Imagem do meu arquivo pessoal. - Peluda -
SER MULHER... Sou sua. Mulher. Inteira. Completa. Toda sua. Não sua como objeto que se usa e se descarta. Sua como bem que se preza. Sem possessividade que escraviza e tolhe. Sua mulher cúmplice. A partilhar vida. Prazeres e confidências. E todas as possibilidades do sentir. Bons ou maus. Quero ser assim por toda vida. Sua. Toda. Poder descobrir algo novo no seu jeito ou redescobrir algo bom esquecido pela pressa que a vida tem roubando-nos singularidades. E, outra vez, poder amá-lo como adolescente! Sentir frio na barriga. Mãos com leve tremor de ansiedade e o desejo de abraçar, de lhe tocar. E quando me olhar, conseguir ver em meus olhos, o mesmo brilho quando disse pela primeira vez o esperado “amo você”. Amar você todo dia. E no abraço onde corpos enroscam-se em simbiose macho e fêmea, braços e pernas, nos beneficiarmos com essa troca. A minha suavidade e a sua força. E o amor aflorar com cheiros, sons, calor de dois. Nesse instante será o vértice da entrega. E ultrapassará corpos. Abrangerá almas e espíritos. Você me conhece e eu o decorei. Misturamos vidas e o que um sente, o outro capta. Seja dor ou alegria. Choramos ou rimos em entendimento. Não há o que se oculte entre mim e você. Pois tornamo-nos nesse caminhar em aprendizagem e encontro ao outro, único ser. E este amor que era broto, hoje enraizado vive a reflorir em novas estações... |
Djanira Luz |