3 de jun. de 2011

LETRAS CONFORTÁVEIS DE SÊDA...


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LETRAS CONFORTÁVEIS DE SÊDA...
Feliz, as palavras escorriam ligeiras. Soltavam de dentro de si macias como macios eram os lençóis de seda que confortavam seus sonhos. As letras seguiam por diferentes direções. Cada um que lia os textos do escritor, compreendia de uma forma distinta.
Fosse criança que lesse, só enxergaria a pureza e graça nas mensagens. Adulto, malícia que é, veria mais do que as letras queriam transmitir. Ah, o idoso... Ele leria as palavras feito bula querendo remédio para suas amarguras.  Fosse um sonhador a ler, veria castelos com suas bonitas princesas ou navios com piratas e runs em cada vírgula. Já o solitário, oh dó, avistaria um deserto sem oásis mesmo lendo sentenças completas de esperança cristalina!  Fosse o triste a ler, nem enxergaria lá além do mar azul ou os campos de flores em escritas multicolores, as suas lágrimas embaçariam toda frase de felicidade possível. Para ele tudo é o fim. Nada de continuação ou possibilidade do melhor depois. Só vê o ponto final. 
Apaixonado que dá gosto de se ver lendo cada sílaba, pois esse tem o dom de ver tudo mais belo, tornando poesia as reticências por conta do amor no peito. Seus olhos não conhecem o feio ou a dor. No coração de quem ama, só alegria e beleza.  Felicidade lá não tem fim.
Ah, as palavras... Correm soltas do escritor na medida certa, feito lençol macio de sêda envolvendo leitores. Deite você os olhos sobre as letras de um livro e aproveite o conforto das mensagens!rs

Djanira Luz

A BORBOLETA AMARELA QUE AMAVA O CÉU! (A lenda da rosa azul por Djanira Luz...rs)


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A BORBOLETA AMARELA QUE AMAVA O CÉU! (A lenda da rosa azul por Djanira Luz...rs)


Uma bela Borboleta amarela há dias voava desolada entre as flores de um bonito jardim sem lhes dar a mínima atenção. O motivo de visível desamparo era a paixão sentida pelo Céu, cujo maior desejo era beijar-lhe a face azulada de felicidade. Suas pequeninas asas a impedia de alcançar seu maior desejo. Como conseguiria ela,  frágil que sendo,  viajar ao infinito?
Ziguezagueando em voos rasantes seguia ela seu solitário destino de viver sem conseguir estar bem perto do Céu amado. E de lá do alto, o Céu, o amor pela Borboletinha correspondia.  Conhecia, assim como ela, as impossibilidades que impediam de acontecer aquela excepcional união. Como poderia ele, imensidão que era, conseguir viver o amor com aquele pinguinho de Sol alado? Havia muito mais do que a distância nessa incapacidade de amar.
Em um dia de muitas nuvens, onde o cinza roubara o sorriso do Céu, ele com o coração cheio de amor, chorou. E uma lágrima delicada azul desceu quentinha penetrando no chão fofo da Terra. Algum tempo depois, no lugar onde lágrima do Céu caíra, nasceu uma flor de beleza extraordinariamente singular. Uma rosa azul!
Era manhã de Sol claro,  voava solitária e desiludida a Borboleta amarela. Entre choros e lamentos, ela se deparou com algo realmente belo. Imaginou como pôde não ter notado antes tamanha graça entre as flores do jardim. Uma rosa azul! Era um pedacinho do Céu em flor. E pela rosa azul suas asas bateram apaixonadas.
E bem lá nas alturas, o Céu em esplendor explodia  com
intenso azul jamais visto! O Céu inteiro sorria por conseguir viver o amor entre a Borboleta amarela e ele através do pedacinho do céu na Terra, a rosa azul.
Feliz, a Borboleta ficou a bailar em tono da flor amada, azul de paixão!
Djanira Luz
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