11 de dez. de 2009

AMOR ETERNIZADO NUM DIÁRIO...


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AMOR ETERNIZADO NUM DIÁRIO...


Jamais vi tamanha serenidade estampada numa face como na da Kayra. Talvez o nome de princesa tivesse emprestado-lhe tanta candura. Eu, mais ninguém, que era sua amiga íntima e confessora, podia admirá-la de tal maneira. Nenhuma outra pessoa imaginava que por detrás daquela singela expressão havia um coração cravado de espinhos, sufocado de saudades.

Kayra amou muito e foi igualmente amada. A doce vida, ah... A vida! A vida os uniu, porém o senhor destino os separou. Não era amor? Claro que sim! E um grande amor! Quem foi que disse que os grandes amores são sempre possíveis? Quantos se amam e não se têm? Muitos, meu caro diário, muitos.

Resolvi escrever a história desse amor entre kayra e seu amado porque sou testemunha desse sentimento tão nobre, verdadeiro e raro. Tão lindo que não foi capaz de semear ódio ou desejo de vingança nos dois corações apaixonados. Ambos simplesmente entenderam que não era hora certa de ficarem juntos. A separação foi o caminho mais sensato naquele momento.

Mas, Kayra sofre. Amar demais machuca. Bem, na verdade não acho que amar seja demais. Só força de expressão mesmo. Penso que amar tem que ser assim com intensidade. Dure o tempo que for. A beleza de viver uma paixão pode durar a vida toda de boas lembranças. A estrada a seguir colhendo boas recordações fica mais bonita se há perfumes do amor que se floriu em duas vidas.

Depois que houve a ruptura entre eles, em nenhuma fração de tempo Kayra pronunciou palavras más contra seu amado. Nada mesmo. Dele só boas lembranças. Foi o que ela me garantiu. E creio nela pela docilidade das palavras expressas e pelos gestos; pelo infinito de carinho captado em seus olhos, pelo sorriso discreto quando sei que está pensando nele. Puxa! Um grande lamento ele não ter força para ficar e ela de ir junto...

O bom de tudo isso é que os dois bem sabem que o amor existe em grande quantidade e pertence a eles, a mais ninguém. O amor dele, é ela. O amor dela, é dele. Eu sei disso. Agora você também, querido diário. Perpetuarei nas linhas a história de um amor que não estava num livro de contos de fadas, daqueles bem antigos, esquecidos nas bibliotecas do mundo. Esse amor lindo que conheci é real e atual, provando que o amor existe e nunca haverá de acabar.

Ainda que duas pessoas não possam viver esse amor, ele sobreviverá nem que seja para estimular a outros apaixonados a não desistirem de amar e viver ao lado de quem desejam.

Nossa! Falei tanto desse amor que meu peito até se encheu do desejo de viver uma história assim, porém, com um final como os antigos romances, felizes juntos para sempre!

Até outro dia, diário amigo!




Djanira Luz
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