Li a informação de que um asteróide passou bem perto da Terra e, segundo a astrônoma Thaís Tomé Dinis do Observatório de Valongo, da UFRJ, ele “faria um grande estrago”.
Não fossem os especialistas de um programa australiano que visa observar possíveis objetos a ser colididos com a Terra, ninguém ficaria sabendo dessa “quase catástrofe”. Creio que foi melhor assim, pois imagino o pânico que seria no mundo se soubéssemos previamente. O que haveria de aproveitadores da desgraça alheia a perder de vista...
Para se ter uma ideia desses oportunistas é só pensar na crise americana. Fico pensando por que temos que pagar o pato com isso. Hão de dizer que por conta da crise os EUA cancelam importações de produtos do Brasil. Porém, os mais atingidos são os grandes investidores da Bolsa de Valores e eles, donos de grandes empresas cujas importações foram canceladas, vão querer repassar e dividir os prejuízos conosco, reles consumidores brasileiros.
Aí, vamos sofrendo de uma catástrofe que nem era nossa. Ela só passaria por nós de raspão feito o “asteróide radical”. Deve ser feito filho que gosta de aventuras fortes, esportes radicais, por isso fez uma gracinha passando de fininho pela Terra...
Falando em asteróides, do impacto que acontece quando ele atinge outro corpo celeste, pensei na violência que afeta nossa sociedade.
Uma violência sofrida causa-nos grande impacto na vida. Ocasiona estragos incomensuráveis.
Amanhã, dia 05 de março é para mim uma data que tento apagar da mente, pois minha família, sobretudo, meus filhos sofreram uma grande violência, sem aviso prévio, feito cometa que chega destruindo o que há de belo e depois por mais que se passe o tempo, que se plante flores no jardim do coração que foi devastado, alguns espinhos, aqueles mais difíceis, que se enraizaram, insistem em permanecer por lá.
Até onde chega a crueza humana? O homem nasce violento, com sua índole de ações corruptas ou a sociedade que o abraça e faz dele um ser irascível?
Se eu for pensar na sincera e desanimadora resposta dada por Freud à pergunta de Einstein, quando ele quis saber se Freud acreditava que a violência era inata ou um dia ela poderia haver um fim, corro o risco de sofrer a síndrome do pânico até o fim dos meus dias...
A resposta de Freud foi : “Não, tenho essa esperança. A violência é inata ao humano. A sociedade é exatamente o controle da violência. E, desse ponto de vista, não haverá nunca um momento em que se tenha outra situação”.
Mas, eu optei pelo otimismo de Baudelaire e assim, todos os dias celebro a vida. Cada dia sinto a graça do renascimento. Vendo meus filhos crescendo, fortes, sorrindo quando cri que a morte os roubaria de mim, quando vi a vida por um fio. Por isso, eu creio em Deus! Porque ele foi a única resposta, verdade e explicação quando o fim de nossas vidas era certo.
E foi ali, naquele momento de dor, de sofrimento, de amor pelos meus filhos que supliquei a Deus pela vida deles. E, naquela comunhão de fé, rezei também pelos sequestradores, por todos eles, sobretudo os dois jovens. Pobres jovens... Jovens pobres... A pobreza deles não era visível aos olhos, não se via nas roupas ou objetos que usavam. A pobreza era a da falta de amor, de lucidez, de entendimento e de fé. Eu os perdoei, de verdade, pelo mal que nos fizeram.
Foi naquele dia 05 de março que descobri o quanto é grande meu coração e a capacidade que tenho de amar, de perdoar.
Sim, a Bíblia está certa! Eles levaram todos os bens materias, mas preservei a fé e meu entendimento.
Então, por mais que “asteróides” abalem e desestabilizem sua vida, mesmo que o impacto seja de sobremaneira grande a ponto de fazê-lo esmorecer, mantenha a fé, a esperança, o otimismo, o ânimo, a confiança em você, pois crendo em Deus ou não, a vida volta ao prumo. Você vai encontrar em dado momento o ponto de equilíbrio, tudo fluirá melhor e assim como eu, verá a vida com outros olhos, livre de preocupações com o amanhã, com o material, com o supérfluo. Tudo o que atrai olhares cobiçosos será posto em segundo plano.
Hoje, apesar do susto, da violência sofrida, vivo saboreando o que a vida tem de melhor, levando comigo só o que importa, o necessário: Paz, amor, esperança e fé no coração, o mais, é transitório.
Você do outro lado da tela fria de um computador, se crê no Deus que tudo pode, lembra de mim em suas preces.
Creio! Mas ajuda-me a aumentar a minha fé... ;D
ADENDA: Para que você tenha ciência que podemos sim superar toda a dificuldade e dor. Leva tempo, paciência, força de vontade... Mas, a vitória é certa. Por isso partilho. Mais que a dor revelada, é maior a alegria que trago na minha vida. ;D
Djanira Luz
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;Djanira LUZ