PALAVRAS DE ÂNIMO!


 Desistir, nunca! Até no último segundo do jogo muda-se o resultado! É hora da virada! Claro que ainda dá tempo! Você consegue, vai! Se Deus quiser vai ficar curado! Acredite, espere pelo melhor sempre! Espere e confie! Vai dar tudo certo!

Quando dizemos ou ouvimos algumas dessas frases nas horas mais tristes e desoladas onde a esperança parece algo morto e desacreditado, é mesmo  difícil de acreditar em que tudo possa melhorar. Por outro lado, que seria do sofredor não houvesse uma letra, uma voz, uma força para o conservar de pé diante das dores do mundo que a vida põe em sua porta vez e outra?

Um casal amigo sofre uma dor imensa da qual me solidarizo. Outra amiga perde o irmão amado cuja tristeza alcança-me. Tenho também minha cota de sofrimento. E a única coisa que me cabe é lhes dar palavras de ânimo. É estar presente com meu ombro companheiro ajudando-os a carregarem o pesado fardo. E enquanto ofereço colo, os meus problemas tornam-se tão leves que acabo esquecendo-me deles.

Acho que as palavras de confiança transmitidas aos outros têm poder inclusive sobre as minhas inquietações. Como dizem “a palavra que sai da boca de quem fala, são os próprios ouvidos que ouvirão em primeiro lugar”.  E assim acredito, pois enquanto desejo boas coisas, boas coisas entram através dos ouvidos e se instalam na minha mente que faz o coração pulsar de alegria revigorando-me o otimismo.

Palavras não são apenas palavras jogadas ao vento quando a intenção é a de fazer bem ao amigo. Ao filho. Ao companheiro. Enfim, a todo aquele que amamos e sofre por uma causa. Palavra de ânimo é amor! É o desejo de ver a esperança em cada olhar que se esqueceu de acreditar e confiar que tudo pode ser mudado a qualquer minuto da vida. E quem recebe o carinho das palavras animadoras sente-se amado e confortado em seu coração para seguir seu caminho confiante de que não está sozinho nas suas dificuldades.


Palavras sinceras sempre serão consolo para qualquer um. E que as minhas possam ser compreendidas pelos que precisam de conforto em falas suaves.

Transmita você também palavras de coragem e esperança!

 
 
Djanira Luz

9 de out. de 2011

MICHAEL JACKSON, MEU GRANDE STAR AMIGO!

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MICHAEL JACKSON, MEU GRANDE STAR AMIGO!
Nunca o vi pessoalmente, mas o considerava meu grande amigo! Quando ele cantava “Ben’, minha alma inocente de criança chorava. Mas quando ouvia sua voz em “ABC”, ah eu pulava de alegria junto com ele. Sua energia me contagiava e me fazia ver os dias bem mais bonitos ao som das suas músicas.
E fui crescendo sua amiga. Amizade platônica, certo? Mas amigos mesmo distantes serão sempre amigos. E eu não ligava se o Michael Jackson nem sabia da minha existência. Eu sabia da dele. Era isso  que me bastava! E ele fazia dos meus dias os melhores que uma criança deseja viver!
Então crescemos. Ele Star, eu anonimamente. Mas éramos parecidos no quesito em desejar ver o mundo um lugar melhor para todos. E bem dentro de mim, eu sabia que me assemelhava a ele em outra característica. Eu também era uma artista! Artista anônima das letras, eu sei, mas uma Star cheia de Luz!
Djanira Luz

7 de out. de 2011

TODAS AS HORAS DO TEMPO...


Imagem do meu arquivo pessoal - "Antiquários"

TODAS AS HORAS DO TEMPO...


Saudade
abraça o tempo
pára as horas
O pensamento
inerte em você
recorda
todos os detalhes
e os braços da saudade
parecem apertar mais
meu coração
Assim a imaginação
inventa
de sentir seu toque
e o cheiro e o beijo
até a sua voz ouço
Em pouco tempo
todo você tenho
abraçando-me
o corpo
a alma
tudo em mim
Envolvendo-me
do amor
que não passa
por estar conservado
em minha vida
na lembrança
que toca e abraça
e me aperta
todas as horas
do tempo
de saudade...



Djanira Luz

3 de out. de 2011

POR DENTRO DE CADA CABEÇA...



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POR DENTRO DE CADA CABEÇA...



Um grupo de amigos reunidos em  mesa de bar. Entre homens e mulheres, a conversa fluía animada.  Mentes cheias de ideias, enquanto os copos iam sendo esvaziados. Tantas cabeças juntas, as mentes começaram a interagir entre si. Uma mente feminina quis saber da mente de um homem sentado à sua frente:

- O que traz aí dentro? Que ideias tem?

- Ah, eu tenho Mentiras e Falsidades! Muitas! De tudo quanto é jeito e tamanho!

- Como assim? - Quis saber a mente da mulher.

- Se for para mentir para um filho o motivo pela demora da volta para casa, digo que o pneu furou e demorei a encontrar borracheiro aberto. Agora, se for para a mulher, eu mato o patrão, o filho do patrão, sequestro a mãe dele. Enfim, dou trilhões de falsas desculpas! Armo circo! Crio uma peça ou uma tragédia para me dar bem no fim. Mas, o que mais gosto é de mentir sobre aquilo que farei, mas nunca tenho intenção de fazer. São essas mentiras que me colocaram aqui onde estou. Do alto do palanque, as minhas mentiras tornam-se verdades aos ouvidos de pessoas humildes e inocentes.  São eles que me elegem por acreditarem nas mentiras ditas com convicção. Tornei-me um hábil falsificador da verdade! E, eu minto tanto e tão bem que acabo eu mesmo acreditando nas minhas mentiras e tem horas nem mesmo sei o que é verdade ou mentira na minha vida!

- Olhando para a mente de uma jovem, a mente pensativa fez a mesma pergunta:

- O que tem aí guardado?

- Aqui dentro tenho Inveja e Ciúmes! Morro de inveja de tudo e de todos! E não é por eu não ter atributos ou condições de ser igual. Eu simplesmente odeio ver alguém feliz, bonita, inteligente. Então vivo a invejar tudo e a todos. Chego a sofrer mal físico de tanto que penso no sucesso e alegria alheia. O ciúme corroi a sanidade dos meus pensamentos! Acabo sofrendo mais do que curtindo minha bela e confortável vida...

- E você aí no canto, que pensamentos tem em você?

- Eu sou um poço de Orgulho e Desprezo!!! Tudo em mim sempre foi, é e será melhor do que todos os que meus olhos alcançam ver! Ninguém sabe mais do que eu, nem faz as coisas certas como só eu sei fazer! Tem horas que penso o tanto de desperdício neste mundo! Tanta gente e ninguém como eu! Eu penso e acredito – eu me basto!

A mente feminina que observava as outras, estava um tanto desiludida por crer só haver mente de pensamentos sórdidos. Avistou, porém, um jovem e imaginou que, talvez, naquela mente teria sorte em conhecer belas ideias:

- E você, jovem mente, o que traz em si?

- Eu? Eu tenho Ajudas e Soluções! Para tudo o que há e para tudo o que poderá ser, tenho uma receita para melhorar, consertar, corrigir ou ajudar! Se o problema está difícil de solucionar, ensino a encontrar uma saída. Se não há saída para alguma questão, indico então novos caminhos! Se alguém borrou uma parede que acaba de ser pintada e não há tempo nem recursos para o acerto, sugiro que se faça ali uma arte abstrata! Coisas simples assim que tenho aqui em mente. Ideias e soluções ao alcance das mãos e do bolso e que, muitas vezes, nos deixam longe das discussões, dos fracassos ou das perdas.

A mente cheia de Orgulho, olhando para a mente que estava querendo saber demais sobre as outras mentes, perguntou com desdém:

- E você, o que tem aí dentro dessa cabeça de mulher?

- Ah... Eu tenho Fé e Otimismo!

Orgulhosa de si, a mente zombeteira indagou outra vez:

- E para que lhe serve isso?

- A fé torna-me mais sensata e freia minhas ideias para a mentira, para a inveja, para o engano, para o mau julgamento, para não cometer injustiças e para as vaidades.  A fé enche-me de otimismo, tornando-me uma mente mais voltada para a alegria e beleza da vida do que para o lado mal que há em cada ser. Também possuo em mente todos esses sentimentos menores da inveja, do ódio, do ciúme, das vaidades...O diferencial é que a fé sobrepuja todos os demais pensares, realizando na minha vida um equilíbrio para que eu não cometa exageros maldosos a outras mentes.

Cada ser possui seu universo próprio de ideias trancados na cabeça. Cabe-nos decidir  quais vias devemos alargar em mente. Se os pensamentos dos bons adjetivos ou dos maus.

Diga-me, mente que lê estas letras, o que tem aí dentro dessa cabeça? Seja feliz todo dia com suas escolhas!rs




 

1 de out. de 2011

PARA DEBAIXO DAS ASAS...


A imagem desta página foi retirada da busca Google. Caso seja sua criação e não autorize postá-la, avise-me, por favor, que retirarei imediatamente. Obrigada!
PARA DEBAIXO DAS ASAS...Debaixo das asas da mãe estive até o dia que minhas possibilitaram-me voar. Ainda que vôos altos e seguros, sempre voltei para debaixo dos aconchegos de suas asas. Filho quer proteção e se sentir amado, independente da posição que esteja ou idade que tenha.

Debaixo das asas tenho filhos. Quanto mais crescidos, mais alargo as asas sobre eles para que os tenha sob minha proteção. Aprendi com minha mãe que mães são anjos com suas asas longas sobre filhos. Na tentativa de lhes guardar de todo perigo. Algumas vezes ferimos as asas e nem sempre é possível cem por cento a guarda.  Acho que é quando os filhos despertam para o ruflar das próprias asas.

Debaixo das asas de anjos do Senhor me ponho. Nelas sinto o conforto e o calor da fé.  Anjos levam-me para os braços do Cristo! É para lá que me dirijo quando os passos tornam-se difíceis de caminhar sozinha ou quando a dor é tanta me cegando para enxergar soluções.

Debaixo das asas divinas permaneço e assim sigo meu destino. Mesmo que com o peso do fardo diário, sinto ser mais fácil ir em frente.  Como os filhotinhos dos pássaros sentem-se protegidos pela ave-mãe, sinto-me amparada estando debaixo das asas da minha mãe e do meu Criador.

Debaixo de asas, divinas e humanas,  sinto-me segura de todo o mal. Amém!
 
Djanira Luz

30 de set. de 2011

ROTINA...




Imagem do meu arquivo pessoal.

ROTINA


Crianças para a escola. Marido para o trabalho. Confere os e-mails. Um riso brota pelas letras engraçadas que lê.  Enche a xícara de café, uma lembrança surge com o seu aroma forte. Desfaz do rosto o sorriso e a testa franze. Escova os dentes tirando da língua o gosto amargo da recordação. A notícia do irmão enfermo. Faz uma prece por sua cura. Outra pela paz no mundo. E pela vida. Notícias frescas chegam a todo instante. Aftosa no Paraguai ameaça contágio com o gado dos países vizinhos. Pensa no aumento da carne. Pensa tornar-se vegetariana. O gosto da soja a desanima. Pondera e pensa optar por frutos do mar. De peixe também se vive, além de ser saudável! Lembra da mãe do amigo com o fêmur fraturado. Anota para comprar cápsulas de cálcio. Melhor sempre mesmo é a prevenção!  Outra prece. Agora, pela mãe do Zé. Imagina não ser a sua recuperação o pior, mas as doenças oportunistas que surgem pelo excesso de dias no leito hospitalar. Agenda rezar uma novena inteira em sua intenção. Oração nunca é demais. Sabe como é bom ter fé! O espelho mostra que os dias estão passando depressa demais.  As suas feições estão mais semelhantes a de uma mãe do que a da mulher que é. Pensa em cremes:  Anna Pegova, Lancôme Primordiale Optimun nuit, Avène Eluage Creme, Natura Chronos 45, Avon Renew... Pensa em beleza e lhe surge em mente a polêmica sobre o novo comercial da Gisele Bündchen. Acha bobagem vetarem o anúncio! Pensa que a Gisele retratou bem o que as mulheres fazem na intimidade. Ainda na pia do banheiro, gargalha sozinha. Quase engasga com o creme dental só de pensar quantas vezes ela mesma se valeu do poder de sedução para dobrar o marido. São armadilhas femininas e não objetos sexuais! Se homens podem dar um diamante para criar um clima, por que a mulher, que é uma bela jóia humana não se pode dar para o marido na troca de beijos e amassos em  lugar de brigas e broncas? E qual mulher, mesmo fora dos padrões de beleza, nunca abusou de seus atributos femininos para mimar o marido ou namorado? Fica rindo diante do espelho lembrando das brincadeiras a dois com o companheiro. De novo vê seu reflexo. E nota que alegria remoça. Pensa em rir mais. Lembra da apresentação do ator e humorista Rodrigo Sant'anna que esteve em cartaz na cidade. Bem que deveria ter ido assistir o humor  “ai como tô bandida” com a Carmencita! Confere as próximas apresentações nos teatros. Agenda para ir. Concorda com a frase “rir é o melhor remédio”. Fica rindo e percebe o poder antiidade que o bom humor tem. Atende ao telefone. Fixa os olhos em algum ponto. Preocupa-se. Lembra do envelhecimento. Simula um riso. Desfaz a cara tensa. Pega o livro sobre o sofá. Lê duas ou três páginas. Pensa na recomendação do filho. Admite que o Diário de um banana é um livro muito divertido, mesmo para quem já ultrapassou a barreira da juventude! Os problemas ficam dentro do livro e o sorriso se espalha pela casa. Percebe que faltam ingredientes para a torta de domingo. Confere a receita. Anota na para comprar depois do expediente no consultório. Separa uma roupa. Espia pela janela o tempo. Vê que o Sol não veio. Imagina-o dormindo no colchão azul do céu coberto com cinzas nuvens. Separa outra roupa. O tempo requer vestes mais quentes. Pega o batom, a base e o lápis, presente da amiga e, contorna os olhos. E passa a sombra lilás. Afinal, é primavera! Usa o perfume de baunilha e fecha os olhos para perceber melhor o seu aroma. Dá bom dia para a cachorra que lhe faz festa. Promete-lhe não demorar mais do que o tempo de atendimento com seus pacientes, mesmo sabendo que a volta para casa nunca se deve marcar hora. A vida lá fora, com suas ofertas e atrações, seduzem o tempo e normalmente prendem mais do que se deve. Pensa na segurança da casa. Confere portas e cadeados. Uma câmera daria mais proteção. Nada! Lembra de reportagem no condomínio cheio de equipamentos de segurança invadido por meliantes. Antes de sair, pede proteção aos céus “toma conta do que é meu, Senhor”. Pensa na mãe e a saudade enche seu coração de colo materno e quase chora. Pensa que irá visitá-la em breve. Lembra-se de que tristeza envelhece. Pensa em coisas bonitas e alegres. Pensa na risada da mãe e nas piadas do pai. Sorri largo. Abre o portão e vai. E pensa. Pensa. Pensa e pensa. Pensa que o que mais faz na vida é pensar. Mas que de pensar é que faz as coisas acontecerem. E sorri. Enquanto sorri, é jovem. E se jovem, não envelhece! E segue pensando e sorrindo. Pensa que nunca vai parar de pensar. Nem de sorrir... Uma rotina que promete seguir rigorosamente!
 
Djanira Luz

29 de set. de 2011

COISAS BOAS DE SENTIR...


Foto acima do meu arquivo pessoal - Captura por Ana Catarina Luz


COISAS BOAS DE SENTIR...
 

Estou com minha alma em festa
na mente só pensamento que presta
Ando vendo além do externo belo
o interior puro é o que mais zelo
Não valorizo o ser pelo o que tem
o luxo do coração sim é o maior bem
Crianças e idosos trato com igualdade
livre de preconceitos com a idade
Sei bem a importância e o valor do dinheiro
mas a realização pessoal penso primeiro
De tudo posso deixar para mais tarde
só não admito que minha alegria retarde!



Dias felizes para você leitor e você leitora!rs

 


 
Djanira Luz

28 de set. de 2011

INDELÉVEIS CICATRIZES...


Imagem do livro "Imagens gaúchas - RBS publicações, pág. 06"



INDELÉVEIS CICATRIZES...


Tenho cicatrizes visíveis e as ocultas. Algumas me reportam para dias de molecagem e trazem de volta ao rosto o riso maroto de menina travessa. Há cicatriz que lembra bronca de pai: “Quem mandou subir no muro!?” e, tem algumas que me colocam ao lado da melhor amiga dos dias felizes da infância. A mesma marca que tenho no joelho, ela ainda deve ter uma igual, creio.Quase já não tão nítida, mas a lembrança do tombo deixa-a sempre marcante aos meus olhos.

Tenho cicatrizes dentro do corpo, subcutâneas. Das duas cesáreas que me trouxeram filhos do ventre ao colo. Foram as melhores marcas da minha vida! Cicatrizes têm essa coisa de serem recordações. Das lágrimas felizes ou de nos fazerem chorar uma dor sofrida.

Tenho cicatrizes por dentro,bem tatuadas na alma. Quando o pensamento toca-as, uma saudade escorre dos olhos. Sim, são cicatrizes deixadas do amor que não vingou. Foi-se o tempo da paixão, mas ficaram em mim de lembrança, as suas marcas.

19 de set. de 2011

SEM DESPERDÍCIO DE TEMPO!


Imagem arquivo pessoal - "Delicadezas de Deus"


SEM DESPERDÍCIO DE TEMPO!



Outro dia parei e notei o tanto de tempo desperdicei em vão. E me prometi ser mais criteriosa quanto ao tempo dispensado para cada coisa.

Já perdi tempo com leituras cujos livros não acrescentaram nada de bom em minha vida. Perdi tempo fazendo algo que não era agradável deixando de fazer aquilo que me preencheria verdadeiramente com delícias ou ensinamentos. Assisti a muitos filmes por assistir ou para agradar alguém.

Por comodismo realizei tarefas que não me levaram a lugar nenhum, nem me trouxeram resultados satisfatórios. Fiquei estagnada perdendo tempo de uma vida em amores platônicos que não valeram o tempo perdido. As horas são únicas e não voltam nem que você implore de joelhos! O tempo perdido, gente, nunca mais se recupera!

Então, a partir daquele dia não perco meu tempo com algo que não me acrescente algo positivo ou que me ensine a ser melhor enquanto pessoa ou enriqueça minha vida com coisas benéficas e edificantes.

Hoje, filmes e livros, só os que me valerem dispensar-lhes tempo de apreciação da boa leitura e filmagem. Tarefas, somente as que me trouxerem satisfação ou que sejam produtivas e estritamente necessárias. Amor? Nada platônico! Amor precisa de reciprocidade para vingar e crescer forte e bonito como tem que ser. Amor é troca. Não desperdício unilateral de sentimentos.

Aproveite você também o seu tempo com aquilo que lhe traga prazer e merecido retorno! Dance, leia, dialogue, ouça, realize, lute, cante, ame, viva!  Desde que tudo valha à pena gastar tantos minutos necessários para a recompensa final. E que essa recompensa seja sua plena satisfação!

Seja feliz todo dia!rs
Djanira Luz

17 de set. de 2011

TUDO O QUE SEI E NÃO SEI E O QUE AINDA POSSA SABER...


Imagem do arquivo pessoal e captura de Ana Catarina - "Perspectiva"


TUDO O QUE SEI E NÃO SEI E O QUE AINDA POSSA SABER...


Não consigo acertar tudo. Nem sei de todas as coisas. Tantas vezes não me faço entender e um Universo de problemas me causam por isso. Nem toda hora estou de bem das palavras e acabo atropelando-me nelas. Nem toda vez caio, mas ficam as marcas roxas na alma.

Nem todo riso que ofereço recebe retorno, então visto-me palhaça e não perco a graça. Nem todo choro que sofro é acalentado, aí sorvo a tristeza. Seco o pranto e não incomodo aos que não querem saber da dor do outro nem de si mesmos.

Nem tudo o que escrevo são flores ou estrelas, também nem são tudo espinhos ou opacos! A nem todos os olhares agrado. Nem de todos, porém, cobiço aplausos. Nem tudo o que digo pode ser certo, mas as verdades são todas minhas.

Nem tudo o que penso realizo. E nem penso tudo o que realizo. Não sou dona das palavras, a não ser as minhas próprias! Não sou a dona do mundo, mas a parte que me cabe cuido direitinho. Não sou dona da cocada preta, mas até já aprendi a fazer!

De tudo, menos sei das coisas que imagino saber. Só sei que estou disposta a aprender. Quero consertar o que penso que sei, pois entendo não é tudo certo o que penso. E nem sei ao certo como se é ou se faz todas essas coisas que meu pensamento e olhos alcançam.

Sou eu assim, imperfeita no ser. No ver. No sentir. No pensar. No tudo que me há. Ah! Permita-me a licença das tantas falhas em mim. Sou ser humano! E ser humano, dizem, é assim...
Djanira Luz
        

12 de set. de 2011

VIDA DE BORBOLETA...

A linda Imagem das borboletas é captura e autoria de Adaly Pinheiro. Caso  não autorize a postagem, avise-me por favor que retirarei imediatamente. Obrigada


VIDA DE BORBOLETA...

Como as borboletas, vejo pessoas que parecem morrerem em duas semanas ou quarenta e oito horas, conforme a espécie,  quando algo não vai bem ou alguma coisa dá errado. Deixam-se morrer em pouco tempo, desistindo dos sonhos e das suas conquistas e, diferente das borboletas, ao invés de aproveitarem o máximo das horas, desperdiçam suas asas e escurecem seus dias pelo desânimo e tristeza.

As borboletas, não! Essas aproveitam ao máximo os minutos voando entre flores perfumosas. E bailam felizes no seus ziguezaguear perfeitos de bailarinas aéreas. Além de transmitirem irradiante felicidade (pois borboletas são de fato criaturinhas alegres), elas contagiam aos quem têm o privilégio de lhes ver dançar como que, em cada bater de asas, fossem palmas a vida cujo o céu pinta de azul os dias ensolarados. Sejam dois dias ou duas semanas de vida, elas curtem intensamente cada momento!

Alguns eventos fazem-nos mesmo esquecermos a magia das borboletas. É quando a dor parece crescer mais do que nos cabe e alcança dimensão que sai do controle do limite suportável. Não dura, muito, não é? É, porém, suficiente para o estrago e perdas de sorrisos. Nessas horas devemos nos lembrar do pouco tempo de vida da borboleta feliz que sabiamente delicia-se em vôos sem importar-se com o que lhe virá depois. Sem lamentar pela condição de tempo que lhe resta viver toda a beleza que há.

E assim, uma força poderosa há de revigorar-nos o ânimo mostrando o tanto de segundos, minutos, horas, dias, meses e anos temos para fazermos que nossas vidas sejam as melhores possíveis! Bastando apenas que contemplemos as borboletas e, com ela aprendamos a celebrar tudo o que está disponível aos nossos olhos e ao que alcançamos tocar e sentir. Também esta capacidade imensa crescente em nosso peito de sabermos infinitamente amar.

A vida renova-se a todo o momento. Há muito mais beleza neste mundo do que os todos os grandes problemas enfrentados pelo ser humano. Se uma pequenina borboleta é capaz de aproveitar ao máximo o seu tempo neste mundo, por que você não seria?

Bons e alegres vôos para você dia-a-dia!rs


Djanira Luz

6 de set. de 2011

COM SUAS IDEIAS EM MOVIMENTO...


Imagem do meu arquivo pessoal.



COM SUAS IDEIAS EM MOVIMENTO...

Amanhecera vestida de água. A noite longa de choro mal lhe deixara dormir. Ao mesmo tempo que cheia dos pensamentos que pesam e preocupam, sentia a alma lavada tantas foram as lágrimas derramadas.

Prometera para si, a partir daquela manhã fazer-se fogo. Seria forte! Não poderiam os maus sentimentos outra vez ferir-lhe por dentro. Seria firme! Tomaria decisões acertadas. Mudaria o rumo e o final de suas histórias.

Imaginou-se terra, onde os pés feito raizes resistentes que buscam o bem fundo para se fincarem em segurança.  Agindo assim, imitando as raízes, nada abalaria suas certezas. Firmar-se-ia solo obstinente sem chances para erosões desgastantes problemas.

Desejou ser ar. Ter a suavidade da vida soprando em suas narinas dando-lhe a leveza de ideias e descobertas que a capacita voar. Voos tranquilos e distantes. Libertar-se-ia dos choros e aborrecimentos. É! Dos quatro elementos, preferiu ser ar. Percebeu quem sem ele que  permite a viagem do pensamento em voos livres e criativos, não adiantaria a refrescância da água, nem o poder do fogo. Nem a força da terra.

Era do ar de que mais necessitava para continuar vivendo! Sem ele, que a fazia voar em ricas imaginações, seus escritos não existiriam e seus sorrisos seriam menos. O mundo nem tomaria conhecimento de suas letras se não estivessem espalhadas através do vento de suas criações com suas ideias sempre em movimento...

 
Djanira Luz

4 de set. de 2011

ALÉM DAS DOCES LEMBRANÇAS...


Imagem do meu arquivo pessoal. "Prato de recordações - Cocada preta da vó baiana"


ALÉM DAS DOCES LEMBRANÇAS...




Acordei com o gosto na boca da cocada preta. Típica receita baiana que a vó Vicência trouxe na mala quando veio para o Rio passar um tempo na casa dos meus pais. Engraçado é que não como cocada feita por vovó há décadas, mas o sabor é atual na minha lembrança...  Lembro-me bem da sua passagem por nossas vidas. A casa cheirava novos aromas. Patchouli
para lavagens das roupas. Lavanda para perfumar o corpo. Muita canela e cravos para os doces caseiros, além do dendê e leite de coco para as moquecas tão gostosas!


Acho que todo mundo tem saudade de alguma boa receita. Seja da mãe, pai, avó, nona, tia, irmã, não importa. Em algum momento bate na memória o desejo de saborear aquele doce ou salgado maravilhoso que os anos não apagam o gosto.

É bem verdade que lembranças boas são doces. Quero dizer, doce no sentido de bom de lembrar. Pensando assim, acabo de ser invadida com outra recordação. Um dia mamãe dissera que faria um doce de mamão para sua mãe. Fiz cara de repúdio ouvindo-a dizer aquilo e opinei:

-Credo, mãe, doce de mamão? Que coisa mais nojenta!

Acontece quando pronto, espiei-o na panela e não resisti em provar porque me pareceu tão bonito.Tinha aparência de cocada, mas era transparente e a calda grossa pedia para entrar na minha boca. Quando mamãe foi encher o pote com o doce para vovó, ficou espantada, pois eu havia comido muuuuita coisa! Ela ainda ficou curtindo comigo:

 “- Eu não vou comer essa coisa...” 

Pois é, mamãe! Doce de mamão ralado tornou-se um dos doces caseiros mais apreciados por mim.

Bem, voltado para a cocada preta, a vó quebrava o coco. Porque coco tinha que ser natural, do contrário a cocada daria errado. E a rapadura precisava ser especial. Por isso que ela trouxera algumas da Bahia.


A mente da gente é algo mesmo maravilhoso! Enquanto escrevo vejo vovó ralando o coco, depois despejando a rapadura em lascas na panela, mexendo-a levemente até que seja transformada em melado. Aí ela acrescentava aos poucos o coco e um punhado de cravos-da-índia e fica mexendo e mexendo e mexendo até o ponto certo.

Ai, como era difícil esperar pelo tal do ponto certo! O cheiro tentava-me parecendo dizer “prova-me, prova-me, prova-me”. Mas eu sabia que depois de pronto ainda teria que esperar muito até que esfriasse para finalmente degustar aquela iguaria. A minha boca salivava tanto de vontade que eu mais parecia o nosso cão Lobo, um Deutscher Schäferhund (Pastor-Alemão).

Nossa! Valeu mesmo esperar o tempo do preparo, pois ficara divina a cocada preta da vó baiana! A gente a comia de colher. E, depois da vovó, ninguém mais teve mão boa para essa cocada. Então eu, sua neta com muita pimenta, dendê e sangue baiano nas veias, atrevi-me a experimentar a receita que não tenho escrita em uma folha, mas gravada na memória desde meus sete anos de idade.

O cheiro, a aparência, o gosto me transportaram para décadas e décadas atrás no momento em que subia da panela seu aroma. Talvez não tenha ficado do jeito especial com o tempero certo de anos das mãos habilidosas e treinadas da vó baiana. Sei, porém,  enquanto preparava a cocada, eu trazia para perto de mim muito mais do que os cheiros e ingredientes da cocada. Era vovó que estava junto comigo na minha doce saudade das suas receitas de quitutes, de carinho e de vida...
 

30 de ago. de 2011

NUNCA ABRACEI MEU PAI!

          Imagem Arquivo Pessoal


NUNCA ABRACEI MEU PAI!


Nunca abracei meu pai. E mais o tempo passa, menos o tenho. Menos também a chance do abraço acontecer.
Com a chegada dos muitos anos, a hora da sua partida é inevitável. Todos passam por esse momento difícil da perda e fico na ilusão de querer adiar o dia da despedida final. Enganando o tempo. Congelando as horas. Mas não tem jeito! Ela virá. Ouço o barulho dos seus pesados passos aproximando-se cada vez que vejo meu velho pai.
A rigidez como criou os filhos erguendo muralhas entre nós, destruiu a ponte que nos leva ao abraço de pai. Outros tempos onde o respeito para ele era a decência da não aproximação.
Hoje meus filhos no colo do pai, na liberdade de abraços e beijos me dá mais vontade de abraçar o meu. Terei coragem, meu Deus? Haverá tempo para o primeiro e último abraço?

23 de ago. de 2011

HORA DE TROCAR OS PONTOS!

A imagem desta página foi retirada da busca Google. Caso seja sua criação e não autorize postá-la, avise-me por favor que retirarei imediatamente. Obrigada!

HORA DE TROCAR OS PONTOS!




Ando assim. A cabeça fervilhando ideias, mas as preocupações e dúvidas deixam minhas folhas vazias. É como se aniquilassem todos meus pensamentos. Liquefeitas as criatividades, em seus lugares pontos e mais pontos de interrogações. Aí vejo que nada serve tanta angústia! Pois não soluciono tudo que precisa ser acertado, nem consigo expor minha imaginação espremida na cachola. O jeito é trocar os pontos. No lugar de questões, devo tascar umas reticências ou exclamações. E se ainda pairarem dúvidas, ponho ponto final e pronto! E vou repetindo para mim mesma: Dá-me problemas, dou soluções!

16 de ago. de 2011

DIGA-ME QUAL SEU TOQUE QUE DIREI QUEM VOCÊ É OU PARECE SER...

 




 Imagem do meu arquivo pessoal.

DIGA-ME QUAL SEU TOQUE QUE DIREI QUEM VOCÊ É OU PARECE SER...



Parafraseei um dito popular para dizer que pelo toque do celular é possível conhecer um pouco da preferência e personalidade de seu dono. Vai de brega a erudito. De extrovertido a emotivo. De pitbrabo a zen. De tímido a exagerado. Há também os que vão pelas vias do modismo. Aí camuflam o verdadeiro eu.

Cada qual procura escolher como toque a música que mais lhe agrada ou identifica. Os mais comedidos e sérios limitam-se ao discreto toque do próprio celular. Bem diferentes dos extravagantes que amam toda atenção para si. Encontro tantos assim por aí! Outro dia tive que rir ao ouvir no máximo do volume permitido do aparelho de um jovem que transitava pela rua: “Ai, como tô bandida”.  É no mínimo cômico um toque desses!

Na minha casa o toque vai do clássico ao rock. Minha filha ouve “Silence” de Beethoven toda vez que seu celular recebe chamadas. Na verdade seria o meu toque, mas ela amou tanto que lhe cedi. Seria muito confuso dois toques com o mesmo tema. No do meu filho ouço  Sweet Child O' Mine de Guns N' Roses. O meu era “Toque de Luz”. Acho lindo! Mas agora optei por um mais alegre. Em homenagem à minha terra natal, o meu celular toca Let Me Take You To Rio, com Ester Dean e Carlinhos Brown. É o Tema do filme “Rio”. Do meu marido está sempre mudando. Depende do aparelho ou do seu estado de espírito.

E você aí, qual é o seu? Diga-me qual o seu toque que direi...rs
ADENDA: 

O dito parafraseado que deu origem ao meu título é
“Diga-me com quem tu andas que te direi quem tu és.”                                                                          

 
Djanira Luz
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