29 de dez. de 2009

ADOÇÃO, MÃES E AQUELAS QUE APENAS DÃO À LUZ...


As imagens desta página foram retiradas da busca Google, caso seja sua criação e não autorize postá-la, favor entrar em contato comigo que retirarei imediatamente. Obrigada!





ADOÇÃO, MÃES E AQUELAS QUE APENAS DÃO À LUZ...



Quando um ser racional ou não é abandonado, pensa-se logo em adoção. Um lar onde esse serzinho possa ser acolhido, amado, respeitado. Então, quis falar sobre adoção e gratidão porque presenciei um fato que me fez pensar sobre MÃES e mulheres que dão à luz. Sim, infelizmente há uma diferença e longa distância entre elas...

No final do ano passado, a gorila Monifa após o parto abandonou o seu filho no Zoo de São Francisco nos Estados Unidos. Ele está sendo bem cuidado pelos veterinários e funcionários do Zoo.

Isso não é uma atitude normal dos gorilas. As mamães gorilas só abandonam seus filhotes quando eles nascem com algum defeito físico, ou seja, com anomalias nos membros ou algum tumor.

Lamentavelmente, temos assistido inúmeras atitudes irracionais de mulheres “racionais”. Será mesmo que são racionais, que têm consciência do que fazem!!?? Mulheres que fazem barbaridades com o próprio e “bendito fruto do seu ventre”. Uma crueza tamanha, uma frieza de sentimentos. Aliás, parecem desprovidas de amor, de amor materno, de consciência... Só posso pensar desta maneira com tantas mulheres jogando seus bebês em lixos, rios, abandonando dentro de carros e, até mesmo cometendo homicídios. Enquanto algumas mulheres lutam, sofrem para conseguir engravidar e quando não conseguem, ficam na fila burocrática para tentar adotar uma criança.

Um casal muito agradável, amoroso e generoso, depois de cinco anos tentando engravidar, descobriu que não havia jeito. Optaram por adotar uma criança. A única exigência deles era em relação à idade. Queriam um bebê para que sentissem e curtissem toda a fase como se fosse filho legítimo e não somente filho gerado no coração. Não importava a cor, sexo, regionalidade. Nada. Apenas um filho. Era o esse o desejo daquele casal. Ela, trinta e cinco anos; ele quarenta.

Lembro quando aquele bebê de dois meses chegou na casa deles.
Desnutrido, com manchas pelo corpo todo, muitas crostas na cabecinha. Era um menino lindo. Como podem abandonar uma criança tão linda numa delegacia? Todos os bebês são lindos, são anjos. Mas, aquele tinha os olhos tão verdes que lhe dava o olhar ainda mais belo e angelical. Depois de todos o trâmites legais, o menino foi realmente adotado pelo casal que não cabia em si de tanta felicidade.

Felicidade que agora tinha nome, cor, sexo e que preenchia-lhes o coração e a casa. Dele e dela.

Fizeram de tudo para ele. Educaram com amor, atenção. O menino cresceu frequentando os melhores colégios da cidade, tinha bom círculo de amizade. Pelo exemplo de casa, aquela criança crescera sem vícios do álcool e do fumo.

O casal só cometeu um pequeno erro. Omitiu o fato da adoção temendo que a criança entrasse em depressão. Adiaram até que ele completasse dezoito anos. Estava no quarto período do curso de Medicina quando ficou ciente da sua origem.

Não assimilei bem a atitude daquele belo rapaz... Teve amor, teve abrigo, abraço e tudo isso não o coibiu de usar de ingratidão com os pais adotivos. Revoltou-se, ofendeu, magoou, quis partir em busca da mulher que o abandonara numa lixeira de uma delegacia... Para quê?

Tudo bem que é um choque... Quem passa por isso deve sentir-se rejeitado, um peso, um objeto descartável, não dá para precisar o que se passa na mente dessa pessoa, não dá...

Por outro lado, por que não pensar: “-Puxa... Como sou uma pessoa de sorte! Imagino como teria sido minha vida se eu fosse parar num desses orfanatos da cidade... Minha sorte deveria ter sido outra. Olha para mim, vou ser um médico! Poderei curar doenças, salvar vidas, ser algo digno... Tudo graças a esse casal fantástico que teve a coragem de me adotar e me amou sem mesmo ter me visto...”.

Há quem seja grato, que reconheça a grandiosidade do amor de quem adota. Vê ali um amor desinteressado. O normal, porém, é a revolta, a ingratidão.

Sobre adoções, sei também que muitas famílias adotam para que a criança, geralmente menina, sirva de empregada. Para que faça os afazeres do lar. Em casos assim, é até natural que a pessoa se revolte quando da descoberta da adoção. Ainda assim, conheci uma pessoa que mesmo sendo “feita” de empregada, nutria um amor desmedido e gratidão pela família. Quando recordo dela, as palavras dignidade, honradez e gratidão ficam pequenas e desmerecidas para qualificá-la. Disse-me uma vez, diante da minha indignação por conhecer a situação dela naquela casa:

“- Não... Eu sou muito agradecida deles! Foi Deus quem colocou aquela família na minha vida, moça... Imagine que eu sendo do norte e sem cultura estaria na rua vendendo meu corpo, sendo viciada. Hoje até estou estudando, terminando o segundo grau.”

Aos vinte nove anos, depois que os filhos legítimos se formaram doutores, é que essa mulher adotada pôde voltar aos estudos e sem qualquer sinal de mágoa ou tristeza. Pude ver nela apenas amor e gratidão. E aquele filho do casal, depois de ferir o coração-ventre da mãe e do pai, arrependeu-se e manifestou o esperado: Reconhecimento.

Voltando para o caso do gorila abandonado, mesmo rejeitado pela mãe, ao receber os cuidados dos veterinários e funcionários do Zoológico, aceitou o carinho, retribuiu os abraços... E olha que se trata de um animal irracional, ele não pensa!

Sei que pode ser dura a verdade, a sua vida, a sua realidade. Pense bem em suas atitudes, sobretudo se descobriu que é adotado. Tem sido grato com o que tem? Você age como um animal racional ou irracional?



Djanira Luz

Nenhum comentário:

Postar um comentário

QUERIDO LEITOR, QUE VOCÊ SAIA MELHOR DO QUE CHEGOU AQUI! VOLTE SEMPRE QUE O TEMPO PERMIRTIR OU O CORAÇÃO DESEJAR...rs

;Djanira LUZ

Powered By Blogger