18 de jan. de 2010

VIDA QUE PASSA DIANTE DO ESPELHO...


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VIDA QUE PASSA DIANTE DO ESPELHO...

Não fosse o espelho ou a fotografia, eu não sentiria os dias que se foram. A cada novo ano, a cada troca de idade não sinto diferença da menina que fui para a mulher que sou.

Continuo acreditando em muitas das coisas que cria quando pequenina. De certo que não acredito mais em Papai Noel, tampouco em Coelhinhos da Páscoa ou em Contos de Fadas com suntuosos e lindos castelos. Afirmo, porém, que não deixei de sonhar e acreditar num amor verdadeiro e duradouro. Dure o tempo que der. Com direito até finais felizes! Se houver uma separação, que seja um final assim, amigavelmente feliz.

Penso que o tempo não passou porque em meu coração ainda sonho com belos dias onde eu possa dormir com portas e janelas abertas sem medo ou perigo de algo ruim acontecer. Porém, mais que isso, acredito poder deixar as portas e janelas abertas do meu coração sem medo que meu próprio semelhante, meu irmão de sangue ou de vida, tenha coragem de me fazer sofrer.

Não vi o tempo passar porque teimo em acreditar na possibilidade de viver a paz. Muitos hão de me considerar sonhadora demais, infantil demais ou qualquer outra coisa demais. Não importa os adjetivos que usarem para me rotularem. Do jeito que vivo, só percebo que o tempo passou diante de um espelho ou de uma fotografia, pois não desisto de ser feliz a cada nova manhã, a cada novo ano ou nova idade.

Quando vejo pessoas incrédulas sobre o amor, sobre melhorias no mundo, eu não as considero maduras. Acho que, na verdade, intitulam-se amadurecidas para camuflar suas amarguras, suas dores e rancores. São assim porque deixaram adormecer a criança interior. Sem ela que conserva a visão pueril, o adulto deixa de enxergar a vida com os verdes olhos da esperança.

Sabe o segredo? É conservar bem viva a criança dentro em nós. Deixá-la agir nos momentos em que o mundo abre-nos um leque de acontecimentos tristes ou feios para que a vida não perca cores e sabores que só uma criança inocente é capaz de sentir ou enxergar mesmo numa guerra. E sabe por que desta proeza? Porque a criança percebe que tem um futuro pela frente e que a cada dia, ao passo que crescem suas perninhas, ela poderá mudar o amanhã para melhor. Por isso eu alimento todos os dias esta menina aqui dentro com sorrisos, com esperanças e até algumas lágrimas necessárias que aliviam o peito.

Partiram as brincadeiras de menina, a pureza da inocência, todos os brinquedos e certas lembranças de um tempo longe quando fui criança. Porém, a garotinha permanece viva e danadinha que só ela para fazer dos meus dias uma taça refrescante e saborosa de sorvete sabor baunilha!
Não fujo da idade nova que me chega. Não mesmo. Apenas saboreio cada uma. E se puder sentir bons gostos, a nova idade fica ainda bem melhor.

O espelho, o qual cito nesta crônica não se refere somente ao espelho objeto e sim, principalmente, aos espelhos antigos que são meus pais, onde mirei-me muitas vezes para ter o caráter que conservo até hoje. E aos novos espelhos, meus filhos, onde procuro refletir bons exemplos de lições para eles no amanhã.

E sigo feliz de mãos dada com a menina que só descobre que o tempo passa diante do espelho ou de uma fotografia, pois eu bem sei que sentimentos não envelhecem.

Ah! E tem que ter bolo todo ano! Adoro festas, barulhos de comemorações. Se Deus permitir que eu viva até cem anos, se não conseguir assoprar as velinhas será por falta de força física, não de animação! E certamente algum filho, neto, ou quem sabe, bisneto, fará isso por mim!rs



Eis que vim ao mundo envolta EM QUATRO ELEMENTOS dia 18 de janeiro de 1965!rs
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