27 de fev. de 2010

O SIGNIFICADO DA VIDA...



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O SIGNIFICADO DA VIDA...


Sabia quando aqueles olhinhos não paravam de me fitar é que seria a sessão “tudo quero saber”. Seja a pergunta que fosse, embora algumas vezes nem eu soubesse as respostas, ela não contentava com engodos, queria entender os porquês de tudo. Por isso me esforçava ao máximo para lhe saciar as curiosidades próprias da idade.

Naquela tarde não foi diferente. Justo no dia em que eu também buscava respostas dos últimos acontecimentos, aproximou-se de mim e foi segurando minha mão alisando-a com ternura. Senti que comparava a minha mão a dela. Aquela mãozinha perdia-se na palma da minha. Duas vidas que se completavam, porém, seguiam por caminhos distintos, cada uma no seu tempo. Enquanto minha bagagem de passado estava cheia, a dela de presente pouco havia.

Distraí-me por um tempo entre nossas fases de vida. Não durou muito tempo minha divagação, pois o silêncio foi quebrado com uma pergunta surpreendente:

- Por que temos que morrer?

Estranhei por vir de uma menina de cinco anos. Por mais evoluídas que estejam as crianças, ela era só uma garotinha preocupada com a morte. Logo ela que havia tão pouco tempo de vida. Fiquei preocupada, porém, lembrei-me que a avó da Sarah, sua amiguinha do III Estágio, havia falecido dias antes.

Parei por alguns instantes pensando quantas vezes quis saber a resposta para aquela mesma pergunta – por que temos que morrer? - . Era como se a vida pregasse-me uma peça pondo-me diante de questões cujas perguntas nunca obtive respostas concretas. Para que minha filha não crescesse com aquele vazio, com uma lacuna inquietante e incômoda, tentei ser mais convincente dando-lhe boa explicação.

- Meu bem, veja quantas árvores e plantinhas que existem. Todas elas foram sementes que esperaram pacientemente até o tempo bom, até o momento certo para nascerem e se tornarem árvores para nos dar saborosos frutos ou uma planta para nos presentear com lindas flores. Acontece que se as sementes crescessem todas de uma só vez, não haveria espaços para caminharmos porque todos os lugares estariam ocupados com nova árvore a cada amanhecer. Por isso que as plantinhas e árvores um dia murcham, secam e morrem. Elas tiveram seu tempo na Terra. Cresceram verdinhas e felizes, deram bons frutos e, depois de tudo cumprido, de terem servido de sombra, de alimento, de enfeite para nossos olhos e de aroma perfumando-nos a vida, elas partem embora cedendo espaço a novas sementinhas para que cumpram seus destinos renovando a vida no Planeta. O mesmo acontece com as pessoas. Nascemos, crescemos saudáveis e felizes, depois de cumprirmos nossas missões, partimos para que novas sementes que são os bebês, continuem florindo, perfumando e frutificando a Terra com boas ações e renovado amor.

Após terminar minha explicação, senti que a mãozinha antes segurando a minha, afagava-me a face e um beijo quente recebi. Depois fui envolvida com um abraço. Minha filha nada disse. Ficou por um tempo com a cabecinha recostada em meu ombro e as mãos acariciavam minhas costas. Parecia que buscava palavras ou arrumava as ideias depois de tudo o que ouviu. Retirando a cabecinha do meu ombro, olhou-me com suavidade dizendo:

- Mamãezinha, seja uma árvore forte e aguente bastante tempo por aqui porque eu ainda vou precisar muito da sua sombra, tá bom?

Com aquelas palavras certifiquei-me de ter atingido meu objetivo. Ao menos minha filha não cresceria com aquele vazio inquietante na alma de pergunta sem resposta. Ela havia entendido o sentido da vida, sobretudo, o da morte.






Djanira Luz

25 de fev. de 2010

O MENINO QUE AMAVA O SOL!



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O MENINO QUE AMAVA O SOL!




Acordava já olhando para a janela vendo se o tempo estava do jeito que deixou na noite interior. Lindo, sem vestígio de alteração no clima. O menino amava o Sol. Era como se fossem grandes amigos de caminhada. O Sol, mais experiente de longas datas saboreava a convivência e ia com seu calor, aquecendo os dias daquela amizade enquanto o menino crescia saudável e feliz.

Cada manhã ensolarada dava a certeza de muitas horas alegres para o menino no decorrer do dia. A felicidade em sua face equiparava-se a grandeza do Sol. Por amar o Sol daquele jeito, imagino que seja por isso o menino nascera com aquelas características físicas – olhos azuis cor do céu, cabelos amarelos do Sol e nos lábios o sorriso brilhante de manhãs iluminadas!

Nos dias em que o Sol não vinha, lágrimas desciam dos olhos do menino como chuva que caía lá fora. Depois de um tempo é que entendi o tamanho daquele amor do menino pelo Sol. Tantas foram as vezes em que o menino testemunhou a mãe chorando por alguma dificuldade ou dor que ele sofria em ver dias de chuva. As muitas lágrimas da mãe lembravam-lhe chuvas. Por isso amava o Sol! Sol simbolizava vida feliz, contentamento, satisfação. Era o Sol quem ele via brilhar na face da mãe quando feliz. Ao passo que a chuva, inconscientemente, trazia-lhe doídas recordações da triste face materna.

Não que odiasse chuva, embora o deixasse nublado o coraçãozinho. Admirava, respeitava e sabia que tanto como o Sol, a chuva era necessária para a vida. Entretanto, em sua mente infantil tudo o que tinha cor e gosto bom precisava do Sol para aproveitar bem o dia. A praia, a piscina, a pipa no céu, o futebol, o sorriso da mãe, as brincadeiras na praça da cidadezinha, as pedaladas de bicicletas, sorvete liberado sem recomendações de “nada de sorvete, vai ficar resfriado”. Sim! Sol era sinônimo de alegria garantida. Horas felizes, dia bom de viver com riso fácil no rosto, voo livre sobre as horas esticadas de verão.

Vendo o menino penso o quanto de razão ele está coberto! Não que precisemos necessariamente do Astro Rei para tornar o dia melhor. Necessitamos é de ideias douradas, alegrias iluminadas, pensamentos acesos, enfim, precisamos de luz de quinta grandeza interior, de claros otimismos para tornar o dia pleno Sol a irradiar belas horas felizes.

Ainda que sua luz esteja ofuscada por alguma nuvem de dor, saiba que se o raio de Sol consegue penetrar densas camadas de nuvens, então, se você tiver apenas um filete de alegria e conservar a esperança, poderá romper a tristeza trazendo de volta para seus dias a felicidade ensolarada de bem viver! Seja feliz!rs



Esta crônica foi escrita agora (hora 14:40) em homenagem a minha querida amiga Cláudia Tomazoni.


Djanira Luz

20 de fev. de 2010

OCULTANDO SENTIMENTOS ...



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OCULTANDO SENTIMENTOS ...



De mal das letras
Abraçou o silêncio
Sustentou o choro
O riso foi suspenso
Mascarou a dor
Com habilidade
Deteve o tempo
Reprimiu saudades
Cerrou os olhos
Para lembranças
Sufocou no peito
O amor latente...


Djanira Luz

19 de fev. de 2010

DESAMORES...



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DESAMORES...


Acreditei na palavra
havia vida nela
Acreditei no olhar
um brilho intenso eu vi
Acreditei nas mãos
calor dos afagos provei
Acreditei no sorriso
alegria abrindo portas
Acreditei no beijo
universo em encantos
Acreditei no amor
foi aí a minha queda
Mergulhei no mar escuro
desencantei
entristeci
desiludi
parti para esquecer
onde ele não estivesse
Apaguei histórias,
falas, cantos, letras
Acredito hoje só em mim
para continuar inteira
Ainda me dói, ainda lembro
de tudo, do tempo vivido
das horas, das promessas
não cumpridas,
Hoje as mãos separadas
- as minhas das dele
Aos poucos recomponho
o coração aos pedaços
saudade fica,
um dia se vai
quando estiver aberta
pronta para o novo amor
que me espera
em algum lugar
onde eu encontre
um porto alegre
e seguro...




Djanira Luz

18 de fev. de 2010

ESTRELAS DOS OLHOS TEUS...



FOTOGRAFIA DO MEU ARQUIVO PESSOAL.


ESTRELAS DOS OLHOS TEUS...


Alimento-me das tuas lembranças
Tudo o que vejo é tu me vens a mente
Saboreio estrelas doces do teu olhar
A me cintilar gozos em aromas frescos...
No peito sentimentos ardem amor
Pulsam suaves vermelhas paixões
Com todas transparências verdades
Neste meu querer expressado na face...
Enquanto aprecio fatias de carambolas
Tempo encarrrega-se de paralisar as horas
Vou enchendo-me, então, de saudades de ti
Esvaziando o prato estrelas dos olhos teus...

Djanira Luz

17 de fev. de 2010

ALEGRIA PEDE PASSAGEM...




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ALEGRIA PEDE PASSAGEM...



Tem horas que não sinto nada ruim. Esqueço a saudade que machuca, a dor do corpo e alma, a tristeza que não acaba, a mágoa que faz chorar. Nesses momentos o coração tira descanso das coisas que angustiam. Deixo a alma seguir livre por caminhos da serenidade, do amor que não me cabe, da felicidade desmedida, do conforto inexplicável onde o espírito fica em total harmonia.

Estou feliz. Uma felicidade calma, leve, sem alarde. De ficar quieta num canto como espectadora sem nada a fazer, apenas observando cada beleza possível de captar com os cinco sentidos e todo encanto de poder provar o amor latejando-me o coração.

Amar a vida apreciando o bom dela que me chega através dos quatro elementos, formadores da natureza,
esta fórmula de sensações constroem a minha felicidade. É que não sou exigente para ser feliz. Basta-me tão pouco. Poder saborear belezas do Universo, tendo um amor no peito fica tudo tão mais perfeito.

Em dias de contemplação conscientizo-me da riqueza que possuo nos cinco sentidos e nos quatro elementos. Uma soma suficiente para deixar meu dia em estado de graça e agradecimento ao Criador pela possibilidade de ver, sentir, tocar, respirar, ouvir, viver, sobretudo, poder amar e ser amada.

Bom que esta minha serenidade deu-se justo na Quarta-feira de Cinzas. Tempo de queimar o que não foi tão belo, o que causou dor – a outros e a mim. Tempo bom para mudanças, de restaurar pensamentos, de transformações. De deixar morrer algo que fere e, das cinzas, poder brotar vida. Vida nova com alegria e esperanças renovadas.

Horas de não sentir nada de mal deveriam durar eternidades. O bom é que posso ter várias horas felizes se souber queimar as dores, as saudades, as amarguras, as desilusões. E com as cinzas saber que igual a Fênix, eu também posso novamente, recomeçar para continuar buscando outras maneiras de ser feliz a cada fase nova da Lua.




Djanira Luz

16 de fev. de 2010

AMOR DE CARNAVAL!



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AMOR DE CARNAVAL!


Fim de folia no meio do salão
Boca toda borrada de batom
Beijo do Príncipe Encantado
É carnaval, amor mascarado!




Djanira Luz

15 de fev. de 2010

FIM DA ESPERA PELO AMOR...



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FIM DA ESPERA PELO AMOR...



Cellyne não admitia a ideia da irmã preferir ficar só a aceitar novo amor:

- Eu não acredito que você desistiu de amar! Não concordo esse seu pensamento de não querer conhecer outra pessoa, Alana.

De olhar manso, as feições serenas e com ar de quem tem convicção das escolhas, Alana respondeu as questões da irmã:

- Querida mana, sei o quanto deve ser difícil alguém compreender o que sinto, o que deseja meu coração. Sim, é bem isso mesmo que acabou de dizer. Não quero conhecer outro amor porque o Antônio tem todas as virtudes que desejei conhecer num homem. Até as possíveis imperfeições dele me são agradáveis. Aprendi a amá-lo em plenitude. Seus defeitos e qualidades. Ele é o amor da minha vida, sei disso.

Inconformada, Cellyne tentava convencê-la de que estava equivocada com aquele pensamento ultrapassado.

- Deixa de bobagem, Alana! Amor assim é coisa do passado. É bonito em livros, em contos de amor. Atualmente amor assim não existe. E até nas histórias, ocorrem alguns amores sem finais felizes. Acaso não se lembra do Romeu e Julieta? – Cellyne parecia mesmo preocupada com a irmã.

Por mais que falasse, nada conseguiria modificar a intenção da Alana. Estava certa do seu querer. Divertindo-se com a fala da irmã, porém, entendendo sua preocupação, tentou fazê-la aceitar:

- Cellyne querida, sabe o quanto a estimo. Você é minha irmã amada, por isso peço que ouça com atenção o que tenho a dizer. Por favor, respeite a minha vontade. Não espero que entenda, apenas que aceite e me apoie.

Alana aproximou-se da irmã que estava sentada na poltrana da varanda. Abraçou-a dizendo:

- Sabe, desejei encontrar alguém que fosse assim sob medida para minha vida. Ele deveria preencher-me os espaços vazios completando a parte reservada para o homem especial. E o Antônio é além dos sonhos que tive. Ele me faz feliz demais, Cellyne. Por isso não quero outro amor. Não mesmo!

- Mas, Alana querida, ele vai morar em outro país... Não há amor que resista tanta distância. É melhor aceitar isto e partir para novo momento em sua vida. Precisa abrir espaços, oportunizar que outro homem tente fazer com que sinta o mesmo amor sentido pelo Antônio. Quem sabe até bem mais. Não se iluda, logo, logo ele irá esquecê-la!– Cellyne tentou animá-la.

- Sim, entendo que o Antônio precisa seguir sua vida, ir para outro país, para longe de mim, Cellyne. Acontece que ele permanecerá aqui para sempre no meu coração. E você pensa que não tentei esquecê-lo? Apagá-lo de vez de mim? Cansei das vezes que lutei contra este sentimento alojado no peito, no pensamento, na alma e no meu espírito. Mas, este amor fez de nós dois seres integrados, nossa química de amor fez-nos DNA. É um amor bonito, forte, eterno. Não quero outro. Só de saber que o Antônio respira o mesmo ar que eu, seja a distância que esteja, isto me basta. Poder amá-lo é suficiente, me faz bem e feliz. E não preciso dar chance para outros homens. Acabaram-se as buscas para encontrar um amor, pois já o tenho! Dos amores que tive, Antônio é o amor. Eu o adoro.

- Ahhhh, já vi que não tem jeito esse amor, perda de tempo tentar convencê-la do contrário! Ao invés tentar mudar seu pensamento para desistir dele, vou rezar, pensar positivamente, pedindo a todas as forças da Natureza, a Deus de todo o Universo que o Antônio volte para seu lado e vivam esse amor lindo e raro. – Cellyne estava emocionada com toda a certeza da irmã.

- Agora sim estou feliz, querida! Quanto mais pensamentos positivos para me unir ao meu grande amor, mais força e chances terei de realizar este meu sonho ao lado do homem que amo demais.

Algumas vezes é preferível ficarmos sós a espera do grande amor a nos aventurarmos num relacionamento em que nos sentimos incompletos, que falta algo mais. E este "algo mais" é um amor que vale a pena aguardar a sua chegada ou o seu retorno.


Djanira Luz

14 de fev. de 2010

LUGAR NENHUM!



Fotos do meu arquivo pessoal - Mamãe Maria Quintanilha


LUGAR NENHUM!


Custei a entender. Criança na época em que fui criança era mais ingênua. Hoje criança que é ingênua é chamada de “lerda”. Muda a nomenclatura, no fim quer dizer a mesmíssima coisa. Pensando bem, com a globalização, com tanta modernidade, acho que nem existe mais criança "lerda". Algumas já até nascem com um GPS aclopado para não se perderem neste imenso planeta!

Hoje eu sei o por quê. Hoje sei onde não fica aquele lugar...

Mamãe sempre foi uma mulher bonita. Longos cabelos negros cacheados, pele clara e rosada. Típica menina da região serrana do Rio. Das montanhas, ar frio. Quando ela passava um o pó-de-arroz, batom, ficava dando jeito nas madeixas e usava um vestido mais bonito, eu perguntava:

- Mamãe, aonde você vai?

Mamãe sorria e respondia:

- Lugar nenhum...

Era só ouvir isso para eu choramingar e ficar implorando ao seu redor:

- Mãe, me leva... Eu quero ir também...

E vinha outro irmão que repetia a minha pergunta. Mamãe respondia do mesmo jeito adocicado de ser:

- Vou a lugar nenhum...

Aí, vinha a caçula e de novo a pergunta e mamãe respondia sem perder a paciência. Só que minha irmã caçula fazia manha, chorava. Um escândalo! Então, mamãe já rindo, explicava:

- Não vou a lugar nenhum! Não vou sair. Coloquei um vestido novo porque papai volta do trabalho hoje...

Alguns dias papai precisava ficar no trabalho, de plantão. E mamãe queria estar bonita para ele quando chegasse. Era isso.

Depois meus irmãos e eu entendemos que aquele lugar "não ficava" porque ele não existia. Era lugar nenhum!




Djanira Luz

PERIGO NAS CRECHES!




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PERIGO NAS CRECHES!

Adoro sementes por sua representação e o que de bom delas virá. Quando as observo sempre imagino que darão bons frutos, nunca o contrário. Claro que devo dispensar cuidados necessários para que cresçam do jeito que espero. Boa terra, adubação, luz, irrigação, enfim, fazer a minha parte para a certeza da boa colheita.

Assim penso em relação aos meus filhos. Espero que frutifiquem do jeito que são cuidados - com amor, atenção, educação e respeito. Imagino estar utilizando os ingredientes certos em boas doses suficientes a se tornarem adultos dignos e generosos, a exemplo do que recebem.

A reportagem daquelas – educadoras!? - agredindo criancinhas indefesas nas creches causou-me dor e revoltas profundas. A começar pela desproporção física das agressoras. A violência absurda contra inocentes tão pequeninos foi uma imagem que jamais desejaria assistir. O que de bom estas sementinhas poderão germinar amanhã se conhecem desde cedo a agressão onde deveriam aprender a respeitar e amar ao próximo?

Ter visto tempos atrás, empregadas agredindo crianças já foi terrível. Daí assistir crianças covardemente atacadas por educadoras que estudaram, se prepararam, se habilitaram e receberam diplomas para lecionarem ou cuidarem de crianças é demais para um coração de mãe, de mulher, de pai, de homem e de qualquer cidadão de bem!

Sinceramente, não vi atos de humanos naquelas repulsivas imagens, antes vi atitudes de animais irracionais exageradamente agressivos. Mulheres amargas, brutas, sádicas! Senti tanta compaixão daquelas crianças, sobretudo da menininha, cuja “professora” a suspende bruscamente e a coloca sentada com tanta indelicadeza de doer a alma de quem assistiu aquela dolorosa cena. A menininha parecia uma boneca de pano tanto o desrespeito dado a ela. Coitadinha da coluna desta criança! Deus permita não haver sequelas futuramente.

Não desejo a morte a essas mulheres miseráveis. Desejaria sim, imensamente, que o Governo criasse um programa de reabilitação para esse tipo de agressores. Os agressores seriam tratados como os indefesos. Haveria homens fortes, tipo seguranças de boate - os Leões-de-Chácara -, eles seriam responsáveis de cometerem os mesmos gestos brutos aos agressores que foram sofridos pelas crianças. Seria bem justo, pois é assim que agem. Com covardia desproporcional. Quem sabe sentindo por um mês na pele, não aprendam a respeitar crianças e filhos dos outros!

Sinto tanto pelos pais deste Brasil imenso que necessitam confiar os filhos nessas creches. Imagino a dor da mãe, a revolta do pai, da família ao visualizarem a reportagem. Porque só de ver, tomei as dores para mim, quis fazer alguma coisa. Tive sentimentos repulsivos diante de tamanha violência.

O que me cabe é dar dicas aos pais para que verifiquem as creches antes de colocarem seus filhos nelas. Se notarem que seu filho, mesmo sendo uma criança de um aninho começa a ficar agitado ou chora sem causa aparente, desconfie. Se não está doente, se não tem problemas em casa, atente para a possibilidade dele estar sofrendo violência na creche.

Conversem com outros pais. Certifiquem-se o mesmo ocorre em outras famílias, se há mudança no comportamento da criança. Se de repente ela começa a ficar agressiva, a ter atitudes diferentes do habitual, fiquem atentos. Muitas vezes a própria professora mascara as agressões dizendo que é normal no período de adaptação ou nos inícios dos anos em creches, a criança apresentar alterações no agir.

Caso a creche não tenha sistema de seguraça, reúnam-se com outros pais e procurem um jeito de adquirem de forma que todos contribuam para a aquisição das câmeras. É melhor investir ainda que tenham gastos extras, pois nada vale mais que a segurança, a alegria e o bem-estar de um filho e a tranquilidade dos pais.

Queremos filhos e cidadãos bons frutos amanhã. Se não tiverem cuidados, se não forem bem orientados, educados com respeito e amor, a colheita será totalmente perdida, pois frutos bons necessitam de tratamentos especiais. E os pais desejam que as boas sementes que são os filhos, vivam em segurança e cresçam cheios de carinho e atenção. VIOLÊNCIA, NÃO!



Djanira Luz

13 de fev. de 2010

A MULHER SEM CORAÇÃO...


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A MULHER SEM CORAÇÃO...


Todos perceberam a drástica mudança no comportamento e no humor daquela mulher. Havia muitos dias que se fechara para as conversas que tanto amava. Antes atenta, agora era vista assim, dispersiva, divagando introspectivamente.

Ela que possuía riso fácil e que expressava energia em gestos elétricos do corpo numa alegria pulsante e contagiante que trazia em si, encontrava-se
naquele marasmo de causar compaixão.

Quem a encontrava nos últimos dias precisava falar-lhe duas ou três vezes para obter um fiapo da sua atenção. Distraída como que fora de órbita. Olhar fixo em algum ponto que lhe era precioso a procura de algo igualmente caro.

Sempre que a via, causava-me comoção. Tudo nela estava mudado. O jeito, as vestes, a aura. Quisera entender o motivo de tamanha transformação. Para onde deveriam ter ido os sorrisos constantes, os olhares brilhantes e alegres de mil diamantes, a fala adocicada e melodiosa, a empolgação de tantas andorinhas que fazia de um simples fato, a mais alucinante das histórias encantadas?

Não queria parecer indelicada ou ser vista como uma curiosa qualquer. Mas, eu precisava descobrir a razão do silêncio forçado, do sorriso desfeito, dos sonhos interrompidos e da boca emudecida que tomaram conta da vida dela.

Maior do que minhas interrogações era o desejo em ajudá-la. Foi o que me moveu aproximar-me da mulher. Um tanto sem jeito e um leve tremor na fala, dei quase inaudível uma “boa tarde”. Para minha admiração ela me olhou sem qualquer expressão de ódio ou desprezo. Havia sim, em sua face, a mesma expressão de insegurança e dúvida que eu tinha naquela hora.

Ambas estávamos receosas com a atitude da outra. Eu não sabia o que perguntar, ela o que responder. Depois de grande silêncio que me congelou a alma, a mulher outra vez me fitou. Desta vez mais pausadamente como que analisando em meus olhos as perguntas que a boca não ousou fazê-las.

Balançando a cabeça afirmativamente, num consentimento e aceitação em satisfazer minhas questões, finalmente falou:

- Quando se foi num adeus comprido, daqueles que sabemos sem chance de ver outra vez, ele levou de mim meu sorriso, meu canto e a claridade dos meus dias. Descolori, emudeci, já quase não existo... Era o que esperava entender, não era minha jovem?

A voz ainda era doce, embora a amargura sufocasse qualquer vestígio de contentamento. É! Ela estava certa. Em poucos minutos, sem qualquer pergunta, obtive todas as respostas que sanaram minhas inquietações.

Eu havia desvendado o mistério que assombrava a triste mulher. Pude perceber com minha intuição feminina e, talvez, ela sequer tenha desconfiado o motivo de encontrar-se naquela solidão sem esperanças. É que mais do que risos, brilhos e sonhos, o homem amado havia levado junto para onde partiu, o coração daquela mulher, deixando-a com o vazio na alma...



Djanira Luz

12 de fev. de 2010

É TANTO AMOR ASSIM!


As imagens desta página são do meu arquivo pessoal

É TANTO AMOR ASSIM!

Deixar de amar-te não tem jeito
Amor assim deve mesmo ser defeito
Desequilibra todas minhas estruturas
Saio aqui do chão vou para as alturas
Do meu corpo tu tomas de vez posse
Como se propriedade tua eu fosse
Penetras no mais íntimo de mim
Percorres todo o peito até os confins
Aloja-te nele e faz tua segura morada
Toma-me e dizes que sou tua amada
Aos poucos rendo-me a esta garantia
Só tu dá-me equilíbrio e harmonia
Imensa paixão por ti que pareço sonhar
Tu és o homem certo que desejo ficar
Estamos presos nos entrelaços das mãos
É tanto amor florescendo no coração...







Djanira Luz

10 de fev. de 2010

OS PEDACINHOS DE LIDIANE...



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OS PEDACINHOS DE LIDIANE...


Havia um certo ar de mistério. Parecia que escondia algo. Bem, era esta a impressão que tinha quando passava por ela. Sempre segurando um caderninho, uma caneta com coração, dessas decoradas que meninas adoram. No ombro, uma bolsa pendurada e muito suspense a tiracolo! Devia ter, no máximo, seis anos.

Durante dias imaginei as mais absurdas histórias sobre o suposto segredo que carregava aquela garotinha de olhar que sabe tudo e muito mais que imagino. Ocasionalmente tive a impressão que era muitas vezes mais sabida do que eu. Aqueles olhos graúdos carregavam histórias que eu desejava conhecer. Algo nela atraía-me com peculiar fascínio. Uma doçura, uma ingênua intrepidez. Vários adjetivos notei naquela menina. O desejo de ser pai talvez tenha sido o motivo maior do meu interesse pela criança adorável.

Era certo encontrá-la em frente a floricultura Flores da Alma no centro da cidade, por volta da dez da manhã. Parecia britânica pela pontualidade. Deduzi, seu estudo deveria ser vespertino, pois nunca a encontrei uniformizada naquele horário. Precisava aproximar-me dela e descobrir o que fazia diariamente ali, que ritual seria? Apesar de querer conhecê-la mais de perto, era preciso acautelar-me, pois com essa onda de pedofilia todos andam desconfiados, com toda razão!

Na manhã seguinte enquanto caminhava para o consultório, avistei a menininha como de costume. Resoluto a descobrir o que fazia ali, como “Sherlock Holmes”, com o jornal em mãos, atravessei a avenida indo em sua direção. Entrei na floricultura, despistei perguntando sobre uma mudas de lichia que realmente iria adquirir. Disse a dona do recinto que desejava plantar várias mudas daquela exótica fruta oriental. Depois de algum tempo conversando com a simpática senhora que falou minuciosamente sobre o cultivo da fruta, em dado momento, volta-se para a entrada da floricultura, pede licença e chama com uma voz doce:

- Lidiane, venha minha querida, agora entre.

Um dos mistérios a boa senhora havia feito as honras de esclarecer. Daí a razão da menina estar sempre ali. Foi o suficiente para me satisfazer a curiosidade de quase um mês. Disfarçando o interesse, disse:

- Ah, a linda menina que todos os dias vejo quando vou para o consultório é sua neta!

A senhora sorriu respondendo em seguida:

- Sim. Na verdade não é uma neta, é um anjo que Deus enviou para nossa família. – Falou a senhora com ternura no olhar. E continuou:

- Todos os dias precisa ficar comigo pela manhã. Nunca reclama. Seja frio ou calor. É mesmo um anjo...

Nisso, entre as mudas de flores e árvores frutíferas vinha aproximando-se a neta Lidiane.

- Bom dia! – Cumprimentou a menina os fregueses que estavam no interior do recinto.

Ela parou sorrindo ao meu lado. Acariciei-lhe os cabelos dizendo-lhe que seus dentes eram lindos. Aproveitei e perguntei se fazia uma boa escovação após ingerir alimentos:

-Você é dentista? – Quis saber a menina.

- Isso mesmo. Você é uma boa observadora! – Sorri-lhe admirando sua esperteza.

- Eu escovo muito bem. Nem sempre com vontade, mas porque minha mãe me obriga para que eu não tenha cáries. Ah, eu uso fio dental, limpador de língua todos dos dias, viu? E o que você falou sobre observar... Observar é o que eu mais faço na vida! – Respondeu Lidiane.

- Sua mãe faz muito bem em cuidar direitinho de você e dos seus lindos dentes. Mas, diga-me o que tem observado ultimamente? – O dentista aos poucos ia desvendando segredos.

- As pessoas. Mais os homens. Os pais. Eu estou juntando pedacinhos... – Disse um pouco desconcertada não terminando a frase.

Segurando-me pelo braço, a avó convida-me para ver as mudas de lichia. Na verdade disse-me algo revelador:

- Depois que o pai morreu num acidente de carro, há alguns meses, ela fica ali na frente anotando, anotando...
Pobrezinha, foi a forma encontrada para aliviar as dores da saudade, da perda.

Comovido com o que acabara de ouvir, aumentou meu carinho e o desejo de conhecer o que escrevia aquela menininha. Dirigi-me até ela e disse:

- O que você está juntando nesta bolsinha, menina bonita?

- Por que quer saber? Sabia que curiosidade não é atitude de pessoa educada? – Disse com ar sério.

Achei graça daquela resposta madura e entrei na cabecinha dela para que depositasse um pouco de sua confiança em mim:

- Vou contar um segredo. Eu só cresci por fora, por dentro eu tenho seis anos de idade, por isso sou curioso igual gato de rua!

Foi a vez da menina sorrir. Pareceu surtir efeito a bobagem que havia dito. Lidiane pôs a mãozinha dentro da bolsa retirando o caderninho. Ia entregando-me o caderno quando, de repente, recolheu o braço. Olhou-me bem anotando qualquer coisa no fim das suas escritas e foi dizendo:

- Moço dentista, eu anotei tudo que um homem precisa para ser um homem ideal, um pai perfeito, pode ler!

Surpreso pela rápida aceitação, pus meus olhos sobre o que parecia ser uma lista. Aos seis anos a letra ainda cursiva, seria preciso algum esforço para desvendar aquele quase hieróglifo. Entretanto, pude ler:

"Para ser um homem perfeito, bom pai é preciso: ter bom coração, não zangar se o sorvete escorrer pelos braços. Gritar algumas vezes. Beber refrigerante na praça e não beliscar se,sem querer, o filho arrotar. Abraçar sem ter motivos. Ficar de cara feia. Falar e ouvir com calma. Não precisa ser um homem bonito por fora, mas o coração deve ser lindo porque se um dia a cara de fora estiver feia de zangada, o coração bondoso devolverá o sorriso ao rosto. Tem que falar a verdade sempre. Pode chorar quando tiver vontade mesmo na frente dos filhos. Acho que está bom assim os pedacinhos dos homens e pais que eu observei aqui."

Fiquei impressionado com o que ia lendo. Alguma coisa apertava meu coração, parecia que desabaria em choro. Não esperava mesmo encontrar aquela lista de posse de tão pequena criança. O que me surpreendeu mais ainda foi ler algo que foi escrito por último. Demorei mais tempo para decifrar aquelas garatujas finais. Foi quando minha respiração acelerou. Então li – deve continuar pequeno por dentro como um menino que esqueceu de crescer. A menininha referia-se a mim na conclusão das suas escolhas, naquele ajuntamento dos seus pedacinhos de um pai perfeito.

Discordei de alguns itens daquela lista. Gritar algumas vezes? Fazer cara feia? Olhei de volta para a garotinha e questionei:

- Mas, Lidiane, aqui tem coisas que não fazem parte de um pai perfeito. Cara feia, gritar algumas vezes. Brigar, zangar não faz de ninguém uma pessoa perfeita!

Podem não acreditar, a menina olhou-me dos pés a cabeça como se eu fosse o maior imbecil
, um grande asno que havia visto em seus pequenos anos de vida e filosofou:

- Seu dentista, quem disse que homem e pai perfeito não têm dias de defeito? Só porque uma pessoa briga ela não deixa de ser maravilhosa. Só porque alguém grita ou diz coisas não tão belas que deixa de ser bom, não acha?

Maravilhado estava e mais maravilhado fiquei com a menina. Sim, como havia dito no início, tive a sensação que ela era bem mais sabida que eu. E era! Eu tinha o conhecimento, era homem estudado, formado, aprendi muitas coisas com ajuda dos mestres e livros enquanto a menina retinha sabedoria. Aprendera com vida, com suas ingênuas observações. O que faz um homem perfeito não são suas qualidades físicas ou ser desprovido de fraquezas. O importante são as atitudes tomadas no momento adequado. Seja valer-se da cara feia ou de um grito, tudo feito oportunamente, tendo um propósito não diminui o caráter de um grande homem.

Esta sabedoria da menina levaria comigo. Antes de sair da floricultura com as mudas da lichia, diante da avó, perguntei para sua esperta neta:

- Diz uma coisa, a sua mãe é tão linda e sabida feito você?

Fiquei mesmo tentado em conhecê-la! Mas, este é um assunto para uma outra história...



Djanira Luz

7 de fev. de 2010

COM PEDRA, PAPEL E TESOURA!



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COM PEDRA, PAPEL E TESOURA!


Gostava de ficar horas brincando de pedra, papel, tesoura com amigos. Muitas luas passaram para que eu pudesse utilizar novamente estes objetos. Não mais como um jogo lúdico, agora utilizando das palavras e sentimentos para brincar de ser feliz. Prepare-se para entrar na ciranda das pedras, no corte das palavras e no sentido do papel!

Valendo-se da tesoura, aproveite e corte tudo que o impede de ser feliz e realizado. Comece por aquele galho imenso de problemas que vai crescendo desordenadamente impassível, deficiente, desnecessário. Apare o que estiver demais. Muitas vezes excessos são obstáculos que devem ser retirados para que possamos edificar o espírito. Verá como novas e belas flores brotarão. Repare na roseira depois de uma boa poda! A florada seguinte será muito mais apreciada.

Aproveite e fragmente as pedras da sua vida, do árduo caminho. Chega de tropeços e tombos! Quebre os preconceitos sufocantes, eles impedem o coração de bater num ritmo cadenciado e feliz. Quebre também o feio orgulho que petrifica a alma tornando seus dias pesados por carregar toneladas de pedregulhos inúteis e desprezíveis. Liberte-se. Sinta a alegria de ser leve e livre para a reconciliação, para o amor, para a amizade, para a verdadeira e soft felicidade. Diferente da cara dura petrificada dos que amontoam rochas!

Por fim, utilize o papel! Nele escreva amores, pedido de desculpas, conceda perdão, reconcilie com quem perdeu laços através das letras. Desenhe flores para perfumar almas que sofrem abandonos, pinte o Sol amigo para irradiar calor a quem você quer bem, desenhe estrelas para iluminar a vida do amigo que se perdeu na escura solidão.

Desenhe a Lua representando que o amor é único e
brilhante. Desenhe um lindo coração, dentro escreva o seu nome e de alguém que você deseja um bem tão grande de preencher continentes. Envie palavras de amor. Não ligue se acharem você ultrapassado, um bobo infeliz. Seja antes um bobo feliz e sonhador!

Corte, quebre, escreva ou reescreva sua vida de tal maneira a ponto de sentir satisfeito consigo mesmo. Não se importe se rejeitarem suas desculpas ou negarem seu amor. Dê os ombros para os insensíveis. Siga feliz, pois valeu a coragem da tentativa, da mudança, da poda para vingarem frutos novos. Tolo não será você, tolos são todos aqueles que desistem por faltar coragem para amar e tentar ser feliz a cada dia que nasce.

Quando a vida oferecer pedras brutas, muitos galhos problemáticos e papel em branco, lembre-se da brincadeira inocente e recorte excessos nocivos, limpe as duras pedras do seu caminho e escreva uma edificante bela história de vida. Da sua vida com pedra, papel e tesoura!rs





"A pedra vence a tesoura, o papel vence a pedra, a palavra vence o papel..." (Buscando imagens, encontrei ao acaso a frase acima em negrito no Blog - http://pedra-papel-e-tesoura.blogspot.com).


Djanira Luz

5 de fev. de 2010

VIOLÊNCIA PARA EDUCAR!?


VIOLÊNCIA PARA EDUCAR!?

Aos oito anos de idade, a vida não sorriu farturas para João Batista. Na verdade, ele conhecera desde os primeiros anos, a feia face da pobreza.

Algumas vezes, pela carência de tudo, sobretudo da alimentação, antes de ir para escola via-se obrigado a ingerir no lugar do farto desjejum, um copo com água morna e açúcar. “Para enganar o estômago”, dizia consolando-lhe, a mãe. Tola ingenuidade imaginar ludibriar a fome.

Cansou das vezes que os pés enchiam de bolhas e cortes por não ter sapatos. Até para a aula precisava ir de pé no chão. Vida dura. Triste. Resignada.

No fim de tarde de mais um dia sem opções, no fundo do quintal, procurando talvez respostas para a miséria familiar, João Batista encontrou um ovo que a galinha do vizinho havia posto em seu quintal. Imaginou um presente. Talvez tenha passado em sua mentezinha pueril que poderia ser Deus atendendo umas das inúmeras preces chorosas da mãe sofrida.

Pegou o único ovo, como se fosse realmente o ovo de ouro da galinha encantada e chamou pela mãe:

- Mãe, achei um ovo! Frita ele pra mim?

O que o menino sequer imaginou foi a reação violenta da mãe. Começou a gritar, a chamá-lo de desonesto, que o ovo era do vizinho, que não teria filho ladrão! Zangada, ordenou ao menino que devolvesse o “roubo” no devido lugar. Enquanto caminhava obediente e choroso, João Batista sentiu um forte impacto atrás da cabeça, na altura das orelhas. Percebeu que escorria algo quente em sua nuca. Era sangue!

A mãe num ato impensado de fúria havia atirado uma leiteira que tinha em mãos na direção do menino atingindo-lhe numa área perigosa e delicada. Ao ver o sangue escorrendo, a mãe tomou consciência da violência estúpida investida no pequeno filho. Como o sangue escorria pelo corpo do menino, o remorso escorria corroendo a alma daquela mulher.

Não teve intenção de ferir o filho. Quis antes ensinar-lhe a ser honesto. Sem cultura, órfã, sem saber como agir, cometeu um grande erro que marcaria com uma cicatriz para a vida toda a cabeça do filho e a sua alma.

Contrariando suposições da família e amigos, o menino não cresceu revoltado, não se envolveu com o lado obscuro das drogas, não seguiu por sendas errantes. Cresceu honesto, bondoso, filho exemplar. Possuidor de um coração que não lhe cabe.

Passados os anos, um dia a mulher de João Batista acarinhando-lhe os cabelos, pergunta perto da sogra, sem saber da história de anos passados:

- O que é isso na sua cabeça?

Ele revela com graça para a mulher, sem qualquer vestígio de mágoa o triste fato - da miséria dos dias difícies e da ignorância da mãe, pois não soube agir adequadamente para educá-lo.

A sogra, num sorriso doído, sem jeito por recordar aquele momento que nunca conseguiu apagar, confessou:

- Como arrependo de ter feito aquilo, meu filho! Sofri todos esses anos. Se fosse hoje, além do ovo, eu mataria até uma galinha do vizinho para você não passar fome... Como fui ignorante, meu Deus!

Há quem ensine da pior maneira. Por ignorar o jeito certo de agir ou por estupidez de alma, por ser violento. Devemos ter cautela se quisermos criar bons filhos. Ensinar com brutalidade para que o filho não cometa erros não é o caminho mais sensato.

João Batista tornou-se um homem honesto e bondoso. Mas, nem todos os filhos são como João Batista que teve compaixão da mãe entendendo e perdoando seu ato infeliz.

Por isso, procure pensar bem antes de tomar decisões precipitadas. Educar com amor é sempre a melhor opção. Faça a escolha certa, viu?rs


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Djanira Luz

4 de fev. de 2010

COMO TORNAR-SE UM ÍDOLO!





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COMO TORNAR-SE UM ÍDOLO!

Se alguém sabe as respostas para esta questão, diga-me. Quem conhece a receita certa? Qual será o ingrediente secreto capaz de transformar uma simples anônima da noite para o dia em celebridade?

O que a moça do interior, a “caipirinha de Taubaté”, como a própria Hebe intitula-se, tinha para virar a amada Hebe Camargo? Depois que a apresentadora foi internada é que atentei mais para o seu sucesso. Fiquei encasquetando o que ela e outros têm diferentes de nós, meros mortais?

Será simpatia, carisma, irreverência, ousadia, amabilidade, talento, bom humor, sorte? Por que outras pessoas com as mesmas características ou até melhores e mais belas não fazem sucesso no mundo artístico? É justo este o ponto questionável! O “X” e o “Y” da controvérsia.

Se Fulana ou Cicrano têm todos os atributos das apresentadoras Hebe e Oprah ou dos cantores mega stars Beyoncé, Robbie Williams, Madonna, Ivete Sangalo, além da modelo Gisele, entre outros artistas, qual o segredo da fama, de serem admirados e queridos, ídolos das multidões?

Não sei a resposta sobre o certo para obtenção do glamour. Tenho uma visão do lado de cá, dos que colocam os famosos onde estão. Bem em frente aos holofotes.

No caso das apresentadoras Hebe e Oprah, penso que são duas mulheres que conquistam o público por serem simpáticas, por deixarem o telespectador com a sensação que estão numa conversa informal nas salas de suas casas. Este jeito natural de transmitir mensagens é acolhedor, por isso que muitas senhoras, homens e mesmo crianças falam da Hebe Camargo como se fosse uma grande e íntima conhecida. Nessa situação, o artista é tão carismático que começa a “fazer parte” da família de determinados telespectadores.

Agora, há fãs amantes alucinados por artistas que ostentam glamour. Quanto mais esnobe o ídolo, mais devoção ardorosa dos seus seguidores. Como no caso da Madonna e do cantor Robbie Willians. Penso que o fãs projetam seus sonhos na ousadia e brilho dos ídolos. Alguns gostam desses artistas por serem como eles na determinação, no jeito arrojado de agirem. Já outros, por serem justo seus opostos. Almejam imatá-los sendo – corajosos, superiores, poderosos como a ideia que os mega stars passam. Livre para fazer o que desejam sem importar com a opinião alheia! O que o simples indivíduo sonha em ser e não consegue, alegra-se parecendo ter empatia com a vida suntuosa do artista.

E, por fim, existe o fã mais centrado que admira, mas que não perde suas características naturais em função do ídolo. Este não adoto o artista ou o profissional como senda da família, nem se espelha em sua personalidade ou estilo de vida. Antes, aprecia seu trabalho com o desejo de ser como e não sê-lo. É o fá lúcido que não deixa envolver-se emocionalmente com o artista e nem permite que ele interfira em suas decisões ou gostos.

Bem, isto é o que percebi analisando diversificados grupos de fãs. Ah, se eu tenho um ídolo? Na verdade ela não está no topo da lista do estrelato. Não é o que chamaria de famosa, mas a admiro muito. É a jornalista Leda Nagle da TVE Brasil que comanda o programa Sem Censura. Assisto desde solteira, quando ainda nem era ela quem apresentava o programa. Gosto do Sem Censura por ser uma revista cultural onde abrange diversos temas interessantes. Como amo jornalismo já desejei ter um tiquinho do talento da Leda Nagle, pois o pouco do muito brilho que ela tem, basta-me.

Pensando bem sobre ser famoso, além do carisma, talento, bom humor, enfim, desta coletânea de atributos, aposto que tem o dedinho abençoado de Deus para fazer do anônimo um ídolo num estalar de dedos, não é?rs



Leda Nagle entrevistando Lima Duarte no Sem Censura.

3 de fev. de 2010

ALEGRIA EM FLOCOS DE ALGODÃO...




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ALEGRIA EM FLOCOS DE ALGODÃO...


Não é necessário tanto para me fazer feliz. Não ganhei prêmio milionário, nem uma gorda herança. Embora pequenas coisas que receba faça tanto efeito quanto um grande presente.

Para mim basta receber uma ligação de um amigo dizendo – “sinto saudades de você”-, também um e-mail escrito - "apareça para uma conversa, saudades" - ou um abraço desinteressado de um filho, um beijo da avó querida, uma bênção da mãe que está longe, uma piada da irmã que não tem tempo, até ouvir o companheiro de longos anos usar aquelas sete letrinhas diariamente como se fosse a primeira vez ao seu ouvido – “Eu te amo”-. Ou simplesmente perceber em pequenos gestos, algum detalhe mínimo, uma frase na entrelinha, uma meia palavra que diz tanto, essas coisas que irradiam luz no dia deixando as horas alegres e o coração todo bobo de saltitar o céu de estrelas cadentes bagunceiras.

Alegria não tem preço e nem hora. Também não sei dizê-la com exatidão. Só dou uma noção porque o bom de ser feliz é sentir assim. Sem motivos grandes, sem esperá-la. E, ainda que seja transitória, que me venha vez em quando para levantar a alma, verdejando esperança na vida, no coração que não cansa de acreditar em dias azuis da cor do mar.

Hoje meu sorriso tem o tamanho do céu e mais além. Alcança estrelas, beija o mar, desliza no arco-íris e faz ciranda na curva do vento. Nossa! Sinto que minha alma está leve e parece dançar. Mal consigo terminar o texto! Descubro que a alegria é inquieta. Sim! Feito menino travesso que não para quieto, pois não pode perder nenhum sopro dos bons momentos fugidios.

Ah, seu eu pudesse escrever o que agora sinto, haveria de pôr sorrisos em cada rosto e fazer com que provassem do que tento, mas não sei dizer! Só sei ser feliz, não ouso descrever com minhas letras. Este talento é só para grandes almas. Sou apenas caminhante, uma aprendiz em definir sentimentos.

Enfim, em dias assim que estou vazando de felicidade chego achar que ofensas são fofos flocos de algodão onde posso me deitar e rolar abraçada a eles. E palavras feias são coloridas e macias jujubas. Fáceis e saborosas de serem digeridas. Desprezos são vidraças tão limpas que não as vejo, só as lindas flores do jardim através delas.

Não, eu não perco o juízo se fico tão feliz como estou neste momento. É que se estou flutuando em sorrisos não vejo erros, pois tudo fica assim tão bom!rs


Djanira Luz

COISAS DO INTERIOR...


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COISAS DO INTERIOR...


Semana passada voltava sozinha de uma viagem, dentro do ônibus via como a lua estava linda. Parecia cheia de vida. Sabe quando estamos apaixonados e sentimos que temos luz própria de tão iluminado fica o coração? Então! Deste jeito a Lua se exibia incrivelmente bela.

De repente ouço uma voz melodiosa, calma com um sotaque característico:

“- Oi, vó sou eu, fulana. Uai, não está reconhecendo a minha voz? Feliz Ano Novo. Quase um mêiss”. A jovem riu com aquela risada de felicidade e graça contagiando-me com sua alegria. Era dia vinte e nove de janeiro, por isso o motivo do riso. Imaginei que a avó havia perguntado pela vida na cidade grande, a jovem respondeu:

“- Tá bom demaiss, graças a Deuss”. Pelos uais e esticadas nas palavras, identifiquei-a como mineira. Logo em seguida ela mesmo foi dizendo coisas confirmando minhas certezas. Era inevitável não ouví-la. Parecia não se importar com os demais passageiros. E falava da família e ria e mais falava.

Havia ligado para falar sobre a festa de seu aniversário e da mãe. Na verdade a ligação foi para convidar a família a irem ao aniversário que irá acontecer no dia seis de fevereiro, sábado próximo.

Do outro ladao do ônibus, ouvia, absorvia a conversa e me vi rindo, sentindo-me feliz pela felicidade daquela jovem de voz suave e risada gostosa de quem realmente está alegre.

Pude contar cinco ligações para parentes. Ligava e pedia que avisassem aos outros familiares. Dizia que seria a festa do ano, com direito a bandas – de rock e MPB. Entre risadas e saudades, a jovem parecia tão amável com os parentes. Achei lindo aquilo. Foi o que me manteve atenta aquela conversa.

Enquanto falava, falava e ria ao celular, eu pedia a Deus que abençoasse a vida dela e que a festa seja um dia repleto de alegrias. Tudo saia melhor que o esperado. Depois de ter feito minha prece, ri sozinha porque havia feito uma oração para quem nunca vi, sequer conheço! A quem nem vi a face. Era uma voz e algumas falas que revelavam um pouco daquele coração e isto foi suficiente para desejar o bem e a felicidade a ela e a alguém mesmo não conhecendo ou estando próximo a mim.

E assim são aqueles que vêm para a cidade grande ou para outras cidades para trabalhar. Mesmo no corre-corre diário não esquecem a família e os amigos do interior. Não só do interior do estado ou do país, mas sim, daqueles que vivem no interior do coração.

Não pude ver seu rosto, quando desceu vi que era jovem, tinha os cabelos longos e cacheados. Durante as coversas usou os nomes Fernanda e Letícia. Não sei se dizia Fernanda ou Letícia para se indenfificar ou era a pessoa a quem se dirigia.

Bem, para a jovem que desceu em frente ao Hotel Bucsky‎ aqui na cidade, a
gradeço pela lição de amor e família que deu, sem mesmo desconfiar. E assim como desejo sucesso com a festa, tenha sempre motivos para sorrir, sonhar e ser feliz todo o dia ao lado dos que ama.

E você leitor também, viu? Seja feliz todo dia, ao menos um pouquinho!rs




Djanira Luz
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