18 de abr. de 2010

ELES TÊM PALAVRAS DE FADA!



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ELES TÊM PALAVRAS DE FADA!


Desde bem pequeno Gabriel revelou-se menino com sede em aprender. Aos três anos sempre atento e aberto a novas descobertas. Foi assim quando viu pela primeira vez a mãe preparar-lhe um bolo de baunilha.

Enquanto ela lia o que estava anotado em um velho caderno florido tendo um desenho de pote de mel e abelhas, o menino a observava maravilhado. Quando poucos minutos depois via que daquela massa gosmenta a mãe transformara num lindo e delicioso bolo, Gabriel pensava:

“- Minha mamãe tem palavras de fada! Leu o que estava escrito e transformou tudo num bolo!”

Ao passar dos anos, o menino crescia ainda mais atencioso a busca de novos saberes. Isso era muito bom! Foram assim os gênios, os grandes homens do mundo. Pesquisadores, inventores, cientistas, filósofos que como o pequeno Gabriel, insatisfeitos com as evasivas explicações sobre as coisas, iam a busca das suas próprias respostas e verdades.

Gabriel era curioso. Ficava horas pensando em desvendar segredos, mistérios. O cérebro gostava disto! A mente quanto mais conhecimento se busca, mais ela se expande em compreensão, raciocínio e lógica. Foi assim que o menino descobriu que existem pessoas com o dom das palavras de fada. Capacidade de transformação com o que se diz.

Com seis anos, já na em sala de aula, recordou-se das palavras de fada da mãe. A professora também detinha esta capacidade de transformação. Não em transformar ingredientes. O dom dela era com as letras! Ao unir letras, formava palavras, frases e de um monte de coisas antes incompreensíveis surgia-lhe novo mundo de saberes. Ao ler o primeiro livrinho, a mente de Gabriel parecia ter ocorrido uma explosão feito o “Big ben”. Um onda imensa de conhecimento abriu-lhe a mente para novos caminhos intelectuais.

Encantado com o que lhe foi aberto, o menino gritou:

- Professora! Suas palavras são de fada!!!

Certo dia, Gabriel já aos quinze anos ouviu a vizinha dizendo ao filho Jonas que estava revoltado pela pobreza da família. O salário total do pai e da mãe eram insuficientes. Mal podiam garantir-lhes alimentação e vestes modestas.

Com entendimento de mãe que ama, embora cheia de tristeza em ver o filho sofrendo carência, disse-lhe:

“- Beto querido, no momento estamos enfrentando dificuldades, mas você está no caminho certo para obter sucesso e ascensão no futuro de sua vida! Seu pai e eu não tivemos oportunidades nem discernimento para cursarmos uma faculdade. Não houve quem nos orientasse a fazermos curso profissionalizantes disponíveis gratuitamente a fim de conquistarmos empregos melhores e não trabalhos temporários que temos atualmente. Seu pai e eu deveríamos ter casado só depois de bem empregados. Hoje sua vida seria melhor do que tem. O amor é lindo, porém é cego e burro! Paixão tira-nos a sensatez. Se fosse hoje, meu filho, com a mentalidade que tenho não teria agido com impulso e imaturidade da juventude. Grande parte do seu sofrimento, Beto, é minha culpa..."

O filho perplexo com a confissão que ouvira. A mãe ali sem disfarces rasgando-se em culpas que não eram dela. Beto comoveu-se:

- Mãe, não fale nem pense assim... Você é a melhor mãe do mundo! Nos piores momentos sempre tem uma fala, um sorriso ou um beijo e abraço para melhorar meus dias. E foi por amor que casou com papai, então tenho mais é que me orgulhar disto, pois sou soma dessa união. Não tenho que sentir revolta ou vergonha da vida que levo e sim muito orgulho! Foi muito bom o que me disse, mãe, pois me impulsiona a estudar com mais garra ainda para vencer. Sagrar-me um profissional! Obrigado, mãe!

Do outro lado do muro, Gabriel constatou que a vizinha também era detentora de palavras de fada. Com sua sabedoria e amor foi capaz de dissipar maus sentimentos, transformando-os em orgulho e coragem para seguir tentando mudar destinos.

Muitos anos se passaram e o menino cresceu. Homem feito havia se formado engenheiro arquiteto renomado. Além de transformar o nada em lares, shoppings, prédios comerciais, entre outros, ele levava otimismo por onde ia. Nas horas vagas corria o país ministrando palestras cujo tema era “Palavras de Fada”. Este poder positivo que muitas pessoas têm de transformar dor em alegria. Pesadelos em sonhos. Lágrimas em sorrisos. Enfim, mostrar pessoas a encontrar saídas de luz de negros labirintos.

Ao longo das suas caminhadas, o Gabriel já feito homem, pôde perceber que há quem se utilize de palavras transformadoras de fada. Entretanto, existem aqueles que se valem das palavras de bruxas más. São os negativos, pessimistas, os severos de coração. Que tentam apagar luzes, pondo espinhos nos caminhos, minando a vida dos outros com dor e inseguranças.

Gabriel entende que cada um escolhe a melhor forma a utilizar as palavras. Amor ou pessimismo. Ele escolheu a do otimismo. O mundo inteiro agradece!



Djanira Luz
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