31 de mar. de 2010

ASSUMIDO AMOR...



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ASSUMIDO AMOR...


O sorriso faz lembrar-se dela, pois é a alegria personificada
Dias de Sol vê o brilho do seu olhar, ela possui luz própria
Vento sopra, porém, é o toque dela que sente acarinhá-lo
O canto doce do riacho ecoa, mas a voz ouvida é a dela
Tudo de lindo e suave que sente ou aprecia, nela ele pensa
Não há melhor sentir ou visão do que a da mulher amada...



Djanira Luz

29 de mar. de 2010

BALANÇOS DA VIDA!




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BALANÇOS DA VIDA!

No balanço, a menina
embala sonhos
embaraça os cabelos
viaja em altos voos
vento a faz sorrir...

No balançar da rede,
suspira a mulher de paixão
embaralha-lhe o coração
Saudade do homem amado
vento seca-lhes as lágrimas...

No balançar da cadeira
recorda a idosa, idos dias
confunde-lhe já, as ideias
memórias quase apagadas
vento dissipa o passado...

No balançar do destino
sonhos, saudades, realizações
rodopio de alegrias e lembranças
vidas em plenitude e beleza
vento refrescando esperanças...




Djanira Luz

UM GATO NO AQUÁRIO!!! (HUMOR NEGRO)




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UM GATO NO AQUÁRIO!!! (HUMOR NEGRO)



Amancheceu xingando a quinta geração daquele gato descarado que passou a noite inteira miando apaixonado para a Lua em cima do telhado, deixando-a quase noite toda acordada, incomodada com a cantoria dos dias de cio. Dirigiu-se para o banheiro na esperança de que o banho recobraria suas forças para suportar a lida da nova semana.

Banho tomado, alma e corpos refeitos, ouviu um barulho na copa. Imaginou que o peixe estivesse com fome. Era assim que avisava quando queria ganhar umas iscas. Saltava até quase pular fora do aquário deixando o chão todo molhado.

Acontece que a visão que Júlia teve ao se aproximar do aquário deixou-a de cabelos em pé e pêlos eriçados. O enorme gato preto da cantoria havia invadido-lhe a casa e na tentativa de fazer do peixe seu café da manhã, caiu dentro do aquário! A imagem do gato na água o fez ficar enorme, com olhos esbulhados tentando sair lá de dentro. O peixe agitava-se desesperadamente dando voltas ao redor do gato que se debatia, mostrava os dentes afiados. Não mais querendo devorar o saboroso banquete e sim fugir daquela armadilha que a gula o fizera prisioneiro.

Júlia gritava:

-Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! O que faço? – Não havia mais ninguém em casa e como tinha horror a gatos, estava descartada toda possibilidade da Júlia ser a salvadora do gato ladrão miador das noitadas!

O gato olhava com olhos de terror para a mulher. A mulher com mais pavor retribuía o olhar do gato. O negro gato virava feito crocodilo quando pega uma vítima. A cena era deveras asssustadora. O coração de Júlia batia a mil por hora. O som borbulhante que o gato fazia dentro do aquário deixava os nervos da mulher entrar em ebulição. Sem saber o que fazer, Júlia foi até o quarto e sem noção da atitude, pegou a câmera fotográfica para registrar a cena inusitada e horrenda.

Um gato no aquário! Tremendo mais que bambu em dias de ventania, Júlia tirou duas fotos do gato de olhos esbugalhados. Em seguida pôs na opção de filmagem e ficou por alguns minutos registrando a agonia do gato. De repente, uma grande compaixão tomou conta da mulher, pois percebeu que gato infeliz ia perdendo as forças. Não! Ele não podia morrer! Como que saísse do transe por não tomar atitude sensata e esperada de resgatar o gato, Júlia corre até a rua. Chama o vizinho para lhe auxiliar na salvação do felino.

Ao se deparar com aquela estranha cena, Jonas deu uma gargalhada e disse:

- Vai, mané querer comer peixe sem pagar! – E olhando para Júlia continuou. – Eu acho que não tenho coragem de tirar este gato do aquário não, Júlia! Gato acuado fica arisco e agressivo... Vou é chamar o Vado que tem mais jeito com bichos!

Da janela, Jonas gritou para o irmão:

- Vado, corre aqui, rápido!

Quando Vado entrou na copa, não achou graça. Ele amava bichos, sobretudo, os gatos. Pediu que Júlia trouxesse toalhas ou lençóis velhos para enrolar o gato. Quis também uma vassoura. Segundo ele, o gato se agarraria ao cabo da vassoura e nessa hora aproveitaria para lhe enrolar nos tecidos.

- Olha, acho melhor saírem daqui, pois o gato como está apavorado, vai ficar muito agressivo. Deixem-me só aqui.

Antes de se dirigir para a sala, Júlia deixou a câmera ligada para filmar aquele momento de resgate arriscado.

Da sala, Júlia e Jonas puderam ouvir os berros do gato e Vado suavemente dizer:

- Calma, amigo... Calma gatinho... Venha aqui que vou secá-lo...

De repente a voz do Vado alterou-se. De tranquila ficou assustada, diria até um tanto quanto apavorada:

- Não gatinho, não, nãooooooooooooooooo! Ai, gato desgraçado! Ele me mordeu!!!

O gato saltou dos braços do Vado e como se voasse correu pela casa chegando até a sala onde estavam Júlia e Jonas. O gato passou como um raio entre eles saltando em seguida pela janela ganhando a rua. Júlia havia perdido a cor e a fala. Estava paralisada de medo.

Vado apareceu com o braço sangrado por causa da mordida. Jonas, a pedido de Júlia o levaria ao hospital para fazer curativo e, talvez, tomar alguma injeção.

- Obrigada, Vado pelo que fez! O que for preciso gastar em medicamentos ou curativos, pode comprar que pagarei.

Depois de passado o susto, Júlia finalmente lembrou-se da câmera ligada. Antes, porém, foi verificar o peixe. Pareceu-lhe normal. Já nadava tranquilamente. Voltando-se para a câmera, viu a filmagem. O desespero do gato agarrando-se ao cabo da vassoura ficou entre traumático e hilário. No momento em que Vado tentava enrolar o bichano, o gato pareceu ficar ainda mais arredio e desconfiado da bondade do rapaz. Ao invés de aceitar ajuda, defendeu-se com uma generosa dentada. Atitude normal em se tratando de bicho arisco!

Claro que o vídeo foi parar na internet, obtendo admirável número de acessos. Ser humano é mesmo sádico! O que Júlia não contava era que receberia uma intimação por sadismo pela exposição e exploração do animal. Irritada, Júlia reclamou:

- Eu bem sabia que aquele gato preto pulguento me daria azar!

Nessa hora surgiu no pensamento da Júlia a imagem do gato sorrindo debochado como o famoso gato do filme Alice nos país da maravilhas. E ela quase pôde afirmar que o ouviu dizer:

“- Quem rir por último rir melhor! Miauuuuuuuuuuuuuu”

E com desejo de esganar o gato negro de sarjeta, numa insana briga com sua própria imaginação, Júlia retrucou furiosa:

“- Quem rir por último é retardaaaaaaaaado", seu gato dos infernos!”



Imagem do meu arquivo pessoal.


Adenda: Hoje durante o almoço, olhando o Oscar (Apaiari), batizado por meus filhos de "Beethoven", ocorreu-me este pensamento e fiz o conto.rs




Djanira Luz

28 de mar. de 2010

UMA RIQUEZA SIMPLES ASSIM...



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UMA RIQUEZA SIMPLES ASSIM...




Mary acordou agitada do pesadelo. Ofegava, tremia. Dentro em si, um coquetel de sentimentos oscilando entre saudade, remorso, carinho, vergonha e compaixão. Um desejo grande de rever a família que deixara para trás há doze anos quando decidiu partir do Rio Grande do Norte para a grande São Paulo com objetivo de obter prestígio, ser importante. Ter sucesso, vencer na vida esquecendo-se da miséria a qual se viu obrigada a suportar.

Cobrindo o rosto com as duas mãos, ela não sabia o motivo do coração depois de tantos anos trazer à tona lembranças de um tempo onde a vida era pé no chão, Sol na cara e muita miséria sobre a mesa. Não! Queria esquecer de onde viera. Havia endurecido o coração e enterrado junto com os anos que se foram, os rastros do que viveu no passado. A família simples era motivo de desprezo e rejeição. Aos vinte nove anos mal se lembrava dos tempos da dificuldades. Havia deletado de si os malditos dias idos há muitas primaveras atrás.

Ao contrário de toda sua vontade, de todo o querer, Mary sentia saudade da risada mãe, do paizinho das mãos calejadas, das irmãs das roupas simples e das falas caipiras.

- Por que isso agora? Que droga de sentimento fazendo-me mole? Eu estou chorando!? – Mary sentia-se mal com o que sentia. Não queria jamais admitir que o coração a impelia ir ao encontro das suas origens, voltar para braços do pai, para o colo da mão e para os abraços da manas.

Olhando para o relógio digital sobre o criado mudo, conferiu a data e pensou:

“- Meu coração deve estar derretido assim como manteiga de garrafa porque hoje é dia de Ramos... Semana Santa sempre amolece meu coração!” - Mary lembrou-se que naquela mesma data, todos os anos a mãe reunia a vizinhança na fazenda para a Missa de Ramos. Era o maior acontecimento do pequeno povoado. Lembrou-se ainda, aos oito anos de idade, brigou com o amigo Neko porque ele estragou seu ramo da procissão confeccionando uma pulseira trançada para servir como símbolo de namoro para eles. Veio a imagem da raiva sentida naquela hora e de ter pisado no pé do Neko com força e ter corrido na tentativa de conseguir outro ramo de Palmeira.

Logo que chegou a São Paulo, Mary estudou numa ótima faculdade. Obteve destaque no estágio por ser determinada, inteligente e conseguiu logo bom emprego. Á medida que ascendia profissionalmente, mais se distanciava das lembranças da menina simples. Na grande cidade crescia em talento e prosperidade. Vivia rodeada de luxo e já falava fluentemente três idiomas. Viagens, festas, vida social, tudo o que sonhava, podia. O que desejava estava ao alcance das suas cifras.

Por bons anos Mary acreditou que tudo aquilo seria suficiente para ser feliz. Bastou um pesadelo, um pouco de consciência que lhe restava e muito de remorso em sua vida para que sentisse a vontade de voltar ao seu local de origem. Sem muito pensar, quando o relógio marcou seis da manhã, levantou-se da confortável cama. Depois do banho, pelo celular comprou a passagem para a volta ao lar dos pais. Todo ano Mary recordava da família, sem contudo, ter coragem ou vontade de voltar ao Rio Grande do Norte para uma visita ou mesmo fazer uma simples ligação telefônica. Mas, no ano em que completaria trinta anos, o amadurecimento talvez a tivesse feito sentir falta das fortes raízes abandonadas na terra natal.

Quando o táxi aproximava-se da antiga fazenda, Mary pediu que motorista parasse e que esperasse alguns minutos. Desceu do carro, sentiu o aroma de mato fresco pisado, respirou do ar limpo, deliciou-se com a brisa fresca em seu rosto como um primeiro afago da terra que por anos ficou sem vê-la.

Diante da cena que via, Mary sofria pela lembrança das suas últimas falas para os pais. Voltou no tempo, quando aos dezessete anos, cheia de rebeldia com uma mochila nas costas e muitas ambições e sonhos em mente, disse para eles:

- E não adianta insistir para que eu estude em Natal, eu quero voar alto, quero ir para a Nova York brasileira! Eu vou para São Paulo e não há quem me impeça, entenderam? E podem deixar a porteira fechada que minha ida é sem volta. É para nunca mais voltar!

Naquele instante, Mary que se chamava na verdade Maria do Socorro, chorava feito menina carente de colo. Chorava como criança abandonada ou menina arrependida. Baixinho falou:

- Meu Deus! Como pude ser como fui? Meus pais não mereciam as palavras duras proferidas por minha boca malcriada! E hoje aqui, diante da porteira fechada eu me sinto como o filho pródigo arrependido, de coração desmanchando em aflição pela consciência dos erros cometidos fico pensando do que adianta ser poliglota, falar várias línguas se desaprendi a linguagem do amor. Quanta riqueza em ensinamentos desperdicei por estar cega de ganância, por querer ser importante, abdiquei dos valores mais raros e nobres. Pobre pais, como pude...

Mary abriu a porteira, fez sinal para que o táxi passasse. Quando o carro parou para que entrasse, ela disse que seguiria andando, que ele seguisse em frente até a casa.

Com os pés e a vergonha no chão, Maria do Socorro caminhava lavando a alma em lágrimas e arrependimentos. Ao ouvirem a buzina do carro, pai e mãe vieram ver quem chamava. Ao avistarem a filha, o mãe chorando gritou para o pai:

- Corre homem de Deus, é a Maria S.O.S! – A mãe com o amor que não acaba, com aquele amor que vai crescendo conforme a estatura do filho, a chamou pelo mesmo carinhoso apelido de quando Mary menina – Maria S.O.S.

Mary entre choros e risos, alegrias e vergonhas, sentiu que Deus havia permitido novamente repetir aquela cena do filho pródigo que partiu em orgulho, retornou pobre de vergonha e recebeu a riqueza do perdão e do amor que não tem preço, não se compra e cuja linguagem não se aprende a não ser com o coração pleno de sentimentos verdadeiros e humildes.

Foi a primeira vez que Mary sentiu seu coração realmente leve e limpo. Decidiu viver a vida sem porteira fechada para o que mais importa, o amor verdadeiro da família, dos amigos, do lado bom e belo da vida. Uma riqueza simples assim...

27 de mar. de 2010

NOSSAS METADES...


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NOSSAS METADES...


Meu corpo pede tuas mãos
Os lábios, os beijos
Delírios loucos em mente
Pernas, braços, te quero todo

Fome de desejo incendeia
A alma de paixão sorri
Sopro do teu divino amor
Penetrando em minha vida

União cálida e benigna
Entrelaços de histórias
Labirinto de carícias
Desnudo-me em ti

Pensamentos em sintonia
Na troca de olhar reflete
O querer em reciprocidade
Metades que se completam...









Djanira Luz

26 de mar. de 2010

VALORES PARA O MUNDO E PARA A VIDA!



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VALORES PARA O MUNDO E PARA A VIDA!


Enquanto aguardava ser atendida no consultório, observei uma cena cujo aprendizado, por sugestão, tento passar a diante.

Ao meu lado um senhor no alto dos seus sessenta e tantos anos. Sério. Compenetrado. Boa aparência. Trajava-se com elegância e bom gosto. Lia O Barão nas árvores. Título original do português Ítalo Calvino é “O Barão Trepador”. E eu lia A Seta de Verena do amigo e autor Perce Polegatto. Um ótimo livro que ganhei de presente!

Na cadeira transversal de onde estávamos, um menino com seu brinquedo e sua mãe também aguardavam atendimento. Pouco tempo depois chegou outro menino com seu pai. Tanto o que já se encontrava no recinto quanto o que chegou pareciam ter por volta de dez a onze anos. Não mais que isso.

O menino mal havia chegado na clínica e apresentava sinais de agitação. Correu os olhos, talvez a procura de um lugar para sentar. Foi quando avistou o outro menino e gritou entusiasmado:

- Nicolas!

O Nicolas olhou para a mãe que sorriu consentindo que ele fosse até o amigo.

- Oi, Yuri! Veio fazer exames também?

- É! Torci a perna no futebol ontem.

O Yuri olhou para o brinquedo do Nicolas, voltou para perto do pai. Abriu a mochila, pegou algo eletrônico do filme Jornada nas Estrelas. Vi que era o mesmo que o Nicolas segurava.

Yuri olhando para o brinquedo, disse para Nicolas:

- Olha, o meu custou trezentos reais!

Surpreendi-me porque ele exibia com superior orgulho não o brinquedo e sim o preço do objeto. Nicolas sem mudar as feições, falou:

- A minha foi cinquenta.

Nicolas não parecia importar-se com o preço do brinquedo. Demonstrava era satisfação com o que tinha.

O senhor ao meu lado, finalmente, puxou conversa comigo dizendo:

- Repare, minha cara, a diferença de valores entre os dois meninos. Um, transbordando em orgulho pelo preço do brinquedo. Outro, exalando simplicidade.

Concordei e acrescentando:

- Está certo, senhor. Yuri aprendeu com os pais, valores para o mundo. Nicolas, os valores para a vida. E sorri. Notando interrogações no olhar do senhor, completei:

- O menino que se exaltou pelo preço do brinquedo está pronto para o MUNDO. Saberá viver de acordo com as regras por ele impostas. Mas, se algum dia ficar sem finanças, poderá sofrer por não ter aprendido verdadeiramente a diferença entre preço e valor. Agora o menino que vê o brinquedo acima da importância gasta para sua aquisição, este está preparado para a VIDA. Poderá enfrentar quaisquer obstáculos. Tendo muita ou pouca quantia, estará pronto para suportar dificuldades vindouras e vencê-las.

O senhor fitou-me por alguns momentos em silêncio. A recepcionista o convidou a entrar no consultório. Era a sua vez. Antes de se retirar, porém, ele me aconselhou:

- Você gosta de escrever? Poderia registrar o que acaba de me dizer. É maravilhoso! Cumprimentou-me e seguiu acompanhando a auxiliar do médico.

E eu, obediente que sou, vim cá escrever!rs

E você está preparado para o Mundo ou para a Vida? Eduque com sabedoria e amor!



Djanira Luz

25 de mar. de 2010

SUAVIDADES...



Imagens do meu arquivo pessoal.


SUAVIDADES...



Dança a alma em doce balé
Borboletas alegres no estômago
Borbulha de sonhos a mente
Felicidade brotando na vida

Passos ternos sob as estrelas
Caminhos de Luz Sideral
Esperanças salpicam os dias
Beijos de flores na alva tez

Suave vento os cabelos revolvem
Um leve sorriso no canto dos lábios
Olhos felizes mergulhados no Céu
No coração da mulher, o Amor...




Djanira Luz

23 de mar. de 2010

PARA TODO TIPO DE MANCHA E DOR...




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PARA TODO TIPO DE MANCHA E DOR...


Um dia Bia quis saber o que era bom para retirar mancha de molho de tomate em tecidos. Lembrei-me dos ensinamentos de mamãe e lhe passei a dica. A explicação foi tão fácil quanto remover a nódoa! Basta colocar sobre a mancha água morna com um pouco de detergente neutro e bingo! O tecido fica limpo novamente. Depois de resolvida a questão da mancha, minha amiga chorou suas decepções dizendo como seria bom se mágoas pudessem ser retiradas com algumas gotas de detergente neutro! Haveria de limpar num passe de mágica o coração manchado de tristezas e voltaria a sorrir de forma fácil e indolor como foi com a limpeza da camisa.

Como não é possível tal proeza, vali-me de palavras suaves para que a vida da Bia ficasse menos encardida. Com carinho tento limpar a cada dia o coração dela com minha fala detergente neutro que limpa sem tomar partido em suas desavenças com o ex-amor. Afinal, ele também é meu amigo.

Assim como usei falas detergente neutro para ser imparcial com os amigos, na vida devemos manter a neutralidade não interferindo nas decisões de cada um. Pois, se usarmos palavras erradas, correremos o risco de piorar a situação borrando letras e aumentando a mancha do peito alheio. Não é?rs


19 de mar. de 2010

CRÔNICA DO COTIDIANO - Sujando letras ...



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CRÔNICA DO COTIDIANO
- Sujando letras ...


“- Roupa suja lava-se em casa!” – Alguém repetiu o velho dito e continuou: - Então pare de jogar protestos no ventilador, nada de palavras ao vento!

Acontece que Breno não estava nem aí se iria lavar roupa com pouco sabão. Ia sim emporcalhar as vestes da mentira com a cara amarrada da verdade machucando a quem não gosta de ouvir coisa certa. Queria mesmo era entornar água da bacia e virar o balde da insatisfação e ver rolarem frustrações boca afora.

- Pouca razão só sujará mais suas mãos, homem! Deixa disso... Resguarde sua índole!

E quem disse que Breno em dias de pano pra manga quis saber da sensatez do silêncio ou de meias palavras? Tudo estava intenso naquela fase da sua vida! Então, esparramadas deveriam ser as falas atravessadas na garganta de repressão.Às favas os bons costumes, o jeito pudico, o ar recatado e cortês habitualmente utilizados diariamente por sua boa educação.

- A verdade só é feia e dói a quem traja a suja mentira! Não quero nem saber! Hoje fico nu das minhas inquietações e desengasgo das hipocrisias. Não me importo de sujar letras limpas com falas sujas. Certas horas, rigidez das palavras faz-se necessária. – Bradou Breno.

O amigo percebeu a seriedade da resposta precisa e, finalmente, teve que concordar com o que ouvira. Homem lúcido e culto também tem seus dias de destempero e rompantes. Era permitido viver aquele momento raro de quinta categoria.

Breno abriu a gaveta, olhou mais uma vez a foto da mulher. Era possível ver o vermelho da ira em seu olhar e mil setas envenenadas fitando a imagem em sua mão. A traição alterava o pensamento, os sentires e as palavras do homem traído.

Num movimento brusco, mandou o porta retrato de encontro a parede. Cacos de vidro saltaram luzindo reflexos do Sol invadindo a janela do escritório. A fotografia deslizava solta no ar num balé desengonçado até pousar no chão.

Enfurecido, pegou o celular, discou o número tantas vezes chamado. O dedo acostumado nem precisou do auxílio das vistas para ligar. Respirou fundo aguardando ser atendido. Ouviu a voz do outro lado da cidade e simplesmente proferiu em alto e bom tom:

- VAGABUUUUUUUUUUUUUUUUUNDA!

E desligou. Roupa lavada! Relação entornada pelo ralo fétido do desamor. Fim.





Djanira Luz

17 de mar. de 2010

TEMPO DE FLORIR O CORAÇÃO...



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TEMPO DE FLORIR O CORAÇÃO...


Todos os órgãos e sentidos estavam atentos ao que aconteceria no interior do corpo de José quando a bela Maria surgisse diante dele ali na estação onde a aguardava.

Antes que os olhos pudessem vê-la chegar, o nariz captou o doce aroma impregnado em sua pele. O cérebro diante de tal informação pôde visualizar a imagem da mulher querida guardada na memória do homem apaixonado.

Os sentidos foram tomados por grande euforia, fazendo José experimentar novos e involuntários sentires. Era frio e suor. Era calor e arrepio. Era tremor e tontura. Eram variadas sensações de ansiedade e de prazer. O corpo de José previa mudanças. De atitudes e de sentimentos. A boca quis dizer, não conseguiu. A voz no peito calou-se de emoção. No instante em que os olhos contemplaram Maria, um novo tempo de delícias nasceu.

Dentro em José, o peito bombeava jatos sanguíneos de paixão, explodindo felicidade por todo corpo levando sorriso a boca e brilho aos olhos. José jamais havia provado tão incrível reação! Olhos, boca, nariz e todos os demais órgãos finalmente identificaram os sintomas de um coração apaixonado diante do ser amado.

Abraçado a Maria, o interior de José fez-se bom tempo de Primavera, a estação do amor.
Tempo de florir o coração...


Djanira Luz

10 de mar. de 2010

A CISMA MATA SEM MEDIDA EXATA!



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A CISMA MATA SEM MEDIDA EXATA!


Bastou uma leve oscilação na pressão para ouvir ladainhas de suposições assustadoras:

"- Olha, não brinca com a saúde... Quando foi sua última consulta ao médico?"

"- Cuidado... Viu aquele técnico do São Paulo, tem a mesma idade sua e sofreu um AVC!"

"- Você anda preocupada? Tenho notado que está abatida..."

"- Olha, é bom diminuir a ingestão do sal e sódio..."

Acho que eu morreria de qualquer coisa naquela hora mesmo estando em perfeito estado de saúde! Meu coração começou acelerar, tive uma sensação de desmaio. Imaginei estar enfartando, senti aperto no peito. De repente me vi com todos os sintomas de um AVC. Saí daquele ambiente imaginando ir direito para o cemitério tamanho horror a que fui envolvida. Só fiquei pensando na frase do meu epitáfio - Aqui DJAz. Cruzes!

Uma coisa é fato. A cisma é capaz mesmo de matar mais que a própria doença! Naquela noite não consegui dormir. Tive a ligeira impressão de ouvir um ritmo diferente nas batidas do coração. Acho ter ingerido quase um litro de suco de maracujá para me acalmar, mas surtiu efeito inverso deixando-me "acesa" madrugada afora!

Sabe o que fiz quando amanheceu? Marquei consulta com o cardiologista para um check-up! Ele sim faria um diagnóstico preciso quanto ao que senti. Se é que senti alguma coisa anormal. Depois da consulta, examinada a pressão, feitos os exames cardiológicos e hemograma completo, veio o alívio, graças a Deus!

Não fosse aquela aferição da minha pressão por leigos, eu não teria sofrido feito peru de véspera até receber o “tudo bem” do doutor que tudo sabe do meu coração. Agora entendo bem e gosto mais ainda daquela frase “a ignorância é uma dádiva”. Por crer que estava hipertensa, perdi uma noite de sono e por pouco quase desenvolvi doenças psicossomáticas de tão cismada que fiquei.

Então, caro leitor, sugiro que não escute diagnóstico de leigos. Procure sim um especialista para sanar quaisquer dúvidas.

Depois de eu ter feito uma bateria de exames, recebo a ligação:

- Oi! É... Sabe aquele aparelho novo digital que comprei e medi sua pressão naquele dia? Pois é... Veio com defeito
de fábrica, aferição estava toda maluca! Troquei por outro analógico mesmo...

Aí, nessa hora eu quase enfartei mesmo foi de fúria!rs



Djanira Luz

9 de mar. de 2010

ROMANCE NO JORNAL...




ROMANCE NO JORNAL...


Bruno havia conhecido Anne numa viagem de negócios. Foram cinco dias de muitas trocas. De experiências e ideias. Algo além da amizade permanecera entre eles. Ao retornarem para suas casas, sentiram não terem trocado números de telefone, nem mesmo o nome da empresa que representavam naquele curso.

Bruno buscou descobrir na empresa algo que o levasse até aquela mulher. A única lembrança que havia ficado de posse dele, era a foto dela ao lado de todo grupo empresarial.

Percebendo sua aflição, propus:

- Bruno, envia a foto para o Jornal de maior circulação com um recado para que ela entre em contato com você!

- Está louca!? Expor-nos deste jeito? Eu não tenho coragem...

- Você é quem sabe! É pagar mico ou perdê-la para nunca mais. Respondi com a certeza de que ele iria fazer o sugerido, pois confiava cegamente nas minhas opiniões.

Meia hora depois, com um envelope da empresa, pediu-me enviasse o quanto antes o anúncio para a Redação do Jornal. Na mesma semana veio me agradecer.

Anne havia telefonado, atendendo ao apelo do Jornal.


Djanira Luz

6 de mar. de 2010

UMA VIDA ILUMINADA!




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UMA VIDA ILUMINADA!



Depois de tempos sombrios, finalmente abriu as janelas. Da casa e da vida. Admirou a claridade sentindo quanto tempo desperdiçado na escuridão instalada, a qual se permitiu ter por companhia. Havia esquecido como era belo viver e respirar bons ares.

No reflexo da vidraça espelhada, viu pelas janelas dos seus olhos o quanto de si desejava liberdade para trilhar outras histórias, novos rumos. Apreciou o próprio sorriso e a luz intensa do olhar. Gostou de ver a face bem disposta, traduzindo como estava seu interior. Pronto para portas e janelas abertas do viver!

Um sentimento invadiu-lhe o peito. Assustou-me e ao mesmo tempo sentiu-se bem. Surpreendeu-se por não saber mais como era bom experimentar aquele sentir. Era a felicidade voltando fazer morada em seu coração. Novamente o peito enchera de luz e alegria por aceitar a claridade, o brilho, as cores e os variados sons do mundo!

De repente foi tomada por uma avalanche de pensamentos alegres. A sensação era que todas as boas ideias acumuladas estavam sendo derramadas de um só vez em sua mente. E gargalhou. Liberou todo o contentamento aprisionado na antes triste alma. Numa felicidade que não cabia em si e na casa, saiu para o quintal dizendo em alto tom:

- Voltei! Voltei a ser eu, livre, segura! Estive na redoma com o amargor que minava minha vida. Estou de volta para horas, dias e momentos alegres!

Havia mesmo magia naquele quintal, as flores nunca estiveram tão perfumosas e coloridas, nem o céu coloriu-se antes de intenso azul e o Sol ardia como um coração apaixonado. Anne e o Sol irradiavam raios de luz extasiados. Ambos celebravam mudanças.

Era como se o espectro de Anne tivesse ganho vida ou que o fantasma tivesse partido deixando a mulher viver outra vez. Havia luz e cor. Som e movimento. Amor e alegria. Sonhos e esperança. Era a vida acontecendo naquela casa e na alma daquela mulher renascida. Corajosa e fortalecida!




Djanira Luz

5 de mar. de 2010

COMEMORAÇÃO SOLITÁRIA...




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COMEMORAÇÃO SOLITÁRIA...

Tomou banho mais demorado, perfumou-se com o melhor aroma, vestiu-se de elegância confortável. Sentou-se no sofá da sala de estar segurando a taça de vinho branco. Pela primeira vez
comemorava sozinha aquela data. Não havia risos, barulhos, nem música quis ouvir. O som do coração era a única melodia naquele ambiente. Olhou a foto, um turbilhão de lembranças aflorou. Outra vez, saudade lhe feriu. Vazio na sala, na alma e na taça. Sentiu na boca o amargo da solidão, o sal das lágrimas e o doce do vinho. De todos os sabores, sobressaiu o gosto bom da bebida sinalizando esperança de novos e alegres momentos haveriam surgir em sua vida...



Djanira Luz

4 de mar. de 2010

E DEUS CRIOU-NOS, MULHER...


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E DEUS CRIOU-NOS, MULHER...


"-Sem graça e melodia no mundo não há alegria". Disse Deus. A escuridão à vontade de Deus fez jus. Fez-se, então, a Luz.

Houve noite e dia. O dia é clareado pelo Sol e a noite a Lua ilumina feito um farol.

A ausência de cores foi suprida semeando pela Terra as mais variadas e perfumosas flores.

Criou o homem. Ele se deslumbrou quando avistou o Paraíso! Pelo jardim se encantou. Ficou feliz muito mais quando descobriu os animais.

Faltava, porém, algo na Terra que desse um toque final, aquela pitadinha de sal...

Sorrindo serenamente o Criador, com sabedoria em mente, ao anjo ordenou:

“-Traga-me uma dose generosa de Amor e do barro, o melhor que tiver.”

E foi assim, com poesia e ternura que as mãos habilidosas de Deus, moldaram-nos, Mulher!







Para todas as mulheres do mundo na sua grande diversidade de raça, credo, cor, pensamento, o meu desejo é de que tenham dignidade, respeito, conquistas, igualdade, trabalho, qualidade de vida e, acima disso, sejam sempre admiradas e, para sempre, amadas! ;Dja

2 de mar. de 2010

AMOR QUE NÃO SE ACABA...



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AMOR QUE NÃO SE ACABA...


Passado algum tempo, depois da aceitação do fim, Paula finalmente pôde voltar aos lugares onde vivera um bonito amor. Ainda sentia tristeza no coração, vinha a vontade de chorar, embora a maturidade inibia maiores demonstrações dos seus secretos sentimentos.

Tudo parecia diferente naquela cidade. Dava a impressão que faltava cor. O céu parecia menos azul. Um certo desconforto ao respirar. O ar não estava tão fresco. Havia pouco brilho no céu. O Sol não luzia com seu habitual esplendor. Até o mar agitava-se triste. Quando quebrou na praia, Paula teve a sensação de ouví-lo lamuriar. Nem a bebida a estava agradando. Incomodada, Paula, desabafou:

- Puxa, que coisa mais insípida! – Deixando a bebida de lado, Paula pagou a conta e seguiu caminhando tentando compreender o motivo de tudo estar descontente.

Alguns passos a frente, olhando ao redor, sua mente clareou-lhe as ideias. Percebeu não haver defeito nenhum. Nem com o ar, com o Sol, com o céu ou com a bebida.
Nada. Tudo estava do jeito que sempre esteve.

Para todo aquele misto de sensações estranhas, de tudo parecer desagradável, havia uma única explicação. Precisava daquilo que tornava tudo mais bonito, saboroso e colorido. Faltava-lhe tempero. O amor. O amor é o que melhora as cores e sabores da vida.

Naquela hora, a saudade arrebatadora do amado encheu de amor o coração de Paula. Era amor que não se acaba...


Djanira Luz

1 de mar. de 2010

PARABÉNS, MINHA SENHORA GAY MARAVILHOSA!



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PARABÉNS, MINHA SENHORA GAY MARAVILHOSA!



Hoje, aniversário da minha cidade, não poderia deixar de prestar-lhe tributo.

Parabéns, minha senhora por mais um ano de vida em tantas vidas que sustentas. Obrigada por ter me acolhido e recebido de abraços abertos, batizando-me Carioca onde tu fizeste da casa de branco, também a casa do negro, do mulato, do índio e até casa para filhos de outras nações, como os amarelos orientais. Transformando o Rio de Janeiro num arco-íris de amor fraterno e universal.

Alegria imensa saber que foste reconhecida como a cidade mais gay do mundo! Sim, tu és alegre em cada face do povo que habita neste lugar “abençoado por Deus e bonito por natureza”, como bem escreveu o compositor. Sim, cariocas somos alegres! Seja o carioca do morro ou da mansão, o coração está sempre sorrindo! Cada um com seus sonhos e ideais. Mas, a mesma e intensa felicidade de viver a vida, curtir o Sol, a boemia, a paixão, as rodas de samba ou as batucadas dos terreiros.

Cidade Maravilhosa que recebe a todos com calor humano e sorriso fácil e verdadeiro, pois a alegria vem da alma e reflete no olhar dos teus filhos amados e orgulhosos. Filhos sem preconceitos que acolhem todos os credos, todas as opções sexuais, respeitando e reconhecendo a beleza em cada gosto.

Rio de Janeiro parece mais uma nação por tantos baianos, paulistas, mineiros, gaúchos, pernambucanos, chineses, americanos, canadenses, suíços, portugueses, italianos, alemães que fazem do Rio sua região ou seu país. São baianos-cariocas, paulistas-cariocas, portugueses-cariocas. Enfim, todos que foram recebidos de braços abertos, hoje abraçam a Cidade Maravilhosa como sendo a pátria-amada-gentil!

Parabéns, minha senhora! Continue linda encantando a todos com tua beleza natural e com a alegria do teu povo que luta, trabalha e não desiste de sorrir, nem perde a esperança a cada novo amanhecer com teu jeito gay de ser feliz!

Djanira Luz

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