9 de nov. de 2009

O QUE SEI É SOB MEDIDA PARA MIM...


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O QUE SEI É SOB MEDIDA PARA MIM...

Até hoje não há pergunta que eu mais faça uso do que a tal do “por que”. Sou questionadora nata. Aposto que se nascêssemos falando, certamente eu perguntaria:"- Por que precisamos sair por este caminho tão estreito?"

E assim me fiz mulher! Por conta desta curiosidade aprendi muitas coisas. De tudo o que sei, nem tudo me serve e nem sei por que sei. Uma das coisas de que não sei é para que serve a Análise Sintática da gramática portuguesa. Não e não. Não quero explicações dos catedráticos de Linguistica, pois me viriam com argumentos intelectualizados que eu certamente discordaria. Só sei que acho a análise sintática umas das matérias mais chatas que fui obrigada a estudar. Viveria muito bem sem ela.
E que deveriam haver mudanças no ensino do país.


Já na matemática, por mais absurdos os cálculos que aprendemos ou relutamos em aprender, uma hora, valendo-se de fórmulas matemáticas, alguém descobre a cura para o câncer ou o motivo dos cabelos da maioria dos homens caírem, por exemplo, entre tantas outras incríveis descobertas.

O que bem sei na minha vida é das coisas das quais gosto ou não. Das flores, dos aromas, das cores, dos toques, do que me põe um sorriso largo no rosto ou do que o rouba de mim. Sei ainda aquilo em que acredito e quero para mim, do desejo em realizar sonhos fáceis que posso alcançar com as mãos. São sonhos possíveis e atingíveis. Mas há também alguns tantos sonhos que ficam próximos as estrelas ou dentro de uma terra distante chamada coração de alguém o qual almejo fazer morada. Sei que esses são sonhos mais difíceis, mas não impossíveis!

Muito do que aprendi me é relevante. Retenho e faço mais uso dos ensinamentos adquiridos pela vida e observados nas estradas pelas quais caminhei, pois eles são capazes de me tornar melhor como ser humana, diferente daquela sabedoria imposta e obsoleta dada nas escolas. Em suma, sobre tudo o que sei não caberia num livro, mas também não preencheria uma enciclopédia de vinte volumes. Entretanto, é suficiente e sob medida para compor a história da minha vida.





Djanira Luz

SABORES DA INFÂNCIA...


Siriguela

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SABORES DA INFÂNCIA...



Siriguela, abricó, tamarindo, abiu, groselha, ingá, quase não encontro mais essas frutas, a não ser em hortifrutis especializados em frutas exóticas. Era tão fácil de se achar, em quase todas as casas vizinhas, mesmo no Rio de Janeiro era possível aproveitar as maravilhosas ofertas gratuitas da Natureza.

Quando volto aos lugares onde fui criança e não encontro mais aquelas árvores frutíferas que deram sabores especiais aos meus dias dourados, dá uma ponta de saudade e tristeza ao constatar que no espaço reservado as árvores frutíferas, as casas onde haviam tais frutos foram aumentadas ou simplesmente colocados pisos.

Certa vez perguntei a dona de uma das casas onde me deliciava dos sapotis, o motivo de ter arrancado aquela maravilhosa árvore. A resposta me deixou perplexa:

“-É que estava sujando demais o quintal, então mandei arrancar e aproveitei para colocar pedra portuguesa no quintal todo!” – Disse com orgulho do belo piso.

Lamentei internamente a ignorância da troca anti-ecológica e anti-meus-sonhos-infantis-de-sabores-doces-de-fruta-no-pé. E senti foi uma amargo na alma. Onde já se viu preferir arrancar uma árvore para não ter o trabalho de limpar o ambiente? É por isso que o mundo está a cada dia mais quente! Quanto menos árvores, menos ar e sombra fresca para nós.

Se eu soubesse que o futuro seria assim, ao invés daquela minha mania de comer sementes, eu iria era conservá-las para reflorestar o mundo. Assim como tento reflorestar com minhas sementes de ideias amorosas, com palavras abraços, letras que beijam as faces, sílabas que refrescam manhãs, versos que compõem sorrisos, poemas que fazem brotar esperanças nos dias de solidão.

Ainda bem que conservei a árvore de bons frutos dentro em mim, desta forma posso espalhar sementes a cada vez que me dispuser a sorrir e estender a mão para um cumprimento, quando abraçar e plantar no meu próximo o desejo de dias melhores, de vontades adormecidas que se frutificarão em verdades saltitantes como pipocas sapecas fazendo piruetas na panela.

É assim que preciso ver o mundo, repleto de bons pensamentos, de frutos saborosos de belas e edificantes ideias, onde sonhos sejam sementes que plantamos hoje para que deem frutos gostosos num alegre amanhã. Para que os dias sejam assim verdinhos, verdinhos de esperanças doces.

Para você, leitor querido, planto uma semente de boas conquistas em sua vida e em seus projetos!rs




Djanira Luz
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