20 de nov. de 2009

PONHA A MÃO NA CONSCIÊNCIA!








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"Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo".
(Mahatma Gandhi)


PONHA A MÃO NA CONSCIÊNCIA!


Quando escrevi a crônica “Dá licença loirinha, que esse gingado é da mulata”, onde defendia o direito da raça negra ocupar seu espaço, nem se cogitava a candidatura do Barack Hussein Obama para a presidência dos Estados Unidos, muito menos se acreditava no seu sucesso.

Essa crônica ficou na gaveta por muito tempo, até há dois meses atrás. Por indicação de um amigo, aceitei postar no site Recanto das Letras.

Duvidei da vitória do Obama, não por falta de competência dele, mas pelo povo preconceituoso daquele país, onde várias organizações apóiam a hegemonia branca, cuja sigla é” KKK” e que repudio pronunciá-la.

Com o triunfo do Obama, dar-se-á a “Ébano’s Era”... E assim espero! Mas que ela não seja sazonal, momentânea, de modismo. Pois já está sendo cogitado o primeiro ator negro a fazer parte da Telenovela “Malhação”.

Novos rostos negros irão aparecer... Que o negro seja valorizado não somente pelo cargo importante que ocupa e sim pelo valor ocupado dentro de si.

O negro é rico em fatos, tradições e heranças. Repare quanto temos e trazemos da raça negra no nosso dia-a-dia, a começar pelas palavras que utilizamos como por exemplo, quando queremos um carinho, falamos: “cafuné” ou “dengo” e temos mais: “chuchu”, “fubá”, ‘calombo” entre tantas outras influências. Sem mencionar a enorme variedade de comida que preparamos ou apreciamos.

Temos a influência da capoeira, da música tendo como base os instrumentos de percussão e o candomblé e a umbanda como religiosidade.

Portanto, convido você a “rasgar” as vestes encardidas de longos anos de preconceitos e enxergar o negro como igual, não mais com desprezo, como inferior, como menos... Pois o preconceito cheira mal, é sujo, é desprezível!

Pelo o que sofreram os negros, pelo o que até agora sofrem... A você que, mascaradamente, traz resquícios de desprezo pela raça negra... Eu peço:

- Ponha a mão na consciência e liberte o negro aprisionado pela escravidão da sua atitude preconceituosa...

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Olha de novo: Não existem brancos, não existem amarelos, não existem negros: somos todos arco-íris....” (By Ulisses Tavares)

Djanira Luz
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