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A mulher religiosa tentava animar a amiga em depressão:
- Não pense assim. Você não é feia, nem seu cabelo está rebelde. Tire esses pensamentos negativos da cabeça. É o demônio que a faz pensar assim, por isso que você se vê feia! Ele é seu inimigo que fica tentando a todo custo destruir sua boa imagem.
Ainda chorosa, a depressiva alheia ao consolo da religiosa, entre incrédula e exagerada, disse:
- Então o demônio é ele! Meu inimigo que me diz a verdade transparente, clara, nua e crua. Disse ela apontando para o espelho.
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A mulher religiosa procurava animar o menino com baixa estima:
- Ânimo, garoto! Não fique triste por estar com sobrepeso, nem é tanto assim como imagina. O demônio é que fica enchendo sua mente com culpas. Ele é seu inimigo e vive tentando fazê-lo acreditar estar mais pesado a cada dia.
O menino sem dar importância para o que a mulher dizia, num misto de ironia e tristeza, disse:
-Então o demônio é ela! Minha inimiga que todo dia sem piedade mostra o quanto estou gordo! Disse apontando para a balança.
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A mulher religiosa procurava animar o homem desiludido:
- Tire essas más intenções da cabeça! Não desista de agir corretamente. É o demônio que está pondo-lhe pensamentos obscuros. Ele é seu inimigo, o tentador que deseja desviá-lo do bom caminho.
O homem mantinha-se indiferente ouvindo as palavras da religiosa, entre revolta e desabafo disse:
- Então o demônio é ele! Ele é meu inimigo que me faz perder esperanças em dias melhores, de não crer que a justiça será feita e não acreditar na honestidade humana. – Disse isso apontando para fotografia do líder dos corruptos estampada nas páginas do Jornal.
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Todos temos anjos e demônios. Inimigo pode ser o espelho, a balança ou um mau político, os vícios do jogo, do álccol, das drogas, entre outros inúmeros inimigos. Amigo é tudo ou todo aquele que admiramos e que nos fazem bem ou felizes. Cabe-nos o livre arbítrio em resistir ou em acatar o que um ou outro nos tentar ou nos disser. Não devemos permitir que atitudes ou pensamentos alheios alterem nosso humor, nossa conduta, nossos ideais ou nossas ideias.
Cada um sabe o que é bom ou mal para si. Amigos ou inimigos, anjos ou demônios estarão sempre dispostos a dar uma opinião sob outro olhar. O olhar de fora da nossa real situação. Apesar de ambos comentarem sobre nossas inquietações, há uma sutil distinção entre suas observações. O modo como cada um singularmente nos fala. O amigo procura com sinceridade, elevar-nos a estima fazendo com que mudemos para melhor, para nosso bem. Já o inimigo ou o “demônio”, fala ou mostra coisas para nossa queda, desânimo e destruição.
A responsabilidade final e verdadeira por nossas escolhas, por nossa felicidade, não é de um amigo ou de um inimigo, mas exclusivamente nossa. Se escolhemos mal, o preço a ser pago pode ser um caminho longo. Muitas vezes um labirinto sem saída e sem volta! Pense bem nisso e seja feliz!rs
Djanira Luz