8 de out. de 2010

ABORTO: ATÉ ONDE VOCÊ É CONTRA?


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ABORTO: ATÉ ONDE VOCÊ É CONTRA?


Sou contra o aborto! Será que isto é fato ou é convicção duvidosa de cristã e adepta do pró-vida? Antes quando era apenas eu, defendia veemente contra a prática do aborto. Sou contra o aborto? Hoje tenho filha e outra visão sobre o assunto.


É fácil ser contra a prática do aborto quando o assunto passa do portão da nossa casa. Na casa do vizinho posso pôr meu dedo em riste e acusar o quanto quiser com a Bíblia em mãos ou com bandeiras erguidas a favor da vida.


Quando uma menina de apenas oito, nove anos menstrua não determina que esteja totalmente preparada nem física nem psicologicamente para engravidar. E se sofre estupro, seja de um estranho ou do pai, de um tio, de um irmão ou de algum parente, enfim, nesses casos a interrupção da gravidez a meu ver é favorável. Como mãe que ama, se acontecesse a minha filha uma desgraça semelhante, eu não hesitaria em concordar com o aborto.


Ah, mas os religiosos e os em defesa da vida dariam muitas opiniões e conselhos. Que a criança deveria viver, depois do nascimento entregaria para adoção. Para quê deixar uma criança que não foi desejada nascer? Por que se não foi gerada no amor entre duas pessoas que se escolheram para receber a nova vida? Certamente quem comete estupro sofre de algum distúrbio mental. Permitir que a criança fruto do estupro nasça é trazer mais um desajustado ao mundo!


Imagino como deve ficar a mente de um filho resultado de estupro. Saber-se não amado e, muitas vezes odiado por tantos. Pela própria vítima, pelos pais, pelos parentes e amigos da vítima. “Sou filho não desejado, nasci do de uma desgraça sofrida por minha mãe”. Quanto sofrimento! E aqueles cujas mães foram vítimas do abuso sexual do próprio pai? “Ah, eu sou filho do meu avô”. Que tristeza! Que sina repugnante! É isto que desejo para minha filha? É isso que você deseja para a sua filha, mulher, irmã, sobrinha e, quem sabe, sua mãe? Até poderia dar a criança para adotar, mas até lá a vítima sofreria sem necessidade. E quem garante no futuro a criança não irá buscar descobrir seus verdadeiros pais? Outra vez mais sofrimentos. Para quê?


Todos focalizam apenas na criança dentro do ventre, quem pensa na vida que sofreu a violência? Quem importa com a dor física, com a tristeza da alma? Com a vergonha da vítima? Uma inocente deve pagar o preço de ter um filho indesejado por conta de religião? O Deus que acredito é maior que todos os julgamentos. Seu amor é desmedido em compreensão. A criança ou a adolescente não teve relações por desejo próprio. Sofreu uma agressão. Foi uma fatalidade! O ato sexual não foi planejado nem a gravidez. É justo, então, carregar o peso da sua infelicidade por religiosidade?


Você que defende o aborto energicamente, pense nisso. Aconselharia mesmo uma filha levar adiante a gestação consequência de abuso sexual? A sociedade deve parar com hipocrisia e avaliar até onde ela é contra o aborto. Será diferente quando acontecer em sua casa? Não vou entrar no mérito das mulheres adultas que abortam por ter engravidado pela falta de prevenção nem por aquelas que se acham despreparadas para serem mães. Cada mulher dever ter consciência das atitudes e seus efeitos.


O fato é que enquanto cristã católica, penso que havendo não ou liberação do aborto, as pessoas que são contra, continuarão contra. Por isso não vejo motivo para tantos protestos. O mesmo aconteceu com casamentos homossexuais. Quem não aceita permanece com o mesmo pensamento da não aceitação. Friso que tanto a questão do aborto ou do homossexualismo é indiferente para pessoas convictas. Com ou sem lei não mudará o pensamento. A lei não é feita para obrigar ninguém a nada. Nem modo de agir tampouco o jeito como pensa sobre os fatos. A Lei somente favorece quem deseja uma opção diferente. Firmo em repetir, não é uma lei que irá modificar o modo de pensar e agir de cada pessoa. A menos que esteja insegura quanto ao que defende.


Eu sou favorável ao aborto somente nos casos de aborto sentimental (estupro), entretanto, não condeno as mulheres que, por inúmeros motivos, optam por essa prática. Quem sou eu para condenar. Não sou Deus. Ele certamente julgará cada um no tempo oportuno. Inclusive a mim se estiver errada com minhas sinceras e leigas ponderações.


Diga-me: Até onde você é contra o aborto?






Adenda:


Até hoje a democracia é fato em nosso país. Caso você não concorde em todo ou em parte do que leu em meu texto, entenda que esta é minha opinião sobre o assunto. Não estou fazendo apologia ao aborto nem tentando convencer ninguém sobre o meu pensar. Apenas partilho minha visão. Em troca espero respeito com o meu direito da liberdade de expressão. Como escrevi, sobre punição, deixo que Deus me corrija em caso de equívocos. Obrigada pela leitura e compreensão.


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