29 de abr. de 2009

O BOM HUMOR DO DEUS QUE SE FEZ HOMEM...


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O BOM HUMOR DO DEUS QUE SE FEZ HOMEM...


José estava naqueles dias de puro azedume como fosse fruta ácida: limão galego, groselha colhida no pé ou biri-biri lá da Bahia. Nada estava bom para ele, tirou o dia para chorar as mágoas e foi escolher justo Ele para ouvir suas lamúrias:

-Ó Deus! Desce aqui... Faz favor que eu quero falar olho no olho com o Senhor. Quero protestar, quero reivindicar umas coisas entaladas na minha goela que não quer descer nem com um punhado de farinha de mandioca! E não adianta mandar Seu Filho por que eu sou pai também e quero é falar de pai para Pai, entendeu?

Creio que José não tinha noção do que dizia, menos ainda do que pedia...

Mas, Deus que ouve todas as preces e lamentos, achou graça do destempero daquele cabra da peste arretado e se fez homem como José e foi ter com ele para ouvir suas insatisfações. Embora que Deus conhecesse todos os pensamentos de José, num gesto nobre de humildade, desceu do céu e caminhou até aquele homem que o convidara para uma prosa.

Ao ver aquele homem aproximar-se, José ficou deveras assombrado e gritou:

-Que diabo é isso!!??

-Alto lá! Não me confunda com o inimigo! Eu sou o Teu Deus. Acaso não me chamastes?

- O Senhor é o Meu Deus? Mas, por que então precisa vir assim feito eu em imagem e semelhança? Levei um baita de um susto pensando ter um irmão gêmeo que desconhecia, ora essa!– José estava mesmo espantado.

- José... Tu bem sabes que sou a Verdade e por assim O ser, eu preciso fazer que se cumpram as palavras das Sagradas Escrituras e hoje me fiz tua imagem para me fazer igual a ti para te sentires em Mim como eu Me sinto em ti...

- Iiiiiiiiihhh... Já vi que hoje vai ser dia de Sermão da Montanha! Mas, olha só meu Deus... Não vai dá, não por que tem jogo do Flamengo e Botafogo e eu não perco por nada neste mundo!!!

Deus, complacente que só Ele, riu com o cantinho direito dos lábios admirando a sinceridade do coração do José sem máscaras diante do próprio Criador. E Deus disse:

-Não, José... Hoje é você quem vai falar e não importo se serão duas palavras ou um sermão, pois tenho todo o tempo do mundo para ouvir um filho meu...

Após ouvir as palavras de Deus, José ficou até sem jeito com tanta demonstração de amor, chegando mesmo a esquecer-se de que era pai... Naquele momento era apenas filho, um filho de Deus e sentiu-se embalado pela bondade das palavras do Senhor.

Mas, José era tinhoso! Estava decido a protestar, afinal foi para isso que havia feito o Bom Deus descer até ele! E, além do mais, só mesmo Deus para tirar-lhe as espinhas de dúvidas e insatisfações que trazia na garganta...

Antes, porém, de José começar a sessão de protestos, fitou bem o rosto de Deus feito ele em imagem e semelhança, franzindo a testa, disse para o Pai celeste:

- Nossa, meu Deus “eu”, que raio de nariz mais feio é esse? O meu nariz não é desse jeito, não!

Deus, feito José em imagem e semelhança, com a mão no queixo segurando o riso, chamou José:

- Venha, meu filho. Vamos até ali na lagoa.

Ao aproximarem da lagoa, ao suave gesto das mãos de Deus, a lagoa se fez límpida e transparente como um espelho e José pode ver a duplicidade do seu reflexo na água – ele e Deus nele e, ali diante da evidência nítida como a água, José constatou que o nariz do qual havia zombado e desprezado era idêntico ao seu.

- Mas, como é que pode? Isso não é possível! Nunca imaginei que meu nariz fosse assim...

Deus em sua rica sabedoria e desmedido amor, ia passando gratuitamente ensinamentos para seu filho José:

- Amado filho José... Tu não encontraste defeito em teu nariz por que o ser humano só vê defeitos em seus semelhantes...

Nesse instante José emudeceu. Era nítida a decepção em sua face. Em poucos minutos, com meias palavras, Deus havia revelado uma grande lição que levaria por toda a vida!

José até pensou em desistir do seu protesto, porém, Deus sabia que ele precisava falar as amarguras que afligia-lhe o coração caso quisesse sentir-se homem livre.

E, animando José, disse-lhe Deus:

- Então, diga-me José... Para que mesmo tu me chamastes?

Como se despertasse de um transe, José demonstrou disposição outra vez para reclamar:

- Senhor, nas Escrituras Sagradas diz que o Senhor colocou o homem acima de todas as coisas, inclusive dos animais... Mas eu tenho cá minhas dúvidas, o Senhor sabe por que da minha incredulidade?

- José, meu filho, saber eu sei... Não sabes que conheço todos teus pensamentos? – Respondeu-lhe Deus sorrindo.

-Aaaaahhh, então estou aqui fazendo papel de palhaço! Só me faltava essa! Será que estamos aqui num circo aberto fazendo gracinhas para os anjos e querubins lá no alto do céu? Contrariou-se José.

- Aquiete seu coração, José! Deus sabe, mas Deus gosta de ouvir... Prossiga, vai...

- Tá bom, assim seja! – E José continuou suas inquietações. – É o seguinte, eu não me sinto melhor do que as aves do céu; elas podem voar e eu não, sou limitado; não me sinto superior ao lince que corre velozmente; se dou uma corrida é canseira na certa; a tartaruga já nasce com a casa nas costas, eu tenho que ralar para conseguir uma; o gavião enxerga longe, eu nem de perto enxergo bem; a formiga consegue carregar peso bem maior que seu tamanho; no meu caso carregar peso é ter problemas sérios na coluna; os peixes respiram de baixo d’água, se eu bobear, morro afogado! E vou parar por aqui por que eu levaria dias provando para o Senhor que nós humanos não somos melhores nem superiores do que todas as criaturas...

Terminado o protesto de José, Deus aproxima-se dele, toca-lhe o ombro, depois a cabeça e sussurra-lhe ao ouvido:

- Abra tua mente, José! Ela está fechada, ouça com atenção que por ora te direi, assimila, guarde meus ensinamentos e passe adiante... Meu filho, ao homem foi dado algo que o torna superior e melhor acima de toda criatura sobre a Terra. Ao homem foi dada Sabedoria, Inteligência, Capacidade de raciocínio e Lucidez. Com o raciocínio o homem constrói o que quiser. Constrói aviões, helicópteros, asas deltas e afins, dessa forma pode voar igual uma ave no céu; com uma diversidade de máquinas criadas com o intelecto humano, constrói carros, motos e pode correr tão ou mais rápido do que um lince; com habilidades peculiar de cada humano constroem-se as mais belas e variadas moradas nos mais distantes pontos da Terra de forma a ter a facilidade de uma casa como a tartaruga, o jabuti ou o cágado... Com ferramentas específicas, o homem não tem necessidade de carregar peso... De posse de sabedoria e inteligência, o homem torna-se superior à quaisquer criaturas, José! As tuas limitações, meu filho, estão presas em tua mente. É preciso abrí-la para que entrem o discernimento, o conhecimento e a capacidade de criar! Se bem que tem hora eu pense que exagerei na dose de inteligência dada ao homem... Existem muitos querendo se passar por mim. Sorte minha que sou “macaco velho” e não ensinei o “pulo do gato”!

José estava mesmo maravilhado com tudo o que acabara de ouvir da boca divina de Deus. Sentiu-se até mais forte, superior. Era um homem novo e perdera o azedume do início daquele embate. Gostou também de conhecer o lado bem humorado de Deus, não lembrava de ter ouvido alguém comentar que Ele poderia ser assim tão divertido...

Aproximou-se do Deus Pai para o abraço de gratidão... Porém, Deus manifestou o desejo de fazer um protesto, pois a ocasião parecia-lhe propícia:

- José, eu também tenho algo para protestar...
- O Senhor, meu Deus!? O que aconteceu? – Quis saber José preocupado, afinal se Deus tinha algo de que reclamar é por que a coisa estava feia para o lado dele!

- Aconteceu não, José... Acontece sempre! Por isso que fico preocupado com o que andam falando aqui na Terra a meu respeito, usando o meu nome para tudo quanto há. – Então, Deus que se fez homem em imagem de José, estava com aquela feição contrariada feito José em dias de azedume...

- Prossiga, Senhor, prossiga... Pois, aqui o único que tem o poder de ler pensamentos é o Senhor mesmo... Eu, pobre ser, fico roendo unhas de curiosidade!

- José, deixa disso... Não cobices meus talentos...– Deus repreendeu aquela pequena tentação de José.

E continuou:

- Eu procurei propagar o Amor sobre a Terra. Cheguei a enviar meu Filho Amado a fim de que, através dEle, compreendessem a imensidão do meu Amor... E há momentos que sinto vontade de descer até aqui na Terra, fazer tipo você com seu jeito arretado de reclamar e meter um sopapos em certas pessoas que ensinam tudo errado para uma criança, dizendo:

"- Se você não fizer direitinho, Deus vai castigar você!”

- Ora! Se eu sou Amor, Verdade, Vida, que raio de ensinamento contraditório é esse? Sou Transparência, Clareza e fazem de Mim motivo de confusão para uma criança que desconhece o que é pecar! Sinto que na maioria das vezes o que o homem diz não condiz com minhas verdades, mas com as “verdades” que usam para benefícios próprios!
- Como assim, Senhor? Não entendi... – José tinha dúvidas...

- Para fazer com que uma criança obedeça, muitos adultos fazem chantagem, atemorizam uma criança me pintando mais feio do que o próprio encardido... – Respondeu-lhe Deus.

- Sabe, o Senhor tem razão! E tem certas igrejas, meu Deus, que fazem mais propaganda das maldades do demo do que das suas maravilhas. Eles dizem “o diabo vai fazer isso, vai fazer aquilo outro”, acabam despertando mais atenção para as profundezas!

-Pois, é José... Comercializaram a fé, banalizaram o Amor... Por isso quando retornou para mim, meu filho Jesus lamentou me dizendo:

"- Tá vendo, Pai! Não adiantou eu ter sido escorraçado, maltratado, crucificado! O homem a cada dia mais está descrente de Nós... Eu deveria ter descido como Rei e dado umas boas bordoadas naqueles ingratos! É por isso que São Francisco prefere os animais... Se você dá umas chineladas em seu cão e depois o chama, ele vem balançando o rabinho. Agora você dá um prato de comida para um necessitado e se um dia recusa ajuda por não ter, esse mesmo necessitado arma-lhe uma cilada para vingar... Raça de víboras! João Batista estava certo!"

- Jesus falou desse jeito, Senhor!? – Quis saber José de surpreso com os modos do Filho de Deus.

- É... Quando eu o enviei à Terra, Ele se fez homem e a parte mais incisiva humana aflorou nEle... Mas, de volta ao céu, todos os defeitos caem por Terra... - Esclareceu-lhe Deus.

- Ah, então foi por isso que Ele perdeu as estribeiras lá no templo metendo umas chicotadas naquela desordem! E quanto aos defeitos deles caírem por Terra, vê se me erra, Senhor! Se quiser, tem um lugar bom de lançar defeitos, pois é uma cúpula repleta deles e mais um menos um defeito... – José morria de rir, referindo-se aos políticos do país...

- José... – Até Deus achou graça. No fundo, bem no fundinho daquele coração enorme e generoso de Deus, Ele sabia das verdades ardidas da língua sincera de José.

- Meu Deus, agora me faço filho e venho pedir que derrame sobre mim e minha família uma bênção generosa, redobrada. Faça-me um homem melhor para que eu saiba aceitar o próximo com suas falhas, com seus defeitos, pois sei e acredito que perfeito só mesmo o Senhor, meu Pai Eterno!

- Vejo sinceridades em tuas palavras, meu Filho José! Bênção ou maldição é tu mesmo quem escolhes... Se respeita teu semelhante e os trata com amor, humildade, terás uma vida abençoada. Se és arrogante, mesquinho e diverte-se com o sofrimento alheio, a maldição será tua eterna companhia. Toma conta dos teus pensamentos, guarda a palavra ferina! Se não puderes proferir a Boa Palavra, cala-te para que não venhas cair em tentação!

Deus, aproximou-se de José e o abraçou paternalmente com seu imenso Amor.

- Oh, Deus como são doces seus ensinamentos e como sou pequenino para acolher toda sua graça!

- Ame José, ame desmedidamente e antes de fazer qualquer coisa, coloque-se no lugar, desta forma freará teus ímpetos de injustiça e acima de tudo, permaneça em mim. Independente da denominação religiosa a que pertença, em todas as divisões feitas pelo homem estarei lá. Estarei sempre onde houver um coração sincero, uma manifestação de solidariedade, uma pureza de sentimentos. Pois eu sou o Amor, esteja pois, em sintonia comigo. E que a paz permaneça contigo, José!

Dizendo isso, Deus tornou-se Luz e voltou para sua morada.

Mas, José sabia que, na verdade, Deus estava ali dentro dele, nas plantas do jardim, na água do mar, no canto dos passarinhos, no beijo apaixonado, enfim, em toda forma de amor que há - é ali que habita o Senhor...


Djanira Luz

26 de abr. de 2009

COMO HÓSPEDE NUM HOTEL...





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COMO HÓSPEDE NUM HOTEL...


Quando cheguei em casa não me achei
Procurei-te em cada canto, não encontrei
Um vazio em mim, os pensamentos ao léu
Sozinha eu me sinto hóspede num hotel...

Fico pensando em tudo que passamos nós
Entrelaçados de amor debaixo dos lençóis
Depois teu corpo sobre o meu aquecendo
Saciada de prazer, feliz acabei adormecendo...

Tudo ficou marcado pela noite afora
Naquele dia, em cada instante e hora
Nossas únicas testemunhas foram elas
Silenciosas viram tudo, as rosas amarelas...

Tu estás bem preso a mim por dentro
Em minha boca, corpo, pensamento
Como é doída a hora triste de partir
Como poderei viver agora longe de ti?

Confio em tuas palavras, na promessa
Mas, meu coração tem muita pressa
Bate diferente afastado da tua presença
Faz-se em mim abismo, saudade imensa...

Tudo que nos foi lindamente ocorrido
É para mim até hoje o mais garrido
Em teu amor por mim tenho confiança
"Tudo por amor quem espera alcança"...

Tenho na boca ainda o que foi posto
Forte e doce o beijo, sinto o seu gosto
No corpo as tuas marcas em mim estão
Calor das suas mãos de amor e paixão...




Djanira Luz

25 de abr. de 2009

A FORÇA IMPONENTE DO APARENTEMENTE FRÁGIL...


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A FORÇA IMPONENTE DO APARENTEMENTE FRÁGIL...


Lembro-me bem da primeira vez que provei do seu sabor...

Chegando ao sítio, o caseiro estava raspando
cuidadosamente, vários. Achando graça da minha curiosa intromissão, perguntei:

- Vai fazer uma flauta?


“- Não... Vou comer!” – Respondeu-me.

- Ué! Comer bambu? –
Estranhei. E continuei a perguntar rindo. – Você virou um panda?

“ -Você nunca comeu b
roto de bambu? É muito bom!” – Nessa hora quem demonstrava espanto era o caseiro

Saí do sítio com uma sacola enorme cheia de brotos de bambu em finas rodelas que as mãos práticas do caseiro foram capazes de picar.

Sim, o gosto é bem agradável quando se sabe preparar. Quando bem temperado, chega a lembra palmito colhido lá em Mazomba (Itaguaí) no Rio. Em trabalho, já comi muito palmito nativo cultivados pelos moradores japoneses de lá.

Acabei me tornando u
ma forte concorrente do amigo bicho panda, uma comedora de brotos de bambu.

Começo a dar créditos aquele ditado indiano “Você é aquilo que come”, pois eu me sinto mesmo mais fortalecida e resistente depois de ingerir boa quantidade de bambu! Acho que a fortaleza do bambu se incorporou a mim e agora faz parte da composição do meu DNA.

Deve ser por isso que pode vir o que vier de onde vier que eu permaneço aqui firme e forte no meu lugar.

Venham palavras-pedradas, ofensas-tempestades
, um e meio ou dois inteiros dias de nuvens escuras de agressões gratuitas, línguas-labaredas de comentários maldosos, embora eu me curve, me dobre e chegue a tocar mesmo o chão pela força da palavra “má” dita, eis que a minha força interior cheia de prosa e verso, de lições de boa vontade e adubada com muito broto de bambu, de novo me levanta, me ergue. Pois, a fé na vida e as palavras amigas me fazem ver que bem maior do que aquilo que nos tenta derrubar é a força da verdade, da beleza interior e da mão amiga que nos mantém em pé.

E, feito o bambu que apesar de ser de fino, aparentemente frágil e que se dobra a ação do vento e das tempestades, ele se reergue e permanece lindo e imponente. Quanto mais o tempo passa o bambu mais cresce e fica mais resistente, então diante dessa lição eu sigo seu exemplo, eu permaneço inabalada e idônea...

O vento? As tempestades? Eles passam! O bambu? Ele é soberano, forte, resistente e tem confiança em si, apesar da sua aparência frágil, ele permanece ...

Eu como broto de bambu e me faço forte e resistente como ele. Você já provou? Hummm, experimenta, vai?rs
Djanira Luz

21 de abr. de 2009

HOJE NÃO É O "SEU" DIA? ESPREGUICE-SE!!!




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HOJE NÃO É O "SEU" DIA? ESPREGUICE-SE!!!


“-Hoje não é o meu dia! Tudo o que fiz deu errado...”

- E quem disse que os dias são seus? – Brinquei.

Um comerciante comentou que tudo que fez ou tentou realizar neste dia deu “para trás”. Acontece que ele é uma pessoa muito estressada, afobada e acaba sendo, com seu jeito de agir, ímã atraindo má sorte.

Quem já não teve um dia de cão assim? Alguns com mais frequência, outros com menos. Uns com mais tolerância, outros com tolerância zero.

E nesses dias quanto mais você se irritar, mais acontecimentos desagradáveis irão acontecer. Efeito dominó. Cai uma peça e depois outra e mais outra e quando você vê, todos seus projetos foram perdidos muitas vezes por sua própria culpa. Por sua negligência ou por sua imprudência...

Sabe o que eu faço quando tento realizar alguma coisa e na segunda tarefa não dá certo? Eu respiro. Sério! Oxigeno o cérebro para relaxar e tento pensar em que ponto que errei, qual foi minha parcela de culpa para que as coisas não tenham saído da maneira como desejei.

Algumas vezes é por falta de planejamento e de querer fazer tudo de uma só vez; em outras ocasiões as pessoas de quem eu busco os serviços é que estão em um mau dia.

Quando acontecer de você sentir que acordou com o pé esquerdo, que tudo está dando errado pare e tome alguns goles de otimismo e faça uma coisa que adoro fazer e que sempre ajuda nessas horas: espreguice-se! Sim, onde quer que esteja, estique os braços e empurre tudo que há de ruim e negativo em você. Libere a energia negativa e sinta como é prazeroso essa simples sensação de espreguiçar. Se estiver sentado, estique os braços e as pernas.

Se você fica constrangido em fazer isso em público, procure um lugar reservado e faça essa experiência. Vai ter a sensação de estar mandando toda sua falta de sorte pelos ares e você vai mesmo se sentir levinho e pronto para tentar realizar suas tarefas com uma nova visão e ânimo.

Agora pense antes de dizer que “seu” dia não vai bem. Se nada o que tenta fazer dá certo, pare e espreguice-se e comece tudo outra vez...

Espreguiçar é uma delícia! Você gosta, tem o hábito de fazer esse simples movimento? Não? Então comece agora...






Djanira Luz

ESSA AGONIA DE ESPERAR!


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ESSA AGONIA DE ESPERAR!

O coração dispara
A fala acelera
Na mão leve tremor
No corpo um calor
Sinto um arrepio
Disfarço e assobio
Os dedos eu estalo
E nem mesmo reparo
Masco um chiclete
Leio uma manchete
Sento e me levanto
Sem perceber eu canto
No relógio olho a hora
Vejo como demora
Pego o telefone
Busco o seu nome
Tenho ansiedade
Culpa da saudade
Tudo isto vai passar
Quando você chegar...





Djanira Luz

19 de abr. de 2009

PROTESTO DO ÍNDIO GLOBALIZADO...


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PROTESTO DO ÍNDIO GLOBALIZADO...

Homem branco minha boca não tape
Estou globalizado e tenho meu tacape
Já não pode tentar me iludir ou tapear
Dando-me fumo, espelhinho para olhar!

Incultiram ao meu povo nova religião
Sem interesse em ouvir nossa opinião
A raça e cada cultura tem que respeitar
A diversidade de fé devemos partilhar!

Se há diferenças nos costumes e na cor
Respeitem nosso jeito, esse recado eu dou
O índio quase perdeu sua identidade
Perderam espaço, muitos vivem na cidade...

Já vivi de plantação, pesca e caças
Hoje vendo artesanato nas praças
Só queria um pedaço de terra para mim
Para viver com minha abá e meu curumim...

Índio sonha ter de volta sua liberdade
Poder viver bicho solto com integridade
Ser reconhecido como humano de fato
Novamente correr feliz e seguro pelo mato...

Esta terra maravilhosa já foi minha
Vejam com a ganância como ela definha
Quem prometeu repartí-la e não cumpriu
Foram eles os governantes do meu Brasil!

Por isso hoje eu não me calo
Estofo meu peito e bem alto falo:
Eu sou índio e brasileiro desta Nação
Tenho direitos e mereço consideração!


17 de abr. de 2009





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NÃO! NÃO SOU O SEU REFLEXO...


O grande erro de muitas pessoas é acreditar que o outro é espelho, que pode se ver refletido nele. Eis a causa de se cometer errôneas opiniões e injustiças.

Quem já ouviu, disse ou pensou?

“- Hum, ele é bonzinho demais... Aposto que está querendo alguma coisa em troca!”

Pelo fato de alguém realizar algo de bom, de ter o coração generoso já é motivo de levantar suspeitas... Sobretudo por pessoas que têm atitudes contrárias àquelas que ajudam despretensiosamente.

Geralmente, quem desconfia da bondade alheia é justo aquele que vive querendo tirar vantagens em tudo, o tido “interesseiro”, que não faz nada de graça, nada sai barato com ele, aquele que dá gato por lebre e que acha que todos somos iguais...

Não, não somos!

Fico contrariada quando me veem assim como reflexo. Muito mesmo. Não sou o seu reflexo. Não me julgue pelos seus atos, pelo seu modo de agir, de pensar.

O mundo anda assustadoramente num jogo de interesses que quase ninguém mais acredita na gratuidade das intenções.

É por esse motivo que nos julgam segundo seus próprios modos de agir, pois nos veem como espelhos que refletem aquilo que cada um traz sigilosamente dentro de si.

De uma coisa tenho convicção. Sou imagem sim, mas não seu reflexo!

Quando você olha seu semelhante, as intenções dele, você se vê? rs





Djanira Luz

O POODLE H²O24...






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O POODLE H²O24...



Aquela empresária, cheia de mimos com seu poodle
“Albert Fred” – é porque cachorro chique tem nome e sobrenome... Foi levá-lo ao salão para animais, a fim de tosar e pintar o pelo do animalzinho querido।


Chegando ao salão, Albert Fred está apavorado com aquele ambiente. Não imagina, coitado, o que irá lhe acontecer! A dona do Pet Salão, aproxima-se dizendo:

- Que coisinha fofa da titiiiia... Vamos fazer um penteadinho gracinha, vai ficar lindo, Eliz!

- Ah, Myle... Capriche, hein! Faça igual esse que está na revista Cães&Cia. Tosa completa: rosto, rabo, barriga, patinhas, estomacal, testículos. Tudinho! A cor, quero azul cian, ok?

- Ok, Eliz! Pode confiar nos meus serviços que vai ficar um arraso! – Garantiu Myle.

Albert Fred não estava entendendo patavina daquele diálogo, mas sabia que boa coisa não era. Ah, mas não era mesmo! Albert Fred pensava... “Acho que hoje vou me ferrar!”

Myle despediu-se de Eliz e foi logo fazer a tosa. Albert tremia, uivava qual um lamento, enquanto as mãos ágeis da tosquiadora iam dando novo formato ao seu pelo. Feito isso, ele é levado para tomar banho. Esfrega daqui, esfrega dali e Albert Fred já está enjoado, cansado, odiando aquela mulher que o trata como se ele fosse um bicho de pelúcia.

Albert Fred pensa... “Ai que vontade danada de morder esta mulher todinha!”. Após o banho, Myle passa para a coloração dos pelos do animal. Faz matiz para obter o tom do azul desejado e finaliza o serviço colorindo Albert Fred conforme foi solicitado pela dona dele.

Quando termina, Myle seca o cãozinho e o leva defronte ao espelho para que ele conheça e admire sua nova aparência. Ao se deparar com a própria imagem, a primeira reação de Albert Fred, foi a de saltar do balcão e ficar correndo em torno de si feito cachorro louco. Com muito custo, Myle conseguiu segurar o poodle e acalmá-lo.

Quando sua dona retornou para buscá-lo, ficou fascinada com o excelente trabalho da profissional.

-Tudo perfeito! Tosa e o tom da cor! Maravilha, Myle! Ficou Show de bola! – Disse Eliz toda satisfeita.

Albert Fred, muito contrariado, novamente ficou pensando... “Sua idiota! Lindo uma ova! Estou é ridículo e todo assado pela tosa e pelo exagero do xampu!!!

Quando Liz ia saindo com o poodle sendo conduzido pela corrente, ele empacou não querendo sair do salão. Eliz falou gentilmente:

- Vem Albertinho... Vamos meu amôôô...

Albert pensava: “Não arredo o pé daqui, sua dona desnaturada, destrambelhada! Não tá vendo que a rua tá cheia de amigos meus que vão cair na minha pele por causa desta aparência ridícula?”

Eliz, depois de muito insistir, foi puxando o cãozinho até sua casa que ficava próxima dali. Só que ao chegar a rua, haviam cães vira-latas e gatos de sarjetas que ficaram olhando aquele “cachorrinho de madame” já caindo na gargalhada além de ficarem fazendo comentários maldosos:

- Ai, Bigu... – Disse um vira-lata para outro. – Olha que coisa ridícula aquele filhotinho de papai! Hahahahaha...

-Caraaaca, meu... Essa "Coca é Fanta"! Hahahaha... É frutinha, cara! Olha a patinha e o rabinho... Tá parecendo pomponzinho e frufru. – completou o outro cão já se desmanchando de tanto rir...

- É mesmo... – completou um gato malandro. – aquilo é um maior H²O...24!

- O que é isso? H²O 24? – Quis saber o vira-lata.

- Aí, “mermão”... É água fresca... “cumpadi”! H²O é água, 24 é bicha fresca, entendeu? Por isso que digo H²O 24!– Esclareceu o gato sabido.

- Pô, gostei malandro! Essa é boa! Num conhecia não... Tinha que ser invento de gato de rua mesmo!!! Hahahaha

- Seus palhaços... Não entendem nada de moda! Nunca ouviram aquela frase da Tati Quebra Barraco... “Sou feia, mas tô na moda”? Raça de ignorantes!!! – Disfarçou Albert Fred.

Aquele poodle estava envergonhado e furioso com aquelas pilhérias dos cães e gatos vagabundos. Olhou para o céu e suplicou:

- Oh, São Francisco... Interceda por mim junto ao Criador de todas as coisas para que Ele me conceda retribuir tudo que me foi feito hoje... Faça com que numa outra encarnação, eu retorne como homem e minha dona, um cachorro!


Djanira Luz

14 de abr. de 2009

QUE DROGA É VOCÊ!!!




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QUE DROGA É VOCÊ!!!


Que droga é você que me sacia
Enche minha vida de alegria
Sem sua presença sofro carência
Já é grande essa dependência...

Ai, que droga que é você
Que só me dá prazer
Não sei se é sonho ou ilusão
Nem importo se é tão bom!

Ando viciado, vivo carente
Desse seu jeito doce envolvente
Por amar assim tenho alucinação
Faço coisas sem pensar, sem noção...

Preciso encontrar um remédio
Para livrar-me desse tédio
Vou encontrar um tratamento
Ficar sem você é um tormento!

Prendi-me bem no seu olhar
Não tive mesmo como evitar
Seu fascínio em mim é potente
Só você me deixa assim contente...

Ah, esse amor é qual droga
Quem dele uma vez prova
Tem crise de over dose por amar
Desse vício, eu digo, não quero curar!



Djanira Luz

13 de abr. de 2009

SABEDORIA DE MULHER




SABEDORIA DE MULHER



- Carla, não aguento mais ficar de arranca-rabo com o Tony! – Desabafou o pai.

- Calma, Elias! É a idade... – Justificou a mãe.

- Idade... Quando Tony tinha oito anos e aprontava você dizia que era a idade... Quando ele ficou adolescente e começou a ficar respondão, você dizia que era a idade... Agora com dezoito anos ele está um homem feito e você continua a dizer “é a idade”, mas que droga de vida é essa? – Bradou o pai alterado.

- Elias... Como mãe e enquanto mulher preciso ser ponte para unir vocês dois, cabeças duras. – A mãe compassiva tentava abrandar a agitação do marido.

- Fica botando pano quente nas atitudes desse rapaz que ele vira uma cobra e ainda pica você! – Zangou-se Elias.

- Deus me livre, Elias! Não diga umas sandices dessas... Morde na língua! Sabe muito bem que a palavra tem poder. De tanto ficar pensando coisas ruins é que elas se realizam. Ainda bem que enquanto você o amaldiçoa eu vou o abençoando! – Carla repreendeu o marido.

- Eu falo de preocupação... Mas, eu amo nosso filho. Ele foi uma criança desejada, só não entendo nem aceito a rebeldia gratuita dele.

- Se nós que somos pais não tivermos paciência com ele aí é que corremos o risco de afastá-lo para sempre da nossa presença. – A mãe disse pensativa.

- Essa casa quando chego do trabalho parece uma torre de babel... O som alto até quase estourar meus tímpanos e o Tony que, apesar de estudar numa ótima faculdade, usa uma linguagem para mim incompreensível, se é que se pode chamar aquilo de linguagem! Daqui a pouco surge uma nova lei em defesa dos direitos da juventude e liberdade de expressão e introduz ao nosso vocabulário essa pobreza de linguagem. – Protestou o empresário.

-Ah, chega Elias! Até parece que você não usava gírias. Como você me chamava mesmo, hein? Ah... Era de “tetéia” e olha que coisa mais feia! - Brincou Carla.

- Feia... Você adorava quando a chamava assim... – Elias até relaxou a expressão sisuda com as lembranças da mulher.

Carla sabia que precisava dar um jeito naquela situação. Quantos casais se separam por causa dos temperamentos dos filhos. Lembrou-se da amiga dizendo: "Antes da nossa filha ter crescido, nunca havia brigado com meu marido... A situação saiu do controle e você sabe como alguns homens agem, se não tá bom, eles nem se importam com os filhos, largam a família na hora em que mais se precisa de ajuda..."

Carla olhou para Elias e disse:

- Tá bom... Agora vai trabalhar que já está na hora...

Já ia entrando no carro quando Carla o chamou:

- Querido...

Ele olhou e esperou que ela dissesse:

- Hoje vou conversar com o Tony, peço que não desista dele nem perca a paciência. Pense que é fase de transição de conflitos... Daqui a pouco ele vai ter que caminhar com as próprias pernas, trabalhar, entrar no mundo adulto, ter responsabilidades e isso assusta e você sabe disso. Há muitos pais que abandonam os filhos aos primeiros sinais de rebeldia. Eu não farei isso, jamais. Ele é meu filho e o amo demais. Vou lutar por ele. Vou resgatá-lo. Trazer de volta aquele menino maravilhoso que ele sempre foi...

Elias era metido a durão. Entretanto, ao ouvir aquelas palavras vindas de um coração de mulher, de uma mãe, deixaram-lhe os olhos vermelhos. Nada disse. Aproximou-se da mulher, deu-lhe um beijo carinhoso depois disse:

- Desculpe pelas durezas que disse, estava nervoso...

- Quando você tinha vinte dois anos e nós brigamos por que eu perdi, acidentalmente, as entradas do jogo, você pedia desculpas e dizia que estava nervoso... – Brincou a mulher falando do mesmo jeito que ele a havia acusado por defender o filho.

- Nem me lembre daquele jogo que dói até hoje! – Disse rindo e entrando no carro seguiu para a empresa.

Depois que Tony chegou da faculdade de Medicina, a mãe já havia planejado sair com ele, pois queria pôr em prática uma ideia que lhe ocorreu:

- Tony, meu filho, vamos ao circo? – Perguntou de uma só vez para dar impacto e o filho não pensar em um desculpa para não ir.

- Circo? Qual é, Mãe... Tá pensando que ainda tenho cinco anos? Viajou, maluco! – Zombou o filho.

A mãe, viva, esperta, cheia de artimanhas, fez uma encenação. Pôs no rosto uma tristeza sem fim, dessas de fazer cortar o coração, olhando para o filho foi falando pausadamente como se tivesse aquele nó na garganta de vontade de chorar até o amahecer:

- Está bem... Eu vou sozinha mesmo. Aliás, estou sempre só... Já estou me acostumando com essa realidade. Virou as costas e foi andando cabisbaixa.

O filho era rebelde, respondão... Mas, no fundo era um ótimo rapaz e a mãe sabia disso. Mãe sabe até onde vai a agressividade de um filho, por isso ela fez aquela manha de mãe carente.

Arrependido e incomodado por ter magoado a mãe, Tony diz antes dela sair do seu quarto:

- Mãe... Espera... Vou só trocar a camisa, guenta aí...

- Não precisa, eu entendo que não queira sair comigo e... – Foi interrompida por ele.

- Nada a ver... É que circo não curto muito. Mas, quer saber? Vai até ser “manêro” ver umas palhaçadas. Só que vou avisando... Vou zuar legal lá! – Avisou Tony.

- Eu é que vou! Paga pra ver, só! – Divertiu-se a mãe.

Palhaços, mágicos, corda-bamba, trapezistas... Ainda não era aquilo que Carla queria que o filho visse. “Será que não vai ter?” A mãe estava um tanto ansiosa. Tony com pipocas e churros nas mãos lembrava mais aquele gurizinho de oito anos de idade que morria de medo dos palhaços.

Foi então que vieram eles. Leão e seu simpático domador. Carla sorriu satisfeita com aquela visão, pois era justo que precisa no momento para pôr seu plano em prática.

-Olha, Tony! Quero que preste bem atenção na fera e no domador.

-Por que, qual é a parada? – Tony ficou curioso.

- Apenas olhe... – Disse a mãe.

Ao fim da apresentação, Tony diz para a mãe:

- Foi “manêro”! Deu maior agonia ver aquele maluco enfiando a cabeça dentro da boca cheia de dentes do leão. – Comentou Tony.

- É que o domador, meu filho, domou o leão... Só que o domador só conseguiu isso por que antes o leão “domou” a fúria dele. – A mãe ia falando de maneira detalhada para que o filho entendesse o ensinamento que ela tentava lhe passar.

- Puxa, mãe... Bacana o que você disse aí. – Tony olhou para mãe como se descobrisse nela uma mulher cheia de virtudes.

A mãe aproveitou aquele momento de serenidade do espírito do filho e comentou:

- Tony... Hoje seu pai foi trabalhar muito aborrecido.

- O que foi? Reclamou de mim, já sei... – Nas outras vezes Tony já retrucava aos berros, saindo de perto da mãe, indo para a rua ou para a casa de algum colega ou da namoradinha. Ali ele só ficou de cara fechada.

- E com razão que seu pai tem reclamado dos seus modos. Você já não tem cinco anos como você bem disse, você precisa fazer como o leão. Você precisa domar a sua fúria.

Carla continuou:

- Quando você era pequeno, muitas vezes, seu pai e eu fizemos as vezes do domador. Por várias vezes eu domei sua fúria com conversas, com músicas, com orações... Agora é chegada a hora de você dominar seus ímpetos de agressividade. Precisa respeitar mais seus pais. Nós amamos você, estamos do seu lado, não somos inimigos para sermos tantas vezes atacados. E para piorar, nada fizemos para merecer essa fúria. Toma cuidado, filho, para essa agressividade não se tornar uma ingratidão com seus pais. – Carla era uma mulher sensível, porém, firme no agir. Por mais vontade que estivesse de chorar, ela mantinha-se firme para não demonstrar fraqueza. Pois ali naquele momento não era hora de fraquejar. O momento exigia pulso firme. Era tudo ou nada. Carla estava apostando alto naquela relação amorosa.

Tony parecia envergonhado. Aproximou-se da mãe e abraçou fortemente, então disse:

- Mãe, vou tentar melhorar a partir de hoje...

- Ainda bem que você disse “vou tentar” e não vou mudar! – A mãe ria nessa hora.

- Por que ainda bem, então? Mudar não é melhor que tentar, não? – Estranhou o filho.

- Não, meu filho... Mudança leva tempo. Ninguém muda da noite para o dia a não ser que aconteça uma tragédia, uma coisa que abale muito a ponto de mover uma mudança radical. Quando disse que ia tentar, então vi que você vai tentar e vai conseguir, pois seu pai e eu vamos fazer de tudo para que essa mudança seja uma realidade.

- Obrigada, mãe, pela confiança, pela força e principalmente, por essa lição do leão. Não vou esquecer nunca mais. Vou guardá-la para sempre e ensinar para meus filhos, netos bisnetos... – Tony parecia mesmo disposto a tentar “domar” seu espírito agressivo.

- Sabia que você tinha puxado a mim! Seus defeitos são do seu pai... – Brincou a mãe.

- Ihhh... O pai fala a mesma coisa, ele diz que eu só puxei dele, as coisas boas e que eu herdei os seus karmas. – Tony falou achando maior graça dos pais.

- Ai que danado! Seu pai falou isso? Deixa ele comigo... Os defeitos são deles! Mas, filho feio... Quem os quer? – Carla estava satisfeita com aquela conversa. Sentia-se revigorada e feliz por ser uma mulher forte e cheia de boas ideias na cabeça.


Djanira Luz

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