1 de set. de 2009

O SEGREDO OCULTO NA CARTA - A REVELAÇÃO.





O SEGREDO OCULTO NA CARTA - A REVELAÇÃO.


Max começa a ler a carta, a respiração acelera juntamente com as batidas do coração. O segredo por tantos anos guardado, por questões de minutos seria finalmente revelado.

E a mãe havia escrito:

“Júlio, meu amor! Quanta saudade tenho sentindo e percebi que já não posso, não quero e não vou viver mais longe de você. Sei que demorei a me decidir, pois meu filho só tem sete anos e é muito apegado ao pai e eu abro mão dos meus sentimentos para não vê-lo sofrer. Mas sei também que viver sofrendo sua ausência jamais serei feliz e boa mãe, pois estarei dividida pelo resto da minha vida. Entre seu amor e pelo amor ao meu menino. Vou conversar com ele por esses dias. Cada dia irei revelar um pouquinho sobre nós. Em doses homeopáticas para que ele vá assimilando na esperança que me entenda e que aceite minha decisão... Por favor, Júlio, peço que me perdoe se por acaso essa carta não chegar... Se isso acontecer é porque não tive coragem de enfrentar os obstáculos por aquilo que mais amei na vida – você meu amor! E tenha a certeza de que não amanharei outro como o amo e que jamais serei feliz no amor. Espero ter coragem, Júlio, espero mesmo!

Eu terei! Acredite-me. Meu filho há de entender e eu hei de ter coragem para enfrentar minha família que é tão religiosa e não aceita o divórcio. Como pode um preconceito ser maior que a compreensão? Por causa de um conceito deverei viver por toda vida ao lado de quem não amo mais ou nunca amei? Não, meu amado Júlio, seu amor é minha força e baseada nisso renovo minhas esperanças de que meu filho irá me aceitar do jeito que for e minha família vai ter que acatar a minha vontade!

Em breve seremos as duas criaturas mais felizes deste mundo!

Beijos de saudades, meu amor... Como eu o amo, Júlio. Não cabe neste mundo meu amor por você!

Sua Wilma"


- Por que mamãe? Por quê? Você não deveria ter sacrificado sua vida por minha causa e por ninguém! Você merecia viver esse amor que de tão grande não coube neste mundo... – Max lamentava o triste desenlace daquele amor. Lembrou-se de si. Da vida que levava.

Há um ano Max havia conhecido uma mulher por quem se apaixonou perdidamente. Por motivos idênticos aos da mãe, caminhava para os mesmos passos dela. Abria mão da felicidade por não querer magoar ninguém. Freava seus impulsos por pensar mais na vontade dos outros do que em si e na mulher amada. Mas ali de posse daquela carta e do segredo revelado sentiu como um sinal, como uma mensagem sob medida para aquele momento da sua vida onde vivia um drama semelhante ao da mãe.

Sentiu-se forte e resoluto. E diante daquela carta, prometeu, emocionado, para dona Wilma:

- Mãe! A senhora foi a mulher mais digna que tive a sorte de conhecer, infelizmente foram outros tempos onde o preconceito e a religião tolhiam os desejos do coração que a impediram de lutar por seu amor. Mas eu prometo que vou viver meu grande amor. Nada mais vai impedir a minha felicidade!

Vou quebrar laços, transpor barreiras, porém, viverei ao lado de quem eu tanto amo! Obrigado, mãe! Muito obrigado por esta lição que me faz mais forte e mais homem.

Max levantou-se do sofá, pegou a sanfona, o álbum com as fotos da sua infância e foi embora com a certeza em mente.

Saiu daquela casa homem feito e decidido a reencontrar aquela mulher amada. Tinha convicção de que seu destino seria diferente ao da mãe que viveu a vida sem viver um grande amor.



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Djanira Luz

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;Djanira LUZ

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