3 de set. de 2009

DIAS DE SER EMÍLIA DO “SEU” LOBATO!


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DIAS DE SER EMÍLIA DO “SEU” LOBATO!




Hoje estou naqueles dias de teimosia. De achar que a Terra não é redonda e sim oval. De não acreditar que o homem foi a Lua coisíssima nenhuma, que foi tudo uma montagem... Mas são dias assim, de ideias absurdas que são dias de criação.

Sabe quando se fica com a cabeça cheia caraminholas e de tanto queimar neurônios vê algo que ninguém viu do mesmo jeito que você? Então! Hoje estou pior do que a Emília do “seu” Lobato. Falante e pensante que só eu! Dias de reinventar, de descobertas. Nem que seja descobrir uma ruga sem vergonha e deselegante que chega sem avisar ou aquele fio de cabelo branco traidor que insiste em provar que o tempo além de voar, desbota-nos as cores. Do cabelo, da roupa, das fotografias, entre outras coisas.

Queria mesmo era reinventar o sentido certo de cada palavra. Quantas vezes queremos dizer sim e dizemos não e queremos dizer não, dizemos sim! Faltou o quê? Coragem para dizer a verdade ou terá sido excesso de compaixão que nos moveu a não dizer o que nosso desejo queria?

Quem dera pelo toque dos dedos eu pudesse dizer que não amo mais, que não gostei da comida, que não confio em você, que você foi rude demais por pouca coisa e que sim você tem razão, eu sofri e sofro demais com sua atitude, dizer pelos dedos que a roupa não lhe cai bem...

Tanto que seria mais fácil dizer pelo toque porque palavras quando não sabemos usá-las com maestria podem causar tanta dor quanto uma facada, uma pedrada, um beliscão, essas coisas que fazem o corpo padecer.

Só não mudaria as palavras para expressar gostares, para dizer que se ama. Palavras desse tipo temos é que abusar delas. Exagerar nas falas mansas e açucaradas, assim demonstrar para quem se quer bem o quanto de doce queremos deixar a vida deles. Nossa! Um mundo onde viveríamos lambuzados de amor feito criança no parque em dia de feriado nacional!

Hoje estou pipocada de ideias exclusivas. São tolas, pode ser, mas são minhas e elas teimam em achar que tudo tem seu jeito e se jeito não tiver, cada um se ajeita da melhor maneira e vai seguindo a vida aproveitando o lado bom e o que de não tão bom encontrar pela frente vai ingerindo aos poucos, em doses homeopáticas e que, apesar do gosto ruim, da dificuldade de descer goela abaixo, se consegue engolir.

Hão de dizer, “essa autora está tendo alucinações para escrever sandices” e eu em resposta diria, “graças a Deus!”. Que seria do escritor sem imaginação? Escrever não é só juntar um monte de letras! Não! É preciso ter uma mente aberta, cristalina e fértil para conseguir criar as mais loucas e belas histórias. Umas tristes, outras alegres, porém, sempre únicas. Ideias exclusivas pois sai da cabeça de quem pensa mais nos outros do que em si por desejar ver no mundo um pouco do que se empresta às letras.

Sinto não atingir a todos com o que escrevo. Nem todos consigo alcançar ou me fazer compreender. É por isso que feito Emília do Síto do Pica-Pau-Amarelo, eu deixo muitas das minhas imaginações bem guardadas na canastrinha do meu coração.

Mas hoje elas, as palavras sapecas, saltaram da canastra como que movidas de vontades próprias! Então, eu lhes disse:

- Palavras minhas bem guardadas, não sabem que falar-o–que-se–pensa-sem-pensar faz o leitor pensar que o escritor endoidou?

E as palavras riram de mim e voltaram alegres para a minha cachola, afinal elas atingiram seus intentos! Conseguiram me fazer de boba e que o leitor vai mesmo pensar que ao invés de ideias, eu tenho é minhocas na cabeça...rs

Então eu digo que está tudo bem! Foi a vida que escolhi para mim. Adoro escrever e o leitor pode pensar o que quiser. Gosto disso. Gosto mesmo!

Só sinto que não atingi meu objetivo quando meu leitor querido fica indiferente às mensagem que tento passar. Aí as palavras não têm valor, elas podem muito bem serem jogadas ao vento...

Você já se viu assim feito a Emília que fica com a cabeça formigando de pensamentos esdrúxulos?rs Conta aí, vai...


Djanira Luz
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