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MUNDO DE MENTIRAS!
A verdade, em sua maioria não é doce ou suave. Geralmente quem a ouve a rejeita ou sofre um impacto. Dizem que a verdade é doce só se for uma declaração de amor dita por alguém de quem nem desconfiamos ou é suave se esperamos há anos por essa confirmação. Do contrário a verdade nem sempre é bem recebida por todos. O que deveria se regra, atualmente é exceção: ouvir verdades!
Dá impressão que as pessoas levaram a sério demais aquele jargão “me engana que eu gosto” e por isso preferem uma vida de mentiras a ouvir muitas e boas verdades. A verdade pode doer, mas se tivermos caráter e coragem em aceitar o que foi dito, certamente iremos melhorar a partir disso.
Há quem diga que não se escandalize com mais nada neste mundo. Já eu ainda me surpreendo e assusto se digo a verdade e sinto que passo de vítima para vilã por ter tido a coragem de dizer não o que pensava, mas a verdade dos fatos! Das duas, uma. Ou o mundo está muito louco, com inversões de valores ou as pessoas estão imaturas querendo viver em redomas em um mundo todo feito de mentiras.
Depois de alguns casos absurdos onde observei o descontrole em respostas ásperas por ouvirem verdades transparentemente sinceras, cheguei a pensar que o problema havia sido o jeito como a verdade fora dita. Mas estava errada. Por mais suavidade que fosse usada, quem a ouvisse perderia o controle e o bom senso.
A cada dia me assusto com a raça humana e vejo que quanto mais e melhores meios de comunicação, menos nos entendemos. Como se Deus nos deixasse subir bem alto em nossas descobertas tecnológicas e intelectuais para depois, como na Torre de Babel, ninguém se entender ou aceitar o que o outro diz!
Nunca gostei de mentiras e nunca tive problemas em ouvir ou dizer a verdade. Acontece que ultimamente dizer a verdade tornou-se uma questão, digamos, delicada e perigosa. Não que isso vá interferir ou mudar meu jeito. O mais honesto político de todos os tempos, o orador mais eloquente que o mundo já conheceu e maior benfeitor de todas as gerações foi crucificado por não temer dizer a verdade. E comigo, um milésimo de nada que sou, não é diferente! Sou hostilizada pela coragem de ser franca.
