Há alguns dias quando retornava para casa, o sinal fechou, enquanto o carro permaneceu parado pude ver, ao lado da barraquinha de artesanato, uma balzaquiana chorando copiosamente. Não estivesse no trânsito, talvez me aproximasse para um conforto em palavras, embora atualmente as pessoas vivem desconfiadas até da fé, e eu poderia ser mal interpretada. Algumas vezes me privo de ser mais solícita por me preocupar com a reação alheia. Durante o percurso para o meu destino, na mente a ideia de que pagaria à vista o valor de mil libras esterlinas pelo pensamento da mulher. O motivo da aparente tristeza seria o fim do romance ou a perda de alguém querido? As lágrimas em profusão seriam por mal físico? Desemprego? Ou depressão? Não demorou muito, assim como a paisagem ia mudando a cada quilômetro rodado, minha mente ocupou-se com outros pensamentos. Nossa, o Natal já logo bate à porta! Isso me fez recordar de quando ganhei o livro A Gata Borralheira, e de que sonhava com um amor tão grande e infinito como o da Cinderela e seu Príncipe Encantado. A evolução das ideias me fizeram entender que amor como o deles não existe. E amor-perfeito mesmo a gente só consegue pagando por ele em floriculturas...
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;Djanira LUZ